“QUEM É QUE PODE AMAR DE VERDADE E ACEITAR SEU FILHO DA MANEIRA QUE ELE É?”
Minha
prova foi a aceitação.
Eu
não conseguia entender por que ele não podia seguir meus conselhos e fazer tudo
o que almejei para ele.
Imaginei
uma vida perfeita para o meu filho: médico com família, bem sucedido. Um filho
que eu podia apresentar para todos, o meu exemplo, a minha imagem. Tudo desejo
fruto do meu orgulho.
Sérgio
nunca desejou ser da forma que eu queria. Se tornou músico e, depois de muito
relutar, confessou gostar de homens.
Eu
não permiti que ele me desse motivos, argumentei que ele fazia tudo para me
afrontar, como se a vida dos filhos girasse em torno dos pais.
Ele
foi embora, disse que precisava se afastar de mim, pois eu não o conhecia e nem
respeitava sua individualidade.
Quebrei
os laços paternos com ele, pois me sentia humilhado diante dos envolvimentos
pessoais. Mas, a saudade me fez sentir dor e solidão.
Lembrei
de fases importantes das nossas vidas. Um tempo em que ele me olhava com
admiração, tempo em que eu ensinava tudo e ele me aceitava como tutor.
Criança
meiga e carismática, eu o amei desde o princípio. Mas, por força das
circunstâncias, das convenções sociais, em nome dos títulos e posições, fui
forçado a exigir que ele tivesse uma identidade que nunca lhe pertenceu.
Por
que eu não permiti que ele fosse quem era de fato?
Por
que eu o afastei?
Eu
não precisava corrigi-lo na fase adulta, eu precisava aceitá-lo da forma que
ele era. Com seus defeitos e qualidades, sabendo dos seus sonhos e angústias,
das derrotas e ascensões. Ser amigo do meu filho na fase adulta.
Todos
os filhos vêm com certo desenvolvimento e pontos que devem ser melhorados.
Devem ser observados na infância e devem receber educação moralizadora baseada
na exemplificação, mas para isso, o pai não deve almejar e sim reconhecer.
Trabalhar com a realidade do ser em desenvolvimento.
Precisa
de tempo, de presença no lar e, eu...
Eu
achava meu filho lindo e especial. Quase sem defeitos, eu não o conhecia.
Quando
ele manifestou, na adolescência, suas reais tendências, fiquei chocado,
escandalizado e iniciei críticas, repreensões, humilhações — covardia moral.
Ninguém
consegue viver com isso!
Eu
me arrependo e me sinto culpado pelas escolhas do Sérgio, pela forma como tudo
acabou. Sérgio não suportou e se entregou à depressão e desespero.
Isso
não é ser um pai de verdade.
Quem
é que pode amar de verdade e aceitar seu filho da maneira que ele é?
SEBASTIÃO
30/09/2022
-----Paula
Alves---
“EU NÃO SABIA QUE MEU AUTORITARISMO PODIA
PREJUDICAR TANTO MINHA FILHA”
Desencorajando
com palavras delicadas, manipulando de forma velada, persuadindo a fazer tudo à
minha vontade.
Naquela
época, imaginei que era a melhor forma de desenvolvê-la.
Nunca
pensei que fui um verdadeiro obsessor, controlando-a, inspirando pensamentos,
intuindo a agir da forma que eu achava conveniente.
Ela
fazia tudo o que eu queria. Nunca argumentou.
Se
eu suspirasse contra, lá estava ela terminando seu relacionamento.
Quando
descobriu meu sonho em vê-la como médica, iniciou estudos constantes,
extremamente cansativos, até conseguir seu diploma. Tudo para me ver realizado.
Ela
chorou de tanta satisfação, mas estava tão emagrecida, cansada.
Nunca
vi um sorriso faceiro, realmente contagiante, cheio de contentamento. Era como
uma flor artificial, bela, mas falsa, sem vida.
Casou-se
com o filho do meu melhor amigo e não teve iniciativa, nem de escolher a
própria casa.
Ela
foi submissa, passiva e deprimida. Não encontrou o seu lugar.
Foi
médica, esposa, mãe e filha perfeita que fez tudo seguindo meus anseios e
parece que nunca resplandeceu.
Após
alguns anos, saturada daquela vida de “faz de conta”, Andréia surtou.
Quebrou
a casa toda quando soube que o marido a traiu. Ele disse suas verdades:
—
Frígida! Gélida!
Ela
não demonstrava emoção ou iniciativa, não tinha querer, desejos ardentes ou
vontade própria, sempre sendo controlada como uma boneca que não sabe pensar.
Andréia
surtou! Chorou e quis acabar com tudo, consigo. Ela precisou de internação.
Eu
fiquei triste porque nunca pensei que aquela forma de educá-la, de conduzi-la,
fosse torna-la uma mulher tão frágil e limitada para raciocinar e encontrar
soluções.
Eu
sabia que era culpa da maneira como direcionei sua vida.
A
maior parte dos nossos problemas está enraizado na forma como os pais, que são
os primeiros laços sociais, se apresentam para nós.
Difícil
se posicionar no mundo e diante de todos, dependendo do que recebemos dos
nossos pais. Teremos bloqueios e distúrbios psíquicos que serão entraves para
toda a vida.
Eu
não sabia que meu autoritarismo podia prejudicar tanto minha filha.
Ela
precisou de tratamentos psiquiátricos, muito acolhimento familiar, separação
conjugal e sentir satisfação para encontrar a mínima felicidade.
JUCA
30/09/2022
----Paula
Alves—
“ELA NUNCA FOI MINHA, MAS DE DEUS”
Desejei
tanto ser mãe e temi não ter condição de conceber meus filhos.
Uma
estranha sensação de que só seria feliz se tivesse filhos.
Mas,
Deus foi bondoso comigo e permitiu que eu a sentisse em mim, que eu a tivesse
do próprio ventre.
Ser
maravilhoso que me fez sentir coisas inexplicáveis. Fugi de mim por causa dela.
Eu me perdi! Perdi minha identidade, meus gostos e anseios. Questionei
diariamente meu estilo de vida e raciocinei mil vezes sobre a melhor forma de
alimentar, educar ou conversar com ela.
Minha
filha precisava ter o melhor. Mas, eu era apenas uma mulher como tantas outras
que desconhecia os segredos da vida, como poderia explicar tudo o que ela
precisava saber?
Para
ajudá-la a ser uma pessoa genial, para conduzi-la numa trajetória sensacional,
eu precisava estar capacitada, foi aí que analisei minha consciência e conclui
o quanto estava despreparada, crua, rústica para ensinar porque, nem mesmo, me
reconhecia como cidadã.
Que
eu era? O que me definia neste mundo, no meio de todos? Quais as minhas aptidões,
ruinas ou necessidades?
Quem
era essa mãe que temia não poder conduzir sua pequenina?
Depois
de desmoronar diante das minhas necessidades, precisei reconstruir, eu também
precisei de exemplos reais.
Busquei
na sociedade, na família e não encontrei ninguém que pudesse ser referência
para minha reconstrução consciencial.
Foi
aí que eu o encontrei. Sua luz tomou conta do meu ser e me mostrou um Pai todo
soberano que nos permite errar, arrepender e recomeçar com lógica e
discernimento, com reparação.
