Cartas de Maio (7)

 




“Para uma mãe o que mais importa é perceber que acertou na educação de um filho”

 

Levou um tempo para estar preparada. O desencarne para mim, foi um baque, uma verdadeira surpresa perceber que não se morre com o corpo de carne.

Eu fiquei tão perturbada, tão perplexa com aquela realidade. Surtei! Fiquei chocada em saber que precisava me acostumar com aquela vida sem a minha família. Eu vivi para eles e me preocupava muito com todos aqueles a quem dediquei minha existência.

Mas, tudo passa. Eu fui bem cuidada, acolhida e, aos poucos, a perturbação foi passando. Eu revi algumas pessoas maravilhosas do meu passado terreno e espiritual. Notei cada um deles que me esperavam e me colocaram à par da nova situação, então, pude, com mais calma, compreender tudo o que aconteceu, meus acertos e falhas, eu analisei tudo com paciência e lucidez.

Tive saudades, muitas saudades. Eu chorei de saudades e implorei para vê-los. Demorou um tempo para que eu tivesse a permissão de retornar no antigo lar e ver meus familiares. Eu os amo de todo o meu coração e rever minha filha foi o meu maior presente.

Ela foi o grande sonho da minha vida, foi como ter novamente no convívio intimo um afeto antigo. Minha menina foi minha amiga, eu me preocupava muito em como ela estava direcionando sua vida. Mas, fiquei feliz.

Ela estava bem, casada, com seus filhinhos, amparando o pai envelhecido. Muito delicada e segura de si. Uma mulher realmente admirável. Então, eu me senti feliz e realizada porque para uma mãe o que mais importa é perceber que acertou na educação de um filho. É avaliar que o filho pode se conduzir sozinho com maturidade e solidez. Eu concluí que fiz um bom trabalho com minha filhinha. Me lembrei de tantos momentos de sua infância, bons momentos. Eu a acalentava em meu colo e podia acalmar qualquer soluço. Fiz seus curativos de quedas tolas, incentivei nas provas, cantei parabéns e vi quando ela desabrochou na adolescência. Estive com ela na escolha da carreira e preparação de estudos sérios pra a maioridade.

Fui eu quem a consolou no término daquele romance e fiz com que ela entendesse que, um dia, um bom homem apareceria em seu caminho. Eu vivi muitas histórias com ela, muitos momentos importantes que marcaram o seu caráter e seu discernimento. Mas, não imaginei que ela também se lembraria tanto de mim quando estivesse no meu antigo lar.

Eu pude ver suas formas pensamentos. Ela se lembrava de mim em todos os lugares da casa. Eram cenas bonitas, eu nem sabia que eu fazia tudo com tanto esmero e delicadeza. Eu estava em toda parte, cozinhando, assistindo tv, lendo, cochilando, dançando, rindo e até chorando quando alguém querido partiu. Ela viu tudo e registrou na memória. Nunca se esqueceu de mim.

Eu gostei muito do trabalho que realizei. Eu não estava triste porque havia aprendido que a distância é temporária e que aqueles que realmente se amam estão sempre se reencontrando, tudo é uma questão de tempo e necessidade evolutiva. As pessoas têm que ter paciência na espera. Isso também faz parte da prova. Suportar o afastamento de entes queridos ensina muito e faz desenvolver nobres virtudes de aceitação e submissão diante da vontade de Deus. Eu estive ali, foi como passar o dia com eles, mas na verdade foram alguns breves instantes. Mesmo assim, aproveitei para emanar os meus melhores fluidos de amor e gratidão. Fiz uma prece sentida pedindo a Deus para derramar bençãos sobre eles e para ter o merecimento do reencontro quando chegasse a hora.

Toda mãe se compraz de ver seu filho feliz.

 Lilian

01/05/2025

 

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 “Toda mãe evolui e encontra seu caminho por causa dos filhos”

 

Eu estava atormentada por causa dele. Como podia seguir em paz na espiritualidade sem saber o que aconteceria do meu filho.

