“A melhor maneira de alcançar a sensatez e a serenidade mental é com a
instrução, por isso, a plêiade do bem é incansável na distribuição das
mensagens”
Ah! A
mediunidade...
Importante meio de
comunicação entre os planos espiritual e material. Quanto podemos aprender com
as elucidações que são propostas. Quanto se pode reduzir em termos de
sofrimento e dor pelos exemplos daqueles que se manifestam. Quanta paciência
dos bondosos instrutores espirituais que se fazem sentir para conduzir seus
tutelados.
Ainda assim, uma
grande parte de médiuns ainda maldizem suas faculdades mediúnicas por não
saberem a melhor forma de controla-las.
A melhor maneira de
alcançar a sensatez e a serenidade mental é com a instrução, por isso, a
plêiade do bem é incansável na distribuição das mensagens. Esta proposta de
orientação se faz necessária para que a Humanidade avance sem cessar, mas para
tudo existe a necessidade de esforço e boa vontade dos seres humanos, mais
propriamente dos encarnados. Leitura, pesquisa, estudo, inserção em grupos de
análise e trabalho edificante. Tudo isso deve alinhar o canal de intercâmbio
mediúnico e promover a saúde mental.
Mas, as pessoas não
querem ter esforço, elas desejam alcançar o bem-estar com certo refrigério,
facilitação. A cada um será dado segundo as suas obras – esta é a frase que
mais se enquadra neste contexto porque tudo depende do esforço de cada um.
Outra frase que é
comum de ouvirmos: “todos desejam a mediunidade de Chico, mas”...
Sim, este “mas”,
quantos pretendem adotar a seriedade, modéstia e devotamento do grande médium
Chico Xavier?
Mediunidade é dom.
Deve ser encarado como nobre sacerdócio. Foi entregue por Deus e deve ter algum
motivo justificável para alguém ter acesso à espiritualidade, para conseguir
enxergar e ouvir os apelos dos Espíritos. Não deve ser, apenas para satisfazer
a curiosidade local ou ter acesso aos números da loteria. É para algo mais
elevado, mais nobre, para nortear a maioria quanto a necessidade de
aprimoramento e fé. Para dar sustentáculo frente as tribulações que fazem
vacilar, para amparar e esclarecer.
Os médiuns podem se
manter equilibrados, podem socializar e sorrir. Deus ama a alegria e deseja que
todos os Seus filhos vivam em paz. Mas, para isso, a ferramenta deve ser bem
utilizada. Repense as suas necessidades evolutivas, reflita nos motivos que te
permitiram voltar nesta condição de instrumento mediúnico e desempenhe o seu
papel. Você será muito mais feliz.
Nivaldo
***
“Semeie o bem e colherá o bem. Só
coisas boas atraem as coisas boas”
A inveja é um
amontoado de energias negativas que tentam destruir o ser. Dependendo da
intensidade destas energias, a vítima pode cair doente. Não é necessário a
aproximação, o simples pensamento enviado pode comprometer a integridade
física, mental ou moral da vítima.
Isso será cada vez
mais destrutivo, quanto mais fragilizada a vítima estiver, em decorrência de
doença e fragilidade orgânica, problemas mentais ou depressivos, mediunidade
sem controle, fragilidade emocional por traumas ou perdas. Assim, a pessoa que
estiver recebendo a inveja pode ser cada vez mais atormentada e flagelada pelas
energias deletérias.
O primeiro passo é
lembrar da frase: “Orai e vigiai”.
Estar sempre ligado
a prece e pensamento voltado à Deus, protege. Vigiar seus pensamentos, estar
ligado a ocupações valorosas, a ambientes de refazimento, leituras edificantes,
músicas relaxantes permitem elevação vibracional que repelem as energias deletérias.
O mal só pode te
atingir se você permitir. Ninguém, em parte alguma, encarnado ou desencarnado,
poderá te fazer mal se você estiver rodeado por boas vibrações. Elas irão
repelir qualquer tipo de más vibrações. Todas as vezes que você esteve
extremamente feliz ou esperançoso, entusiasmado ou radiante por algum fato que
se desenrolou em sua vida, nem sequer percebeu que alguém estava te observando
com rancor ou inveja, você só se permitiu ser feliz.
É assim que
funciona. Faça o seu melhor, se envolva com a sua vida útil, produtiva e
prazerosa. Semeie o bem e colherá o bem. Só coisas boas atraem as coisas boas.
Jeremias
23/03/25
****

“Doar o bem para outras pessoas é
transformar e multiplicar coisas boas”
Eu não permitia
aproximação. Sofri tanto nas mãos das pessoas que não queria ter contato com
mais ninguém.
Passei a minha
infância sendo jogada de um lado para o outro. Ninguém me desejava porque
diziam que uma criança dava muito trabalho. Minha mãe morreu jovem e meu pai
foi um homem que não honrou seus compromissos, por isso, ele nunca se preocupou
se eu passava necessidade. Foi muito fácil me deixar na porta da casa dos meus
avós.
Mas, os avós não
são sempre pessoas velhas e bondosas que fazem de tudo pelos netos. Eles
chegaram a questionar se eu era mesmo filha do meu pai, só para justificar mais
fácil o desprezo que sentiam por mim.