Eu
o amei, o conheci e, apenas quando me preenchi com seus ensinamentos,
compreendi que uma mãe sempre sabe conduzir seu filho à Deus quando segue
Jesus, quando compreende que, antes de tudo, é irmã, é genitora, tutora e pode
ascender através da missão desempenhada com seriedade, respeito e compreensão
pelo se que Deus lhe confiou.
Ela
nunca foi minha, mas de Deus, porém, ela foi o ponto inicial de minha
renovação, foi a causadora da transformação tão necessária, fundamental.
Depois
de quinze anos, ver minha filha feliz, segura, com sonhos e iniciativas, ver
nela algumas ações nobres, ouvir seus pensamentos elevados, faz sentir que o
trabalho foi bem direcionado.
É
ser feliz aqui na Terra, percebendo que, a partir da missão materna, ambas nos
desenvolvemos com Jesus.
Eu
amo a maternidade. Amo minha filha e a mulher que me tornei por ela.
PAULA
30/09/2022
----Paula
Alves---
“NENHUMA MÃE DEVE SE SENTIR DONA DOS SEUS FILHOS
PORQUE ELES PERTENCEM A DEUS”
Sincronismos
de pensamentos, não precisava nem de palavras.
Ele
podia sentir quando eu não estava bem. Mas, eu não podia impedir que ele
construísse uma vida independente de mim.
O
Leo precisava formar família, ter sua casa, construir laços afetivos
importantes para não ficar só quando eu partisse.
Sempre
achei que a família é imprescindível para despertarmos sentimentos e
raciocínios que pudessem estar adormecidos. Núcleo social democrático e
fraternal onde os seres se amparam e conduzem ao aprimoramento mútuo.
Eu
queria ter tido mais filhos, mas só tive o Leo.
Chorei
muito com o casamento dele. Tive muita simpatia por minha nora, mas doeu saber
que nada mais seria como antes.
Meu
ninho ficou vazio e eu não via motivos para sorrir, cantar ou dançar como
antes. Eu olhava para o quarto dele e sentia luto com o filho vivo.
O
Leo acordava de madrugada, angustiado. Ficamos doentes, as mesmas sensações.
Minha nora ficou indignada. Após alguns meses, fez de tudo para ir para o
exterior. Eu desejei matá-la.
Ela
queria afastar meu filho de mim! Foi aí que as coisas pioraram porque o Leo
ficou entre nós, sem saber como argumentar.
Aos
poucos, ele foi saturando do relacionamento porque dizia que a esposa não
pensava como nós. Até que eles romperam.
Sei
que fui responsável pelo término. Eu podia ter conversado com ele e explicado
que as pessoas têm muitas diferenças e, mesmo assim, se amam e podem construir
relacionamentos modernos e promissores, mas não, eu a culpei e reclamei dela.
Meu
filho voltou para nossa casa. Ele cuidou de mim naquela enfermidade e sofreu
tanto, tanto.
Eu
me arrependi em vida, confessei para ele, pedi que arrumasse alguém.
Nós
criamos os filhos para o mundo. Nenhuma mãe deve se sentir dona dos seus filhos
porque eles pertencem a Deus.
Nós
somos, apenas tutoras, conselheiras, amorosas professoras da vida, do
cotidiano, defensoras e exemplificadoras, não donas.
Naquela
fase, já no final, sofri imaginando que ele ficara sozinho e desamparado.
Claro
que tivemos envolvimento no pretérito, de diversas formas, estivemos ligados,
vibrando de forma tão similar que estávamos sempre nos atraindo na vida e na
morte, por isso, recusei o socorro tantas vezes.
Fui
obsessora do meu próprio filho que sofreu muito quando desencarnei.
Nós
temos que buscar a evolução e não aprisionarmos aqueles que tanto amamos.
GLÓRIA
30/09/2022
----Paula Alves---
CHEGARÁ O MOMENTO EM QUE O VÉU DA IGNORÂNCIA SERÁ RETIRADO E TODOS COMPREENDERÃO QUANDO ELE DISSE: “AINDA QUE ESTEJA MORTO, VIVERÁ!”
Fiquei anos naquela religião, desde a minha
infância. Acreditei em todas as normas e em tudo o que diziam. Eu fui feliz!
Tocava na igreja e me sentia como servidor de
Deus. Eu fui muito feliz!
Me apaixonei por uma jovem que também
frequentava a igreja desde a infância. Nós combinamos bem e ganhamos o
consentimento dos familiares e superiores da igreja para nos casarmos.
Achei que minha vida era perfeita, mas ela
começou a me rejeitar. Parecia que eu não podia entregar a ela tudo o que ela
almejava. Ela conversou comigo e disse que estava interessada em abandonar tudo
para seguir a liberdade que tinha em seu coração.
Não tinha argumentos que fizessem com que ela
permanecesse comigo. A dor foi grande, mas o pior não foi isso.
Eu passei pela rejeição da igreja. Aquele
núcleo em que eu estava inserido desde a meninice me repudiou. Eu não podia
fazer parte do grupo de músicos, eu não podia atuar ativamente e servir a Deus
na minha religião porque era divorciado. A vergonha tomou conta de mim.
Percebi o quanto as pessoas distorciam a
palavra de Deus. O quanto existia discriminação de todos os tipos, inclusive
com pessoas de outras religiões, os “do mundo”. Não existia uma fraternidade
legítima, uma caridade despretensiosa que devia ser voltada para todo e
qualquer irmão necessitado de pão ou consolo.
Eu abri meus olhos e não gostei nenhum pouco
do que vi.
Me senti enganado pelos dogmas e concepções
que ouvi a vida inteira. Eu me senti minúsculo, desfavorecido. O quanto era
engano?
Qual a proporção dos equívocos que colocaram
dentro de mim?
Nunca fui estimulado a raciocinar, a refletir
diante do Evangelho e das verdades eternas. Eu apenas aceitei e pensei como
eles. Eu era um molde daquilo que queriam que eu pensasse.
Pobres ovelhas conduzidas por lobos
sorrateiros. Seriam leves imagens de escribas e fariseus que tanto atormentaram
o Mestre?
Eu fiquei frustrado com a minha vida. Com os
deslizes e escolhas que fiz.
Eu imaginei que as pessoas da igreja eram
irmãos de fé que nunca me abandonariam como uma real família do Senhor, mas eu
precisava ser perfeito para ser aceito por eles. E, quando mostrei pequeninos
tropeços, quando eu não podia ser apresentado e colocado à mostra porque era
considerado leviano, eles me tiraram de cena como quem esconde a escória da
Terra.
Soube de muitos outros que chegaram a ser
convidados a se retirar porque não estavam à altura: homossexuais, com
envolvimento com a justiça, cheios de vícios, mulheres que buscavam a separação
por agressões vivenciadas no lar. Todos eles não eram bem vindos.
Eu lembrei daquela frase de Jesus que dizia:
“Não vim para os sãos, mas sim para os doentes”.
Será que não pensaram que os fiéis precisam
muito mais da igreja quando estão passando por problemas existenciais, por
dores emocionais, por ruinas financeiras ou desentendimentos no campo amoroso?
