Cartas de Janeiro (7)

  


“Desejo que vocês possam amar”


Aquela gestação por si só, já era motivo para termos esperanças. Eu nunca imaginei que pudesse engravidar depois do acidente. Mas, eu pedi, eu clamei a Deus para que Ele me permitisse engravidar. Meu sonho era ser mãe e sentir em mim, a vida se formando. Então, eu não perdi as esperanças, mesmo quando o médico afirmou que eu jamais conseguiria.

Naquele ano, eu tive muitas provações, pois tinha que permanecer deitada para que a gravidez chegasse a termo. Deixei o meu trabalho, fiquei em casa cuidando de minha saúde e do meu bebê que precisava de paz para se fortalecer. Eu tive toda paciência, todo cuidado. Quando eu me entediava e pensava em sair, olhava para a barriga e refletia: “o que eram 9 meses diante de uma vida nova que se formava dentro de mim?” Eu ganhava forças e me ajeitava novamente no leito, esperava pacientemente.      

Assim, minha esperava chegava ao fim. Naquele ano novo, meu bebê se encaminhava para os meus braços. Era como se Deus estivesse entregando um presente em minhas mãos, eu senti a espiritualidade cuidando de tudo, eu confiei. Ele nasceu no primeiro dia do ano, cheio de vitalidade e beleza. Se aproximou do meu contato como um bichinho que deseja o contato com a mãe. Sentiu meu cheiro e se acalmou. Eu esperei por ele durante toda aquela vida. Um grande afeto do passado que voltava para o meu convívio.

Nós podemos não nos lembrar do que tratamos no mundo espiritual antes de reencarnarmos, mas nós podemos sentir. Alegria, motivação, satisfação, entusiasmo, tudo isso te encaminha para o caminho certo, todo o resto é ilusão. Se você conhece seus sentimentos, pode se deixar levar por eles que te encaminharão até o plano almejado.

Meu filho nasceu com síndrome de Down, tivemos muitas provas diante disso, eu procurei todo tipo de assistência e, ainda assim, ele precisaria sempre dos meus cuidados e atenção, uma criança a me envolver sempre. Entendi que precisava renascer nos meus braços, pois eu nutria um afeto delicado que fornecia o amparo necessário. Tive muitas alegrias com ele, aprendi muito e me desenvolvi também como mulher, mãe e ser humano.

Desejo que vocês possam amar. Sentir o amor que nasce desinteressado no fundo do seu coração. Saber que precisa fazer tudo pelo outro, de forma abnegada, com renúncia e sacrifício, mesmo assim, terão muito a ganhar através de sentimento que liberta e conduz a celestialidade.

 

Betânia

19/01/2025

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"As pessoas que estão encarnadas precisam 

saber de tudo isso para que possam despertar e 

trabalhar ativamente para que não fiquem tão 

frustrados como nós"

Tive a sensação de que sempre fica faltando executar alguma coisa, talvez porque muitos de nós, enquanto está encarnado, perde muito tempo com as ilusões do mundo, desperdiça o tempo precioso com coisas inúteis. Se estivessem compreendendo que cada um retorna ao plano físico para concretizar planos importantes, se empenhariam muito mais em reconhecer-se para alcançar o objetivo.

Penso assim porque conversei com muita gente aqui na colônia, eu sempre fui falante, gosto de conhecer as pessoas. Quando compreendi que estava me sentindo arrependida em virtude de tudo o que deixei de realizar, fiquei pensando. Eu me sentia frustrada como se tivesse desperdiçado uns vinte anos com bobagens, enquanto eu tinha coisas bem importantes para realizar que ficaram de lado porque eu não tinha mais tempo. Mas, como assim, reclamar de falta de tempo se fiquei encarnada durante oitenta e cinco anos?

É muito tempo, oitenta e cinco anos. E não consegui cumprir tudo? Por quê? Então, nas conversas que tive depois disso, comecei a interrogar meus companheiros, se eles também se sentiam como eu. Se eles também se sentiam fracassados ou frustrados sabe?

A resposta foi intrigante, todos eles se sentiam como eu e pediam para ter novas oportunidades de reparação. Todos estavam almejando novas encarnações para que pudessem fazer o que ficou pendente. Nossa! É muita gente.