Ficaram comigo por
um tempo. Eu tinha medo de parar na rua, eles me entregaram para uma tia que
não tinha filhos e precisava de alguém para ajudar com o trabalho de casa
porque ela estava doente. Me tratava super mal e eu, ainda tive que suportar o
marido dela batendo na minha porta. Muito cedo perdi minha inocência e me
envolvi com a revolta, com a vontade de matar.
Eu sofri muito e me
questionava quando Deus iria me levar para longe dali, tirar minha vida que não
tinha sentido. Naquela época, eu não podia entender que todos nós nascemos com
um propósito e todas as provas que enfrentamos são apropriadas para nos moldar
para as necessidades dos planos de Deus.
Cresci, sai de lá.
Com o maior prazer não olhei para trás, fiz de tudo para me esquecer de todos
eles. Trabalhei braçalmente em muitos lugares, mas nunca me prostitui. Vi muita
coisa ruim, ouvi tantas outras e desejei mudar a situação das mulheres que eram
vítimas de abusos. Aí sim, eu já estava enquadrada nos planos de Deus e podia
prosseguir rumo aos Seus desígnios.
Encontrei um
emprego numa casa de família. Uma senhora muito justa me empregou e teve pena
do que aconteceu comigo e da minha vontade de amparar outras melhores. Ela
pagou os meus estudos e eu pude trabalhar na defensoria pública. Me dediquei
durante muitos anos a auxiliar mulheres que sofriam de diversas formas.
Eu entendi que
todos nós somos importantes para Deus. Todos nós servimos de instrumento de
elevação uns para os outros. Precisamos aproveitar tudo o que nos acontece para
gerar o bem. Não para sermos revoltados e desejarmos vingança, mas para
produzirmos o bem na sociedade, ampararmos outras pessoas que tiveram os mesmos
problemas e seguir em frente.
É isso o que
significa perdoar os inimigos, é não revidar, é seguir e melhorar as condições
apesar de todas as ofensas e males que foram recebidos. É transformar em bem o
mal que foi recebido. Doar o bem para outras pessoas é transformar e
multiplicar coisas boas.
Helena
***
“Eu nunca me casei, temi
prejudicar minha família, da mesma forma que meu pai me prejudicou”
Eu não sabia o que
fazer com minha indignação e a vontade de fazer com que ele sofresse. Desde
pequeno, eu via a forma como ele tratava a minha mãe. Eu desejava crescer logo
para defende-la e tirar aquele homem de nossa casa. Eu imaginava como faria e
seguiria uma vida tranquila ao lado dela.
Mas, quando cresci,
inevitavelmente, me tornei violento como o meu pai. Não sei dizer quando
começou ou o motivo que me levou a desferir o primeiro tapa numa mulher. Logo
depois, eu me arrependia, tinha muita vontade de pedir perdão, mas eu preferia
me afastar e, muitas vezes, fui eu quem terminou os relacionamentos.
Eu não tinha
coragem de olhar nos olhos das mulheres que feri.
Cheguei a
compreender que eu precisava de ajuda para tirar da mente aquele ímpeto de
homem violento, mas ali naquela cidadezinha, nós não tínhamos acesso a
profissionais que pudessem me ajudar. Quando aparecia alguém, o tratamento era
exorbitante e eu não tinha coragem de procurá-los.
Tive sorte de não
ser denunciado por nenhuma delas. Acho que elas tinham mais vergonha do que eu,
assim fui vivendo, sabendo que dentro de mim, vivia um monstro que se ocultava
no meu semblante calmo e generoso.
Eu nunca me casei,
temi prejudicar minha família, da mesma forma que meu pai me prejudicou. Eu fui
consciente, mas de nada me serviu porque eu não tinha controle dos meus atos
quando alguma mulher começava a discutir comigo por qualquer banalidade.
Foi uma vida
difícil, até que eu abdiquei completamente dos envolvimentos amorosos para ter
paz. Senti falta de uma companheira, eu senti solidão, mas eu não queria que
uma mulher passasse por tudo o que minha mãe passou. Eu não poderia me olhar no
espelho sabendo que me transformei numa versão do meu pai. Por isso, morri
triste e solitário.
Agradeço
imensamente pelo tratamento que estou recebendo deste lado. Já compreendi
muitas coisas, entre elas, o fato de eu ter sofrido abusos em outra existência,
quando estive encarnado como mulher. Também quando reencarnei como homem e me
aproveitei do corpo forte para martirizar a minha esposa, antigo algoz. Tantas
idas e vindas, nós fomos, homem e mulher em situações opostas, nos ofendemos e
teve uma vez que chegamos a cometer delitos irreparáveis um contra o outro.
Nesta vida, eu renunciei a aproximação, já estava cansado de errar com este
Espírito. Aprendi sentindo as dores da minha mãe. Entendi perfeitamente bem o
quanto uma mulher pode sofrer e não desejo mais participar disso, por isso,
quero estudar para me preparar para um recomeço ao lado dela. Sei que ainda
temos que reparar.
Eu só tenho palavras
para agradecer a possibilidade de fazer neste plano o tratamento psicológico
que me permitirá seguir mais confiante e consciente das minhas necessidades
evolutivas. Gratidão.
23/03/25



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