Eu queria apoio. Eu precisava de acolhimento,
mas não tive nada disso e a minha família, incentivada pelos membros mais
velhos, virou as costas para mim, na ânsia de que eu me reconciliasse? Por mim,
nunca teria uma separação.
A verdade é que eu não tinha como almejar uma
vida feliz depois de todos aqueles problemas e reprovações. Não ter o
entendimento da vida eterna, não ter compreensão das Leis Divinas é um perigo.
Acreditei que teria um fim e aqui estou eu na
comprovação de que nós somos seres eternos e que esta comunicação é verídica.
Fui acolhido e bem tratado, mas levou muito
tempo para me arrepender e raciocinar com clareza. Sofri ainda mais por meus
atos impensados, por meus fanatismos e ignorância.
Tive preconceito com estas religiões. Eu
achava que era coisa de gente que deseja se aliar com o mal. Nunca imaginei que
a caridade deles se estende até os desencarnados.
Também não tive tempo para pensar que, um dia,
seria eu nesta condição de Espírito comunicante.
O mundo dá voltas. Só assim para compreender
que somos todos irmãos porque a Lei Divina serve para todos. Não existem
favorecidos ou mais amados. Todos são tratados com o mesmo respeito e
solicitude.
O interessante é pensar que esta verdade todos
poderão comprovar um dia com o seu próprio desencarne, então, não importa a
opinião deste ou daquele que levanta a sua bandeira para argumentar que sua
religião é detentora da mais absoluta verdade. Não importa!
Chegará o momento em que o véu da ignorância
será retirado e todos compreenderão quando Ele disse: “Ainda que esteja morto,
viverá!”.
VALTER
17/09/2022
----Paula Alves---
“TEM GENTE QUE NÃO
ENXERGA NINGUÉM, ALÉM DE SI MESMO. SOMOS HUMANOS!”
Eu queria fazer parte do todo, me envolver com
eles e confraternizar.
Queria que pudessem me ouvir e perceber o quanto
éramos semelhantes. Eu só precisava de uma oportunidade.
Mas, eu não pude compreender, naquela época o
quanto eram falhos e sujeitos a erros. Era tão fácil me julgar pela aparência,
tão fácil imaginar que eu não queria ver ninguém.
Acho que as pessoas precisavam buscar a
humildade para que pudéssemos ter o envolvimento social que eleva o grupo todo.
É ridículo achar que precisamos nos adequar
aos outros. Então, eu preciso ser mais quieta para uns, mais atenciosa para
outros, mais falante para os demais, ou seja, eu me tornaria um camaleão para
agradar gregos e troianos?
Por que não podemos ser o que somos de verdade
e sermos respeitados independente se sou bonita ou negra?
Eu fiquei muito revoltada. Eu quis gritar, mas
sei que nada se consegue com a violência ou com perda de paciência, então
chorei, chorei muito e ouvi no íntimo do ser uma afirmação que dizia que eu
precisava de mim.
Como assim? Eu precisava me sustentar na
sociedade. Eu precisava me bancar.
Quando a pessoa tem firme propósito e convicções
sinceras dos seus objetivos não importa a opinião dos outros.
Eu precisava gostar de mim e otimizar meus
projetos e sonhos. Viver para concretizar o que eu achava importante, sem me
preocupar com o que os outros pensavam de mim, se eles aprovavam o que eu
estava fazendo e pensando.
Verdade! Ficar competindo com meus irmãos para
agradar meus pais. Tentar ser como minha irmã para chamar a atenção da minha
avó, nada disso funcionou. Eu me senti infeliz e muito abandonada.
Por que era tão importante estar com eles e me
sentir amada?
Eu mudei o meu objetivo e procurei cuidar da
minha vida. Notei que tinha muitos aspectos do meu ser que precisavam de
modificação. Busquei ajuda profissional e tive o prazer de conhecer uma
psicóloga formidável que direcionou meus pensamentos na elucidação de muitos
questionamentos.
Foi formidável! À medida que eu fazia a
higiene mental e me reformava, as boas oportunidades apareciam: emprego,
cursos, amigos e um namorado genial.
Eu ainda sentia que precisava me ligar de
forma mais harmoniosa aos meus familiares, mas primeiro, eu precisava de
elevação moral, eu precisava melhorar como pessoa, como indivíduo.
Aos poucos, notei que não fazia sentido... Já
não era tão importante o que eles pensavam de mim, eu estava em paz comigo mesma,
com minha forma de pensar e atuar no mundo. Gostei muito da pessoa que me
tornei.
Vivi bem, casei com aquele namorado e tive uma
bela família. Família unida e cheia de amor, bem diferente daquela onde eu
estava inserida. Eu pude formar a família que desejava como matriarca.
Nem sempre é possível saber os motivos da
hostilidade das pessoas. Vivemos uma vida toda desejando ter deles mais do que
temos e isso pode causar dor, mas é fundamental compreender que nem sempre é
pessoal.
Todos que estão aqui ainda são ligados às
mazelas morais, muito orgulho, egoísmo, vaidade e uma cegueira que destrói
relacionamentos que seriam promissores.
Tem gente que não enxerga ninguém, além de si
mesmo. Somos humanos!
Foi muito difícil pra mim chegar nesta
conclusão. Nem sempre é porque fomos desafetos, pode ser que a pessoa não
enxergue mais ninguém, simples assim. Pode levar a vida toda para compreender
que pessoas precisavam de apoio e amor, incentivo e consolo, enfim, nem sempre
é por maldade, pode ser por cegueira mesmo.
Com tudo isso, coloquei diante de mim uma
responsabilidade grandiosa: prestar bastante atenção naqueles que estavam sob
os meus cuidados diretos. O meu esposo, filhos e netos, meus amigos queridos e
pessoas que, sem querer, cruzavam o meu caminho.
Foi bem interessante compreender que podemos
ser úteis o tempo todo, basta estar atenta. Eu nunca mais quis ser igual a
alguém. Tinha minha identidade e pontos específicos que me definiam no mundo
como um ser único e insubstituível por minhas ações no bem.
GIOVANA
17/09/2022
---Paula Alves---
“O MAIS IMPORTANTE É
TER PAZ E NOS ELEVARMOS EM NOME DA PAZ”
A lealdade é rara.
Eu presenciei como ela deixou de lado tudo o
que vivemos para ganhar um cargo mais elevado que o meu. Ainda fez questão de
me dizer que eu não saberia o que fazer com tanto dinheiro.
Será que ela ficou tão feliz assim de me trair
e fazer de boba?
Eu me questionei se as pessoas que se
aproveitam da ingenuidade das outras também têm uma consciência que alerta
quando fazem coisas ruins.
Fui criada, apenas por minha mãe porque meu
pai morreu muito jovem. A nossa vida foi tão miserável, mas minha mãe foi
maravilhosa. O que faltou em conforto, sobrou em sentimentos. Minha mãe jamais
permitiria que eu mentisse, traísse ou roubasse alguém. Mamãe foi uma
professora de moral. Me ensinou desde cedo o quanto o trabalho enobrece e como
somos observados o tempo todo, senão pelos homens, mas por Deus.
Ela dizia que é para Ele que tudo importa,
então, tem que ter disciplina até para pensar porque Deus ouve nossos
pensamentos. Falava que cada pequenino ato não pode ser escondido do Bom Deus,
então, eu precisava ter cuidado com tudo o que eu fazia.