Acho que este é um dos maiores problemas das mães desencarnadas. Elas não conseguem seguir em paz. Ainda mais tendo filhos viciados no mundo. A verdade é que eu me sentia culpada. Como se eu não tivesse feito o meu melhor. Como se a infelicidade dele fosse em razão da minha negligência como mãe, mas meu instrutor conversou comigo dizendo que eu estava analisando tudo errado.

Meu filho carregava o vicio há muitas vidas. Eu sabia disso tudo quando me compromissei com ele antes de reencarnar. Ele tinha um passado delituoso e um envolvimento com as drogas difícil de se libertar, mas eu fiz de tudo para impregnar de moralidade.

Trabalhei para que nada lhe faltasse, mãe solteira, cheia de amor e carinho, mas com muita dificuldade eu me apegava no Evangelho para ter fé e esperança de dias melhores. Fiquei sempre ao seu lado, apesar dos rompantes de ira e incompreensão. Ele me torturou com lágrimas e gemidos. Eu estava sempre lá, tentando lutar com ele pela libertação química. Emagreci, adoeci, mas batalhei para que ele recebesse a internação e ficasse limpo. Depois de um tempo, ele saiu, mas não conseguiu permanecer muito tempo na abstinência e voltou para o vício. Eu me acabei e desencarnei cheia de tristeza, quase sem fé.

Então, fui esclarecida e não queria receber assistência para ficar ao lado dele. Eu achava que poderia ajudar, mesmo sendo um Espírito sem conhecimento e condições de prestar auxílio. Imagina! Eu era a enferma, precisa me restabelecer, mas me preocupava com o filho doente.

O instrutor amigo teve muito trabalho para me iluminar os pensamentos. Eu despertei e me senti culpada, mas isso não ajuda ninguém. Deixei a culpa de lado para ser útil. Estudei, fiz cursos de auxiliar e parti em missão. Eu queria ficar perto deles. Perto dos dependentes químicos. Minha intenção inicial era ficar perto do meu filho para ajuda-lo no que fosse possível, mas o trabalho proveitoso revelou que todas nós somos MARIAS.

Todas as mães sabem amar todos os filhos, mesmo aqueles que não saíram dos seus ventres. Existe muito amor em nós. Eu me afeiçoei com cada um deles. Eu cuidava deles, enquanto estavam neutralizados pelo ópio. Eu e muitos Espíritos. Nós fazíamos a assistência dos encarnados e desencarnados que se comprazem com os efeitos das drogas. São muitos, pessoas que marcham como zumbis e se esquecem da sua humanidade.

Eu ainda sinto a dor de cada mãezinha. Meu filho já regressou para a espiritualidade. Está numa condição um pouco melhor, ainda em tratamento de desintoxicação. Ainda tentando melhorar a mente vacilante, mas eu prossigo no trabalho de auxiliar daqueles que se envolvem com as drogas.

Toda mãe evolui e encontra seu caminho por causa dos filhos.

 Cícera

01/05/2025

 

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     “Toda mãe pode ser salva pelo amor de seus filhos”

 

Errei! Devia ter sido mais coerente, mais recatada. Uma mulher mais virtuosa, mas não fui. Fútil e leviana, me atirei nos prazeres do mundo e negligenciei meu papel de esposa e mãe.

Naquela época, eu não analisei o quanto estava destruindo minha vida e as chances de progresso. Eu só vivi. Achava que tinha este direito, ser feliz, independente de qualquer coisa. Muitas pessoas no mundo acham que podem fazer esta escolha: ser feliz, mesmo que isso custe a infelicidade de outras pessoas a sua volta.

Eu achava que tinha que pensar em mim. Que meu marido e filhos iam superar meus deslizes, eles tinham que perdoar porque eu era humana e tinha minhas fraquezas como todos na Terra.

Mas, não funciona desta maneira. Tudo o que fiz traçou uma rota para minha vida eterna. Tudo ficou registrado. Todo mal que lançamos no mundo fica registrado e volta para nós em algum momento da eternidade, na Terra ou no Céu.