Conclui que vivemos iludidos, mas não é pouco não. Vivemos muito iludidos. Alguns conseguem despertar através da dor, de traumas, do trabalho edificante, da família, do amor, da religião, enfim, existem muitas maneiras de termos este desbloqueio que nos força a caminhar ativamente e cumprir o que estava previsto, mas existem aqueles que desperdiçam toda a vida. Não façam absolutamente nada do que vieram cumprir, vivem por viver uma vida leviana e sem propósito onde nada vai para frente, nada colabora para erguimento pessoal e tão pouco nada conspira para o auxílio dos semelhantes. São vidas inúteis. Já pensou, uma vida inteira inútil?

Fiquei chocada com a possibilidade do fracasso integral. Ter todo um trabalho de planejar o reencarne, traçar planos que envolvam outras pessoas, outros núcleos sociais, todo um estudo para organização do reencarne, daí você nasce numa família e lugar apropriados para avançar e não faz nada que preste para se edificar porque está dormindo, cego e surdo às possibilidades de realizações que veio cumprir. Não percebe as pessoas que estão a sua volta precisando de você, não percebe que precisa se livrar dos vícios físicos e morais, tem tantos deveres a cumprir e estabelecer novas relações sociais, nada faz você agir, nada. Que horror!

Contudo, fiquei satisfeita com tudo o que pude aprender das conversas que mantive em razão deste assunto, mas entendi o quanto é importante o trabalho de instrução onde as pessoas explicam a necessidade do trabalho de iluminação pessoal unido ao dever. As pessoas que estão encarnadas precisam saber de tudo isso para que possam despertar e trabalhar ativamente para que não fiquem tão frustrados como nós.

Eu queria ter conhecimento sobre tudo isso, logo que fosse uma criança. Queria ter a compreensão de que estou encarnada para produzir algo de bom e não para viver uma vida inútil. Que todos os trabalhadores do bem possam realizar este trabalho de propagação do esclarecimento para que possamos retornar jubilantes em decorrência das nobres tarefas bem cumpridas.

 

Ester

19/01/25

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“Eu desperdicei a oportunidade de ensinar a 

ele o que é o amor desinteressado”

Arrependida por não ter perdoado.

Eu fui muito orgulhosa e mesquinha. Meu pai deixou nossa família para se entregar a um relacionamento extra conjugal. Preferiu se entregar a aventura amorosa do que cuidar adequadamente da sua família com três filhos pequenos.

Minha mãe ficou muito entristecida, revoltada e fechou seu coração. Ela se entregou ao trabalho árduo para que não morrêssemos de fome. Foi uma mulher muito firme e decidida, com dignidade e realizando uma série de trabalhos desagradáveis, ela soube nos criar com privações, apesar de nunca faltar o básico para nossa subsistência.

Amargurada, de vez em quando, descontava suas angústias em nós. Ela batia até cansar. Eu queria ficar com raiva, mas logo via o quanto ela se dedicava para cuidar de tudo e se esquecia de tudo o que ela mesma precisava para nos dar pão e afeto. Então, achei mais justo culpar meu pai.

Nada me tirava da cabeça que ele era o motivo do nosso padecimento, cresci assim, achando que meu pai deveria sofrer deveras em decorrência de tudo o que estávamos enfrentando, por isso, fui incapaz de ajuda-lo quando ele nos procurou.

Após muitos anos, já estávamos crescidos e independentes. Todos nós estávamos trabalhando, nossa vida havia melhorado bastante porque nossa mãe soube nos encaminhar com estudos e trabalhos honestos. Conseguimos nossa casa e carreiras, mãe pode descansar um pouco, já não trabalhava mais. Os filhos cuidavam de tudo e ela podia cuidar da sua saúde. Minha mãe era bem tratada no lar pelos filhos que eram gratos pelos cuidados recebidos.

Até que um dia, retorna nosso pai que nos abandonou. Surge aquele velho esfarrapado e doente, reclamando a família que deveria cuidar dele. Eu não acreditava nos meus olhos. Não pude entender que ele precisava de cuidados e perdão. Simplesmente me aproveitei daquela cena lamentável para despejar nele todas as palavras que eu tinha guardado durante todos aqueles anos. Eu estava satisfeita de poder insultá-lo com as minhas palavras mais rudes, fazendo com ele compreendesse o quanto necessitamos dos seus cuidados, enquanto ele foi curtir a vida com aquela mulher.