Ah! Eu achava que era uma forma muito
criteriosa de educar um filho porque parecia que ela estava me fazendo temer a
Deus e funcionou porque eu ainda me lembro direitinho das palavras dela, mas
passados os anos, eu entendi.
Hoje acho que minha mãe foi bem sábia. Tudo
verdade. Só é importante pensar em Deus. Se todos nós tivéssemos esta certeza,
tomaríamos mais cuidado com os pensamentos, palavras e atos. Quem é que seria
leviano, cruel ou desonesto? Sabendo que Deus está vendo e ouvindo tudo?
Quem tivesse esta certeza do Seu poder e de
todas as perfeitas Leis que não podem ser infringidas... Ah! Não existiria
pecado.
Então, se o homem comete tantos abusos é por
ignorância ou falta de fé em Deus. Pensei assim, mas levou décadas para
entender a mãe e concordei com ela. Basta que agrade a Deus, os outros não
importam.
Tanto é que se você agradar a Deus, agradará
todos os outros, teoricamente.
Mas, eu me indignei porque raros pensavam
assim e minha amiga de infância se aproveitou da minha disciplina moral para
roubar o meu projeto. Na época, foi muito difícil não sentir o mal se alastrar
dentro de mim.
Confesso que o pior momento da vida é quando
você tem que lutar contra o mal dentro de você. Sentir a ofensa moral e desejar
revidar, sentir o ódio crescendo e fazer de tudo para se lembrar do que você
aprendeu com a família e com Jesus, engolir o revide parece impossível.
Eu lamentei por uma amizade destruída por tão
pouco. As pessoas não conseguem medir as reais necessidades do ser. Interpretam
que o mais importante é o dinheiro, as posses e as posições sociais elevadas, o
trinfo social, as promoções. Mas, existem ligações afetivas que amparam na dor,
trinfam na luta e impulsionam em qualquer tribulação, riqueza que não tem
estimativa.
Eu sai daquele emprego, preferi abrir mão
daquela situação desagradável e deixar para trás aquela sensação detestável de
quem deseja cometer o mal. Então, consegui outro emprego e nunca mais a vi.
Minha vida teve momentos de alegrias e pesares,
nunca tive vida fácil financeiramente, mas os ensinos de mamãe me deram força
para prosseguir. A educação que recebi foi imprescindível para ter todas as
respostas que me favoreceram nesta última vida. Eu entendi as minhas
necessidades, meus objetivos evolutivos e não podia comprometer minha
oportunidade com sentimentos mesquinhos.
Nós precisamos de todas as formas fazer nascer
o amor dentro de nós, nem que para isso, tenhamos que abrir mão de algumas
coisas e recomeçar. Jamais triunfaremos com sentimentos inquietantes e
destrutivos. O mais importante é ter paz e nos elevarmos em nome da paz.
RENATA
17/09/2022
---Paula Alves--
“PARA SER BOM TAMBÉM PRECISA DE TREINO E DISCIPLINA”
Quanta destruição! Eu olhava para todos os
lados e não tinha nada de bom. Eles brigavam por tudo e a pobreza tomava conta
daquela paisagem natural.
Gente feia e rasgada, velhos e estropiados,
drogados e famintos, eles eram tristes de ver.
Eu fazia parte daquele retrato social onde a
morte e a vida causam pavor. A gente chorava quando via uma criança remelenta
pedindo dinheiro para a embriaguez do genitor.
De onde eu estava via até os influenciadores.
Sim, eles não estão, apenas nas mídias
sociais. Existem muitos que conseguem influenciar, se apoderam dos pensamentos
e raciocínios alheios. Induzem e corrompem.
Eu via influenciando para usar droga, para cometer
suicídio ou algum ato violento que arruinasse famílias. Vi quando a mulher saiu
toda arrumada para encontrar com o homem casado, ela tinha tantos
pretendentes... Precisava ser com aquele casado?
Tudo influenciação! Há quem diga que são
coitados. Mas, eles não sabem pensar?
Eles não podem colocar barreira e repelir?
Mas, eu analisei toda a situação e compreendi
como eles eram semelhantes. Existia sempre algo em comum, alguma coisa que
atraia, então, não tinham nada de coitados, eles eram coniventes.
Eu não queria participar, então, fiquei
observando por tanto tempo... Perdi as contas de quanto tempo levei analisando
aquele cenário de pessoas que vampirizavam, pessoas que incutiam pensamentos e
ideologias.
Fiquei intrigado com os motivos... Descobri
que alguns Espíritos faziam isso para se vingar dos encarnados, outros para
servir a algum grupo ou causa, como se recrutassem soldados para servir, eles
faziam tudo sem saber o fim das coisas. Planos complexos de guerras e
desestabilizar governos, famílias, sociedades e núcleos religiosos.
Fiquei observando. Parecia que o mal tomava
conta de tudo e eu me senti muito entristecido, frustrado, dramática situação
dos humanos, caótica. Quem poderia nos proteger de nós mesmos?
Então, nem percebi quando o senhor chegou.
Eu não percebi que estava me observando.
Quanto tempo será que ficou me reconhecendo e ouvindo o que eu pensava?
Eu consegui te ver e até assustei porque o
senhor brilha e foi diferente de todos. Aquele papo foi definitivo para minha
libertação. Eu precisava de informação e direcionamento. Eu precisava concluir
que o bem também está presente em nossas vidas e em todos os lugares, mas nem
sempre temos olhos para ver o bem.
Eles estavam todos ali, o senhor me fez vê-los
e eu fiquei espantado porque são inúmeros.
Em todos os locais existem seres amorosos que
tentam nos incentivar a termos forças para lutar a favor do bem, do nosso bem e
dos nossos semelhantes. Eu não sabia.
Consegui entender que precisamos resistir ao
mal para termos mérito. Somos todos iguais encarnados e desencarnados. Nos
atraímos por afinidade de tendências e inclinações. Precisamos desejar sermos
instrumentos do bem, da concórdia e da fraternidade.
Eu estava tão inerte. Não queria fazer parte
do grupo do mal, mas também não imaginei que podia agir no bem. Por que é tão
difícil atuar no bem por iniciativa própria? Acho que é, por isso, que as
pessoas desconfiam quando alguém aparece fazendo o bem de forma desinteressada.
É estranho de se ver!
Eu tenho muito a agradecer doutor! Sem a sua
ajuda eu ficaria parado no tempo, achando que somos desprezados. Cheguei a
pensar que tinha gente que era tratada com mais amor, que tinham todas as
facilidades e a gente só podia sofrer pela eternidade. Então,
a questão é se esforçar, aprender a resistir e voltar para fazer diferente? Eu
quero esta oportunidade, mas confesso que por mim, ficava aqui para sempre.
Vendo esta gente boa que sorri independente do nosso aspecto ou cor. Eu queria
que todo mundo fosse assim e compreendesse que faz diferença tratar com
delicadeza e respeito. Tudo na vida
começa com educação. Para ser bom também precisa de treino e disciplina.