Eu não sabia disso e não me importava. Então, vivi. Fui embora, abandonei minha família, curti, me prejudiquei e retornei, solicitando que me perdoassem. Eles me aceitaram em casa, me perdoaram. Claro, ficaram marcados pelo que fiz, profundamente magoados. Eles não conseguiam confiar em ninguém. Sei que isso modificou a socialização de todos eles, mas me tratavam muito bem, muito melhor do que, de fato, eu merecia. Mas, não parei por aí. Impetuosa, eu me atrevi a errar novamente. Encontrei outro homem para amar, arrumei minhas coisas e fui embora outra vez.

Meus filhos ficaram muito decepcionados. Eu adoeci em decorrência de muitos abusos e desencarnei. No mundo espiritual sofri as consequências de minha estupidez, mas o que me salvou foram os apelos deles.

Meus filhos jamais deixaram de orar por mim. Eu não poderia acreditar que uma prece pode beneficiar tanto aquele que erra. Apesar da mágoa e de todo sofrimento que casei a eles, os pobrezinhos me enviam preces cheias de ternura. Eram vibrações tão cheias de carinho que me envolviam como um calor que alivia a dor e limpa as feridas. Eu sentia um pouco de paz e a mente mais tranquila.

Foi assim por muito tempo, até que eu pude me arrepender e entender onde errei. Eu me lembrava deles no momento daquela prece. Eu tinha lucidez e pude solicitar amparo depois daqueles momentos. Quando chegou o momento oportuno vim para aqui neste plano de socorro. Eu sou imensamente agradecida aos meus filhos que souberam ser nobres. Eles fizeram por mim o que eu jamais fiz por eles. Eles me salvaram.

Toda mãe pode ser salva pelo amor de seus filhos.

 Grace

01/05/2025


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“É muito difícil mostrar para o mundo uma coisa que não te pertence”

 

Eu passei a vida imaginado como teria sido se ela pudesse ter seguido em frente. Se minha filha tivesse recebido a oportunidade de envelhecer com saúde, se ela ficasse conosco por mais tempo.

Eu tive quatro filhos, mas perdi a minha caçula por causa da leucemia. Isso me trouxe a tão temida depressão. Nunca superei a morte da minha filha tão amada. Apesar de ter outros três filhos e fazer o possível para me entregar completamente a eles e aos seus familiares, eu não conseguia viver plenamente.

Sentia falta daquela menina. Eu sentia falta dela e não conseguia seguir tranquila. Foi como se eu perdesse minha razão de viver.

Durante décadas, eu me atormentei com isso. Eu me esforçava para ficar bem e ser feliz para que meus familiares não se preocupassem comigo e não se sentissem desfavorecidos com aquela tristeza sem fim. Mas, eu não conseguia, por isso, me esforcei para fingir.

Fiz tratamentos com psiquiatras, psicólogos, tomei medicações para elevar meu humor e me esforcei para estar presente, para ser feliz para eles, por eles. Mas, é muito difícil mostrar para o mundo uma coisa que não te pertence. Eu só queria ficar sozinha e chorar. Eu queria ficar no breu, quieta e quando tinha estes momentos, eu ficava à vontade comigo porque era cansativo me esforçar e tentar passar um sorriso que eu não tinha mais.

Depois de alguns anos, pensei que fosse melhorar, mas durou a vida toda. Então, quando eu adoeci, fiquei calma e serena porque senti que aquilo tudo iria acabar. Tinha um tempo para tudo, até para a dor da minha alma. Eu nunca desejei que eles sofressem, mas eu sei que eles sentiam o meu pesar porque era insuportável e nós irradiamos o que temos em nós, no nosso íntimo, não tem como disfarçar o que se emana, as pessoas percebam, por isso, as pessoas têm repulsão ou atração, por causa da sua energia.

Eu não dominava isso, não conseguia disfarçar. Seria um grande alivio para todos, pensei. Eu não me esforcei tanto para melhorar. Eu tentei ficar leve como se eu estivesse me soltando. Como se boia no mar, mesmo com as ondas, você tenta boiar. Eu soltei do meu corpo e parti.

Quando olhei no quarto, vi meu corpo e um grupo de pessoas que brilhavam um pouco. Entre eles, estava minha menina. Igualzinha, só que mais bonita, feliz, lúcida e com aparência de quem vende saúde. Ah! Nem quis raciocinar. Não me interessava se aquilo era sonho ou realidade. Se ela estava viva ou morta, se era ilusão ou loucura da minha mente.