LUÍZ JAMELÃO 17/09/2022
“AS PESSOAS NÃO DEVIAM TEMER A LÍNGUA DAS OUTRAS, DEVIAM SABER SE POSICIONAR E NÃO FUGIR”
Eu não podia imaginar que tudo aquilo me faria tão mal. Tantos desregramentos que danificariam meu sistema gastrointestinal de forma irreversível. Naquela época, meu único prazer era a comida. Eu percebi que estava engordando, mas e daí? Pensei: não tenho vida social, namorado ou amigas. O que mais tenho de prazeroso? Eu queria ser feliz e a comida me dava uma sensação de alegria e contentamento.
Eu era uma pessoa
triste e insatisfeita com todos ao meu redor, mas não queria me indispor com
elas. Eu não queria ficar ainda mais solitária, sem meus familiares que
pareciam me sustentar em diversas ocorrências da vida, por isso, eu ficava
calada quando muitas vezes, eles me ofendiam de forma inconsciente.
Eu ouvi de tudo, minha
vida toda, foram pequenas acusações de minhas incapacidades e tudo isso me
frustrava demais, me ofendia.
Eu supria tudo isso com
os alimentos gordurosos em grande quantidade, muito doce, refrigerantes,
porcarias de todos os tipos que pareciam me saciar e levar à fuga da realidade.
Então, eles me
insultavam ainda mais: “Gorda, baleia...”
Não gosto nem de me
lembrar.
Acredito que eu poderia
ter me colocado numa posição diferente, mas naquela época, foi impossível. As
pessoas não deviam temer a língua das outras, deviam saber se posicionar e não
fugir, não se esconder atrás de escudos que podem feri-las.
Sei que muitos se
escondem nas drogas e leviandades.
Sempre considerei que
meus familiares me amavam e não faziam por mal, mas por que será que eles
gostavam de exibir meus defeitos e julgar meu jeito de ser como se fossem tão
perfeitos?
Acho que algumas
pessoas precisam menosprezar as outras como forma de se sentirem superiores.
Isso também é fraqueza.
O fato é que a forma
como agi me fez desencarnar antes do tempo programado. Eu não tinha consciência
de que as diversas agressões ao corpo físico poderiam me entupir daquela maneira.
Que pena! Eu queria viver, apesar de tudo.
Quando os órgãos se
danificaram precisei de cirurgias e fui corrigindo como foi possível, mas em
determinado momento, ocasionou tanto desgaste orgânico que não pode suportar e
eu fui expulsa do meu corpo. Ele morreu!
Eu continuei gorda e
doente. Fui diretamente enviada para um local horrível onde as pessoas estavam
profundamente alucinadas e em delírio corriam sem parar. Ofensas de todos os
tipos, agressões físicas e verbalizadas, tudo escuro e fétido. Terrível!
Nunca pude imaginar o
quanto é grande a nossa responsabilidade com o corpo, com a nossa saúde. Então,
quem agride o corpo e ocasiona antecipação do retorno à espiritualidade, é
suicida?
Eu não podia imaginar.
Estou profundamente arrependida. Me informaram: suicídio indireto porque não
temos a intenção consciente de provocar a morte, mas ficamos ferindo aos
poucos, gradativamente.
Eu estou muito
arrependida. Tinha muitas maneiras de viver bem e superar meus bloqueios
emocionais, mas eu fui fraca e imprudente, não me cuidei.
Por sorte e
misericórdia divina, fui socorrida, após quinze anos naquele lugar.
Que fique claro: Nós
devemos cuidar muito bem da nossa saúde, do corpo que nos serve de instrumento
para desenvolvermos as aptidões e realização das provas que são importantes
para o nosso aperfeiçoamento.
Sim à vida!
LAURA
10/09/22
“ACREDITO
QUE AS INFORMAÇÕES SEJAM A MELHOR FORMA DE PREVENÇÃO”
Eu não me considerava
uma alcóolatra, de jeito nenhum.
Eu sempre cumpri com
meus deveres. Trabalhei e fui ótima funcionária. Tinha bons relacionamentos
sociais e uma família linda. Fui mãe de uma moça e um rapaz muito educados. Meu
marido era companheiro e leal.
Não achei que eu
bebesse tanto assim, pois, apenas em eventos sociais me entregava a drinques para
comemorar e me envolver com amigos e familiares.
Mas, nós tínhamos uma
vida social agitada, é verdade. Estávamos sempre em passeios e viagens, sempre
comemorando.
Se eu for pensar bem e
racionar em tudo o que me disseram.... Bebi em diversas situações. Não chegava
a ser diariamente, mas foi quase isso. Era normal...
Quando meus filhos
alcançaram a maioridade, preferimos que começassem a beber em casa, sob as
nossas vistas, até para que pudéssemos orientá-los, mas este foi mais um dos
meus erros.
Eu me enganei tanto.
Era um vício sim, mas eu achei que estava no controle da situação. Comecei a
passar da conta e nem notei que os vexames foram variados. Fui indelicada e
imprudente, mas todos a minha volta estavam da mesma maneira, então, quase não
perceberam.
Hoje consigo raciocinar
melhor e compreendo o motivo de ter sofrido tanto.
Eu vivi muito, mas não
o suficiente. Eles diriam que foi uma vida maravilhosa.
O corpo tentava
superar, o fígado tem uma capacidade incrível de regeneração, mas não é de
ferro. Ele resistiu bravamente, até que um dia...
Ah! Mas, todos
disseram: “Ela cumpriu bem o seu papel, foi mãe, avó, viu sua família formada e
todos ficaram bem, amparados. Ela teve uma morte digna e deve estar num lugar
feliz.”
Não podia ser assim.
Mal sabiam eles do quanto somos responsáveis pelas agressões que são feitas no
próprio corpo. Não importa se antecipei um mês ou vinte anos, eu fui culpada.
Eu infringi a Lei e, por isso, não consegui adentrar o céu, como imaginaram
meus amigos e familiares.
Eu fiquei profundamente
frustrada. Um pouco ensandecida, um pouco entorpecida por causa do álcool que
ingeri durante tantos anos, mas ainda assim, eu cobrei justiça. Não conseguia
entender por que me acusavam de ter sido suicida.
Eu queria ter
privilégios e ir para a boa morada, afinal eu nunca havia cometido crime, fui
pessoa que não prejudiquei ninguém.
Eu estava profundamente
equivocada. Eu cometi crime contra a minha própria pessoa, eu não fiz o mal,
porém também não fui caridosa, nunca fiz o bem de forma despretensiosa. Eu fui
leviana sim.
Acredito que as
informações sejam a melhor forma de prevenção. São muitos naquele local,
inúmeros mesmo. Existem pessoas ali por motivos variados. Existem muitas
maneiras de se agredir de forma voluntária ou não. Convivi com muitos como eu,
todos lunáticos, mas eles não compreendiam o motivo.
Eu entendi que foram
danificando os órgãos, os sentimentos e a integridade foi sendo aniquilada por
maus hábitos e costumes que podiam ter sido evitados.
Antecipação da morte é
crime gravíssimo na Lei de Deus, mas que fique claro que a misericórdia espera
o arrependimento e o reajuste para fornecer a bondade do resgate e da nova
oportunidade de regresso, mas é muito doloroso o período de detenção.
SARA
10/09/22
“EU ME PUNIA POR ERROS DO PASSADO, DE OUTRAS VIDAS, ERA SÓ EU”
Por um momento, eu
pensei em procurar ajuda.
Pensei que podia me
consultar com um psicólogo ou até um psiquiatra que pudesse por fim àquela dor
psíquica, emocional.
Eles diziam que eu não
tinha motivos para sofrer ou para ter insônia, eu realmente não conseguia
pensar em nada porque ao meu redor todos estavam bem, eu tinha uma vida
financeira estável e nenhum motivo para me preocupar com o futuro, mas eu tinha
paranoias e medos.
Seria mais fácil ter
desabafado com um profissional, seria muito mais fácil se eu tivesse tomado uma
medicação que me acalmasse para eu dormir um pouco, mas com o passar do tempo,
as coisas pioraram e eu já estava alucinando.
Você pode pensar que eu
estava sofrendo o assédio de algum Espírito vingador, seria justificável, mas
não foi isso. Eu me punia por erros do passado, de outras vidas, era só eu. Não
dava para entender naquela época. Eu precisava de cuidados, de atenção e as
pessoas achavam que era frescura.
O fato é que eu pensava
muito em coisas ruins. Eu imaginava seres terríveis, catástrofes, guerras,
perseguições e até sequestros. Eu me atormentava sem parar e, por isso, não
dormia. Tive alguns namoros que não duraram, pois eu sempre me via sendo
traída, ou seja, a vida era um filme dramático e aterrorizante.
Minha mente recebeu
bombardeios do mal, do horrendo, do crime. Eu fui aniquilando minha mente de
uma maneira que, aos poucos, surgiam as crises de enxaqueca e tudo piorou.
Procurei médicos que não conseguiam identificar a causa do meu distúrbio, mas
tudo progrediu com tanta intensidade que veio o aneurisma.
Eu era tão jovem...
Não tinha como
reverter, foi fatal. Meus pais se desesperaram e eu também quando vi o lugar
onde eu estava.
Eu devia ter procurado
um profissional. Muitos disseram que eu podia conversar com uma amiga porque
estes profissionais cuidam de loucos, tudo preconceito. As pessoas usam todos
os recursos para não buscar ajuda e eu aproveitei desta justificativa para não
buscar auxílio.
Penei naquele lugar. Eu
sinto muito por não ter aproveitado melhor aquela vida tão boa que recebi. A
gente costuma reclamar de barriga cheia. Eu nunca parei para analisar todas as
coisas maravilhosas que tive ao meu redor, tantas facilitações.
Eu me concentrei nos
erros do passado, mas podia ter progredido muito porque estava sendo amparada
por pessoas que tinham afinidade comigo e tinha uma boa perspectiva social e
financeira para cumprir minhas provas. Tudo ficou de lado por causa da minha
neurose.
Nós devemos nos
esforçar para ficar bem. Precisamos colocar como prioridade a saúde física,
mental e emocional para que possamos aproveitar todo o tempo que Deus nos
concede em cada jornada. Aproveitar de forma integral.
Senão, primeiro vem o
sofrimento imensurável por meses ou décadas, depois vem o arrependimento e a
inconformação do que poderia ter sido e não foi. Minha máxima culpa!
SUELEN
10/09/22
--Paula Alves--
“A
OPORTUNIDADE DE CADA EXISTÊNCIA DEVE SER PROTEGIDA COM TODAS AS NOSSAS FORÇAS“
Eu queria sentir
emoções. Nada me fazia sentir tanta alegria, medo, bem estar, nada.
Será que eu fui seco,
frio, insensível?
Como uma pedra, alguém
que é gelado e não sente absolutamente nada.
Tentei me apaixonar.
Tive romances interessantes e deixei mulheres lindas transtornadas com o
rompimento do nosso relacionamento, mas eu não podia me casar com elas. Eu não
amei.
Depois de muitos anos,
conheci alguns esportes radicais e a sensação era alucinante. Tudo o que eu
queria sentir estava ali, naquele instante em que parece que você vai perder o
controle de tudo, parecia que eu ia morrer...
Eu gostava daquela
sensação onde tudo era imprevisível e eu sentia um misto de medo, pavor e
delírio. Eu fiquei extasiado.
Conheci uma mulher que
tinha o mesmo entusiasmo que eu para os esportes radicais. Nós tínhamos a mesma
linguagem. Ela podia me compreender e, por isso, nos casamos.
Mas, vieram os filhos e
aquela mulher que era tão parecida comigo, se emocionou com a primeira
gestação.
A maternidade fez com
que a Camila sentisse tudo: amor, gratidão, medo, revolta, raiva, tudo. Ela
estava modificada por causa dos filhos, mas eu... Continuava o mesmo.
Minha esposa não se
atrevia a se envolver em qualquer tipo de coisa que pudesse comprometer sua
integridade e começou a pegar no meu pé. Ela dizia que precisava estar bem,
saudável e íntegra porque as crianças precisavam dela.
Camila se transformou e
eu notei que ela não era mais como eu. Ela não fazia nada que pudesse
comprometer seu raciocínio, lógica ou dinamismo para que pudesse estar sempre
disposta para cuidar dos nossos filhos.
Eu admirei a postura
dela, fiquei feliz por ela ter se emocionado e ter se tornado uma pessoa
melhor, mas perdi o interesse, completamente.
Eu não podia mais
fingir, eu não queria mais aquele casamento. Nos separamos.
Com isso, tive tempo de
sobra para me entregar às aventuras. Fiz de tudo um pouco: escalada, mergulho,
paraquedismo, entre outras coisas, incluindo rachas.
Muita imprudência,
durei muito. No fundo, muitos diziam: “Ele está querendo se matar?”
Parecia que eu estava
mesmo e consegui.
Eu ainda preciso
compreender muitas coisas. Sei que a imprudência não é de hoje. Em muitas
vidas, eu atentei contra a própria vida, então, isso precisa de um ponto final.
Agora compreendo o quanto é necessário nascer com deficiência orgânica, então,
me permitiram nascer com paralisia cerebral.
A mãezinha que me
acolherá é muito amorosa, tenho certeza de que me ofertará os melhores cuidados
e, pelo que pude perceber, ela vai me impregnar de bons sentimentos. Uma
vida com tantas limitações físicas vai permitir que eu desenvolva as emoções.
Foi muito lógico: quando você se priva de um sentido pode desenvolver os
outros, consequentemente, vou conseguir ter maior sensibilidade e emoções.
Eu preciso disso. Imagino que os vinte e cinco anos que estão previstos para eu permanecer encarnado serão difíceis, mas diante de tudo o que posso adquirir, será uma experiência fantástica. Eu aceitei e já estou me preparando. Agradeço a oportunidade que tive de expor meu relato e finalizo afirmando que a vida é maravilhosa. A oportunidade de cada existência deve ser protegida com todas as nossas forças.
Aproveitar
cada minuto de vida, sabendo que existe uma vida mais ampla e imortal, porém, o
lugar para onde seremos encaminhados após a morte do corpo depende diretamente
da forma como levamos a nossa vida. Que seja com prudência, consciência e
responsabilidade. Gratidão. AFONSO 10/09/22
---Paula Alves---
“AS
PESSOAS SABEM O QUE AQUELES QUE SOFREM QUEREM OUVIR”
Ele só queria uma mensagem, mas não apenas
isso, e sim, a confirmação de que eu estava bem.