Corri, meu zonza e me joguei em seus braços. Eu olhei pra ela, cheirei e abracei. Como o cheiro do filho é bom! Adormeci e quando dei por mim, estava numa cama de hospital. Lá estava ela com um senhor muito educado. Falaram de minha real situação de recém desencarnada. Falaram dos meus erros, das minhas necessidades e assistência que receberia com as necessárias elucidações.

Eu nem ouvi direito, só queria olhar para ela. Afeto é assim... Ela está ligada a mim há muitas existências. Agora estou bem, esclarecida e me preparando para a nova jornada. Quero que possamos estar juntas novamente, agora como irmãs gêmeas. Será um prazer! Não vejo a hora. Estou muito animada, mas preciso me alinhar melhor porque eu preciso aprender a aceitar a perda e o distanciamento para não atrapalhar mais ninguém.

Todos nós precisamos aceitar o momento que nos pede a distância dos entes queridos, sabendo que é temporário.

Toda mãe se compraz quando reencontra seu filho amado.

 

Glaucia  
 
01/05/2025 

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“A moralização deve ser exigência fundamental para colocação dos seres na sociedade”

 

Eu sempre me perguntei por que eles nos tratavam daquela maneira, como meros instrumentos de prazer, mesmo que para isso, tivéssemos de ser torturadas.

Era por alguns instantes, mas eu ainda me recordo o quanto me sentia humilhada, suja e impedida de ser ouvida, de ter posse do meu corpo, de ter escolhas e liberdade.

Isso me aconteceu várias vezes, começando com os homens da família que não respeitavam as mocinhas.

Eu me questionei sobre os porquês e se eles não eram capazes de nos comparar com suas irmãs ou suas mães, mas percebi que elas também eram ultrajadas no lar.

Isso aconteceu há muito tempo e eu tive esperança de que o desenvolvimento das ciências e da tecnologia, o avanço da intelectualidade também pudesse desenvolver sua moral para que respeitassem e protegessem suas mulheres desde o berço. Mas, alguns deles ainda vivem na selvageria das emoções. Existe grande número de homens que vai contrariar minha narrativa e sem o menor apelo à sensibilidade, apenas resolverão o problema falando da Lei de Causa e Efeito, mas eu posso rebater falando do “escândalo” do qual enfatizou Jesus.

Se cada um de nós, apenas justifica seus males e crimes hediondos argumentando da forma como muito sofreu no passado, então, nós estaremos invertendo os papéis e transformando os algozes em mártires. Seria muita confusão para minha mente simples. Meu consolo é saber que tudo na Lei tem o peso da infelicidade alheia.

Eu recebi a oportunidade de poder servir, deste lado, as vítimas que desencarnaram por abusos sexuais. São casos terríveis que nós não podemos tolerar. As mulheres chegam deste lado muito feridas, no perispírito e na mente. Necessitam de tratamentos prolongados para se refazer, é muito triste e delicado. Não existe justificativas para isso.

Se todos nós já evoluímos um tanto, se faz necessário a conscientização urgente com educação sexual nos lares onde a moralização deve ser exigência fundamental para colocação dos seres na sociedade.

Adivinha? Quem educa crianças e jovens neste quesito são as mulheres, então, minhas irmãs, nós mesmas somos responsáveis pela falta de estruturação mental dos homens e mulheres frente ao sexo responsável e humanizado.

Após o desencarne destes criminosos, sabemos que são diretamente arremessados para regiões umbralinas que se assemelham a verdadeiras prisões com seres trevosos que fazem o papel de torturadores, mas isso não seria necessário se todos vivessem em paz, sem fazer mal nenhum.

Que as mulheres possam falar sobre sexo sem tabus ou rótulos para educar os povos com amor e segurança.

 

Janaína

04/05/2025


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“A mãe é responsável pelo comportamento dos filhos, independente da idade deste filho e deve, sempre, atuar para que a paz e a ordem prevaleçam nas mentes e nos corações’

 

Quando minha nora me procurou para pedir ajuda, eu fiquei revoltada. Minha vontade era de agredi-la porque, no primeiro momento, achei que ela estava querendo causar intriga entre nós.