Acho que é, por isso, que a maioria deve
permanecer na incerteza. Permanecer na prece, na vibração positiva, almejando
que aquela pessoa que partiu esteja bem, resplandecente.
A verdade é que a grande maioria de nós precisa
mesmo de uma depuração. Estamos muito ligados à materialidade. Tão envolvidos
com as questões mundanas, cheios de vícios físicos e morais.
Nós não damos ouvidos para o chamado de Jesus
porque o que nos atrai são os prazeres e frivolidades. Eu também fui assim,
como poderia ter desencarnado e subir, imediatamente, para um local sublime
onde os anjos estavam com suas harpas?
As pessoas sabem o que aqueles que sofrem
querem ouvir, foi tão fácil encontrar uma mulher que pudesse transmitir a eles
que eu estava flutuando num céu beatífico, mas no fundo da alma, meu pai
chorou, ele compreendia que aquilo não podia ser a justiça de Deus porque eu
nunca fui uma boa menina.
As pessoas até querem ser enganadas para que
possam dormir em paz, mas a consciência divina não permite. Ele fingiu
acreditar.
Mamãe olhou para ele e disse: “Esta não é
nossa filha!”
Não era mesmo. Eu fiquei muito tempo em desequilíbrio,
completamente atordoada, sem saber o que tinha acontecido. Nem me dei conta de
que desencarnei naquele acidente de carro.
Eu vaguei machucada por muito tempo, fiquei
relembrando os últimos acontecimentos por décadas e, aos poucos, enquanto seres
bondosos tentavam me ajudar, tive pequenos lampejos de lucidez.
Eu cheguei a encontrar minha avó várias vezes,
sem me dar conta de quem ela era. Então, numa noite foi como se eu despertasse
e compreendesse facilmente o que se passou. Eu me lembrei do acidente e da
discussão que tive com meu pai, chorei e minha avó me abraçou trazendo para cá.
Meu pai ficou aflito durante todos aqueles
anos. Acho que aqueles que nos amam sentem o que acontece conosco. Aqueles que
realmente tem um laço de amor conseguem sentir que estamos muito bem e em paz
ou vivendo num local cheios de agonia e inquietação. Meus pais sentiram que eu
não estava bem.
Acho que é a melhor forma de reconhecimento
para as pessoas que desejam receber notícias. Você sente no fundo do peito, uma
certeza que fala com você. Simplesmente, a calma e tranquilidade de que aquela
pessoa está bem, sendo tratada e liberta dos males que sofria aí, enquanto ser
encarnado. É uma sensação.
Muito melhor do que as diversas alegações de
uns e outros que, nem sempre, estão realmente ligados ao plano espiritual
superior. Quando estas mensagens servem para tranquilizar os familiares é bom,
mas muitos são extremamente maldosos. Eu tive sorte por meus pais me conhecerem
tão bem.
Eles se entregaram à prece e me enviaram
tantos fluidos de refazimento. Sou extremamente grata por tudo isso, por este
cuidado generoso.
Eu me arrependi de tantas preocupações que
causei, de muitas noites mal dormidas e brigas que não deviam ter acontecido.
Devia ter sido uma filha mais amorosa. Como uma moça pode ter se envolvido no
mundo das drogas?
Na época, nem mesmo eu podia compreender, era
algo irresistível e eles se culparam tanto. Sentiram que não executaram
adequadamente seus papeis como genitores, falharam em suas missões, mas eu não
vejo por este lado.
Eu estive ligada ao vício em muitas vidas,
como homem viciado, mulher traficante, criança que se viciou e desencarnou de
overdose, homem que jogou a existência, relegou a família por causa do
alcoolismo, enfim, foram muitas oportunidades perdidas porque eu queria
anestesiar minha consciência, eu não queria me entregar às responsabilidades de
uma pessoa de bem.
Os pais podem pensar que nós não ouvimos ou
não compreendemos o que tentam nos ensinar, mas sempre absorvemos alguma coisa
que mexe com a gente. Eu lembro de muitas coisas e me senti amada. Isso fez com
que eu buscasse ajuda e desejasse mudar para poder recebe-los como meus filhos
no futuro. Eles merecem uma mãe fabulosa e terão com a graça de Deus.
Agradeço por tudo o que recebi e estou
recebendo.
CLARICE
04/09/22
---Paula Alves---
“DEMOROU
A VIDA TODA E UMA PARTE DA MORTE PARA QUE EU PUDESSE COMPREENDER QUE O RESPEITO
VEM DA ADMIRAÇÃO”
Quando nós observamos deste lado, as cenas
causam espanto.
Como foi que eu tive coragem de ser tão
agressivo com meus familiares?
Acreditei que eles tinham que ter uma figura
de pai forte e determinado, um pai que não tem dúvidas e sabe direcionar seus
familiares. Sempre soube que o filho não pode achar o pai fraco para
respeitá-lo e foi assim que eu agi.
Mas, não precisava ter sido tão duro, quase
cruel, tirano.
Eu nunca os escutei. O barulho me incomodava e
eu batia com o que estivesse por perto, cinta, chinelo, cabo de vassoura. Meus
filhos apanhavam desde pequenos e morriam de medo de mim.
Todos sabiam o quanto eu era violento, mas
nunca bati na minha esposa, talvez por isso, ela tenha sido tão submissa, medo!
Quando, das poucas vezes que me vi em apuros,
pedi sugestões no lar, nunca tiveram coragem para dizer. Eles nunca me olharam
nos olhos, tinham medo de mim.
Eu estive errado. Vi as cenas e não gostei
nenhum pouco. Eles eram tão pequenos e só queriam brincar, queriam receber
algum afago, uma ternura de pai.
Demorou a vida toda e uma parte da morte para
que eu pudesse compreender que o respeito vem da admiração, da autoridade
moral, mas eu nunca ouvi falar disso. Como é que um matuto podia saber destas
coisas?
Eu até pensei que os letrados podiam criar os
filhos diferente, mas depende de sensibilidade e não de estudo. Acho até que
depende de amor.
As pessoas que têm amor dentro de si, não são
cruéis com ninguém, humanos ou animais. Depende de ter amor.
Eu acho que não senti amor por eles, enquanto
cresciam, mas eu precisei de amor e, por isso, pude entender o que sentiram na
infância e juventude.
A vida é muito perfeita. Nós mudamos de lado o
tempo todo, nunca podemos nos achar insubstituíveis ou indestrutíveis. Nos
tornamos fortes, chegamos na fase adulta cheios de vitalidade para, pouco a
pouco, perder tudo o que adquirimos e nos vermos velhos e debilitados,
dependendo dos cuidados das outras pessoas.
Aquele que construiu laços de amizade e amor
com seus entes queridos poderão contar com eles, mas os outros, podem correr o
risco de ficarem solitários no momento mais delicado de suas vidas.
Mas, eu não me arrependi assim que me senti
doente e envelhecido não. Fui durão a vida toda. Eu não quis vê-los. Eu
abdiquei minha posição de pai e virei as costas para eles. Morri só como se não
tivesse tido cinco filhos.
Vaguei, fui parar no lar deles. Vi como
cuidaram dos seus filhos — meus netos tão lindos, que eu nunca conheci. Eu pude
ser educado por meus próprios filhos depois de morto, acredita?
A vida é muito perfeita. Eu fui obrigado a ver
como eles tratavam os filhos deles e vi também como se lembravam de mim. Em
cada oportunidade de dar carinho, em cada demonstração gratuita de afeto que
meus filhos deram aos filhos deles, houve uma lembrança comigo.
Eles se lembraram e sentiram fundo no peito.
Eles quiseram ser amados por mim e foi isso o que me fez ter arrependimento.
Eu vi a diferença. Eles foram pais
maravilhosos para os pequeninos. As crianças cresceram amando seus pais. Cada
um deles, tinha um momento especial com o pai. Meus filhos foram respeitados no
lar e nunca agrediram seus filhos. Eu aprendi que não precisa ser tirano. Nós
temos que ser humanos!
Eu espero que me seja concedida uma nova
oportunidade.
JOSÉ OLIVEIRA
04/09/22
----Paula Alves—
“OUVIR
AS INDAGAÇÕES DO OUTRO, ESPALHAR CORAGEM E ESPERANÇA SÃO A MELHOR FORMA DE
AJUDAR”
Eu achei que não teria dor.
A falsa ilusão do fim me deu a coragem que eu
precisava para concluir aquele plano doentio.
Para mim, seria a libertação, mais nada. Acho
que sempre foi um tabu. Eu até procurei conversar. Queria que minha mãe falasse
alguma coisa sobre o assunto, mas ela nunca teve tempo para conversar comigo.
Eu senti solidão. Muita necessidade de receber
atenção de alguém, mas quando se é desprezado no lar, todas as pessoas do
mundo, vão virar as costas pra você.
Mas, a grande verdade é que, neste mundo,
somos todos doentes. Até mesmo as pessoas que estão nestas posições vivenciam
dores tão profundas que não conseguem perceber as necessidades das outras né?
Eu compreendo e não desejo culpar ninguém por
minhas escolhas vãs. O fato é que eu fui uma adolescente feia e desajeitada que
precisava que alguém me ouvisse.
No fundo, ninguém quer morrer. As pessoas só
precisam de alguém que as motive. Ouvir as indagações do outro, espalhar
coragem e esperança são a melhor forma de ajudar. Mas, nunca encontrei uma
pessoa assim...
Tentei
na escola e fui ridicularizada. Tentei com uma vizinha, mas a coitada estava
tão preocupada com seus problemas conjugais que me deixou mais para baixo. Eu
fui visitar minha tia e ela chorava porque meu primo estava envolvido com
drogas. Não me dei conta de que as pessoas estavam enfrentando problemas piores
e achavam que eu podia ajudar, mas eu não tinha forças nem para mim.
Acho que somos todos doentes e necessitados,
foi Jesus que falou que veio para os doentes? Eu precisava ter ouvido falar de
Jesus naquela ocasião, eu precisava muito.
Então, depois de ver que o mundo estava
encrencado, me certifiquei que ninguém podia me ajudar. Não tinha solução
porque eu não me sentiria melhor de jeito nenhum e eu não tinha ninguém para me
reerguer.
Vi tanta gente chorando, vi tanta gente
passando fome, gemendo e se lamentando. Eu não tinha estrutura psíquica para
lidar com um mundo tão doloroso.
Só tomei os medicamentos e esperei pelo fim, mas
quanta frustração! Não se morre!
Se eu soubesse... Claro que não tinha tentado!
Foi tudo muito pior. Eu tive sorte porque
depois de alguns anos, eles me resgataram, porém aqueles anos foram muito mais
dolorosos. Os sofredores estão por toda parte.
Eu não imaginei que pudesse haver um local
lindo como este aqui. Vocês são muito bondosos e cordiais. Todos me ensinam
coisas preciosas e não me julgam. Eu podia ficar aqui para sempre, mas já estão
me preparando para retornar. Deixei muitos assuntos inacabados, preciso
trabalhar.
Acho que o mandamento NÃO MATAR deve ser muito
respeitado, conversado, ensinado.
Todos devem saber que é infração gravíssima da
Lei de Deus. NÃO MATAR nada, ninguém, nem a si mesmo.
Tudo o que for criado por Deus, merece todo o
nosso respeito, é inviolável. Nós devíamos saber disso, desde pequeninos para
não cometer atos falhos que nos arremessam para regiões tão pavorosas.
LARISSA
04/09/22
---Paula Alves--
“NÓS
FAZEMOS ESTA ESCOLHA SABENDO QUE SERÁ PROVEITOSA PARA A EVOLUÇÃO”
Foi um trabalho exaustivo. Muitos riram,
tantas vezes debocharam, diziam que eu tinha que receber muito para limpar as
nádegas dos meus pacientes.
Falta de respeito!
Trabalhei com todo o meu amor. Nunca desejei
uma profissão que não fosse a de cuidar da saúde de alguém. Para mim, foi
missão que desempenhei com alegria.
Não importava a condição do paciente, eu
cuidei até o último dia, honrando aquela pessoa, fazendo todo o bem que podia
ser feito.
No meu íntimo, parecia que eu sabia o que eles
desejavam. Era só olhar nos olhos, mesmo que eles não pronunciassem uma
palavra, eu conseguia sentir, como se falassem para mim que precisavam de água
ou ajeitar o travesseiro.
Eu fazia, ajeitava o travesseiro, dava comida,
banho, limpava as nádegas, medicava, ficava atenta ao sono, velava por eles
reparando na respiração e orava muito para que Deus aliviasse aquele fardo.
No fundo da minha consciência, parecia me
lembrar de um tempo longínquo, onde precisei de todos aqueles cuidados. Eu
sabia o quanto eles sofriam e fiquei tantas vezes indignada quando os filhos
faltaram com delicadeza, quando foi mais fácil se distanciar deles
enclausurando numa casa de repouso.
Tanta dor, mas conseguiam festejar e viajar. O
familiar doente é que sentia dor e falta de apoio dos filhos e netos. Covardia
moral!
Sempre me doeu ver tamanha crueldade, então,
eu tentava suprir esta falta de delicadeza cumprindo bem o meu papel. Conversava
um pouco com aqueles que podiam bater um papo, lia o Evangelho para aqueles que
não podiam falar, eu doava amor.
Amei cumprir meu dever. Trabalhei como
enfermeira por mais de trinta anos e nunca reclamei porque tinha muito prazer
em cuidar das pessoas.
Mas, quando cheguei aqui profundamente
agradecida pela forma como me receberam, tive a oportunidade de relembrar os
acontecimentos da vida passada e soube que eu tinha passado por uma vida
sofrida onde precisei de cuidados integrais por parte da enfermagem.
Eu tive muita sorte. Fiquei mais de trinta
anos acamada e, em meu caminho, atrai pessoas muito boas e comprometidas com
sua carreira. Uma ou duas fizeram de má vontade e bastou para que eu jamais me
esquecesse o quanto é desagradável ficar suja, molhada ou com fome. Eu cheguei
a ser agredida uma vez, apanhei na cara sem poder revidar ou gritar, eu só
chorei muito humilhada e sentida. É horrível! Não desejo para ninguém.
Eu entendi tudinho e achei maravilhoso como
podemos ligar os fatos do passado com o eu que se desenvolveu
em nós. Agradeço sempre.
04/09/22
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