A verdade é que eu não quis acreditar que meu filho pudesse ter um comportamento tão repreensivo.

Pensei e chorei muito, eu precisava falar com ela, me desculpar de joelhos e auxiliar no que fosse necessário. Eles estavam casados há quinze anos, ela sempre foi uma esposa e mãe exemplar, meu filho não podia trata-la daquela forma.

Quando a encontrei, percebi que ela estava com hematomas, ela tentou disfarçar, depois defendeu o marido, explicando que as coisas no trabalho estavam mal. Eu me mantive forte e pedi que ela arrumasse as malas. Fomos para minha casa e quando meu filho foi busca-la, assim como a minha netinha que estava muito assustada, eu bati nele.

Sei que violência não deve ser tratada com violência, eu me arrependo deste ato, naquele instante eu tentei fazer com que ele entendesse o quanto um tapa pode ferir a alma de quem apanha.

Conversei com ele, eu estava me sentindo culpada porque meu filho não tinha escrúpulos com sua família. Disse que eu não iria permitir os maus tratos. Elas permaneceram comigo por alguns meses para que ele refletisse. Em nossa casa nunca houve violência. Meu marido sempre foi um homem honrado e respeitador. Eu nunca eduquei meus filhos na base da violência, então, a quem ele puxou?

Por que se comportava como um criminoso?

Após alguns meses, minha nora quis voltar para o lar. Ela me agradeceu, disse que eu a tratei como filha. Eles voltaram, eu fiquei atenta, mas ele aprendeu a lição. Depois disso, conviveu bem com sua esposa e filha.

Não importa o que houve entre eles nas encarnações passadas, o importante é esta nova oportunidade de redenção.

A mãe é responsável pelo comportamento dos filhos, independente da idade deste filho e deve, sempre, atuar para que a paz e a ordem prevaleçam nas mentes e nos corações.

 

Gildete

04/05/2025

 

     ***

“Nenhum de nós precisa se acomodar numa vida de infelicidade e dor”

 

Eu não quis mais tentar, me revoltei e cansei dos maus tratos. Só eu percebia, só eu sentia a forma como ele me olhava, os risinhos e as palavras ofensivas.

Comentei com minhas irmãs que diziam que eu era muito exigente. Elas achavam meu esposo um homem bonito e que era muito natural receber investidas de outras mulheres. Falavam que, com o passar dos anos, eu me descuidei da aparência e ele podia ter perdido o interesse, mas fez o favor de não se separar de mim.

Eu fiquei revoltada. Por que o mundo é tão exigente? Por que, após anos de casamento, eu seria obrigada a conservar beleza e jovialidade para manter o interesse do meu esposo? E tudo o que teríamos que nutrir um pelo outro? Amor, respeito e consideração independente do contorno do meu corpo?

Ele me chamava de tola, burra e incompetente, me comparava com as mulheres dos amigos, me humilhava diante deles. Eu cansei daquela tortura psicológica.

Meus filhos estavam grandes, com suas vidas e planos de carreira, morando distante e pensei: “o que me prende aqui?” Estabilidade financeira? Um lugar para morar?

E eu? Minha paz e tranquilidade valem tudo isso? Arrumei minhas coisas, deixei um bilhete agradecendo pelos anos onde o nosso amor me fazia sorrir. Desejei que ele encontrasse a felicidade e parti tentando me lembrar dos bons momentos.

Eu estava insegura, chorei como se estivesse frustrada pela morte do nosso relacionamento que eu não pude sustentar.

Mas, quando cheguei na cidade que escolhi para viver, tive esperança numa vida melhor. Aluguei um quarto, encontrei emprego, fiz amizades e fiquei satisfeita com a nova vida que conquistei.

Nenhum de nós precisa se acomodar numa vida de infelicidade e dor. Todos podem recomeçar, tentar e descobrir coisas novas. Basta confiar em você e pedir que Deus encaminhe sua vida.

 

Helena 

04/05/2025

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