Eu não permiti que minha mãe tivesse piedade, nem permiti que meus irmãos o auxiliassem, eu tomei a decisão de enxotá-lo das nossas vidas, sem me preocupar se ele morreria de fome ou doença.

Tratei de não pensar mais nisso como se eu estivesse vingada. Por muitos anos, cheguei a meu sentir muito bem com a possibilidade de ter feito com ele sentisse na pele a nossa dor. Seguindo a Lei de Talião como se fosse a forma adequada de viver neste mundo. Mas, os anos passaram, conheci um homem encantador que me levou a igreja onde recebi nobres ensinamentos do Messias e quando conheci a verdade, aí sim, meu coração ardeu.

Nunca mais encontrei meu pai. Eu não tive mais oportunidades de ressarcir o que houve de pagar o mal com o bem. Eu desperdicei a oportunidade de ensinar a ele o que é o amor desinteressado.

Por isso, solicitei uma nova chance de nos reconciliarmos. Eu carrego isso em mim. Este arrependimento de não ter me entendido com meu pai. Tenho o consolo de saber que serei atendida em minha solicitação. Tudo traçado deveremos retornar, agora ele será meu filho. Espero ter muita paciência para entregar todo amor que pode haver no meu coração.

 

Daniela

19/01/25

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“Não adianta evitar, cada um de nós deve passar 

por tudo o que for necessário à sua edificação”


Eu me arrependi por não ter recebido a criança que estava prevista.

O medo tomou conta de mim, mesmo sem lembrar de tudo o que tínhamos combinado e das dificuldades que eu teria de enfrentar por causa das necessidades especiais daquela criança, inconscientemente, o tomou conta de mim.

Eu tinha condições de engravidar, tinha o apoio do meu marido e dos demais familiares que instintivamente, estavam sempre me perguntando quando iriamos encomendar o nosso bebê. Todas as vezes que tocavam no assunto, o medo percorria o meu corpo, cheguei a me enfurecer com eles que pararam de tocar no assunto. Meu esposo percebeu o meu incômodo e afirmei que eu estava insegura para ter um filho, eu preferia não ter.

Meu esposo se sentiu um pouco frustrado, ele queria filhos, ele sentia também no intimo que algo estava errado, o planejamento também era dele, nós precisávamos recebe-lo, juntos cuidar dele e fazer com que evoluísse mesmo com as limitações físicas, mas eu fraquejei e recusei.

Vivi uma vida morna. Sabendo que faltava alguma coisa, inquieta, angustiada, infeliz. Logo os anos passaram e eu não tinha mais condições de pensar na gravidez, passou a minha fase de procriação. Meu esposo se cansou, cansou das minhas frases tolas, dos meus delírios, da minha forma fútil de ser, sempre pensando apenas em mim. Ele foi embora, se divorciou de mim de forma pacífica e amigável, se casou novamente com uma boa mulher que lhe deu filhos.

Eu soube deste lado que o Espírito que estava previsto para recebermos, aproveitou esta nova união e reencarnou como seu filho. Ele soube fazer o que não fiz. Desempenhou um papel incrível como pai de uma criança especial.

Eu me arrependi quando encontrei com ele e sua nova família, sentia ciúmes e imaginei que poderia estar no lugar dela. Pensei no quanto sou egoísta e covarde. Passei décadas imaginando como poderia ter sido com uma família completa, apesar de todos os problemas e barreiras que pudéssemos encontrar.

Aqui eu analisei tudo e entendi que estou com uma pendencia importante. Não adianta evitar, cada um passa por tudo o que for necessário a sua edificação, então, não adianta correr, eu vou ter que enfrentar. Na próxima vida, voltarei como mulher e preciso receber outro Espírito como criança especial para resgatar tudo o que fiz no passado quando abandonei o filho que concebi após causar graves danos por maus tratos.

Sou culpada e preciso expiar a falta que foi cometida. É melhor que seja em breve. Que Deus me ilumine para fazer as escolhas certas e não fugir dos compromissos assumidos. 

 

Cibele     

19/01/25

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"NÓS NÃO PODEMOS FICAR ACOMODADOS  EM SITUAÇÕES TERRIVEIS"

Ele olhou para trás e partiu. Apesar de tudo, chorei. Eu nunca quis a separação. Mas, eu estava vivendo num inferno por puro orgulho ou por vergonha de me dizer fracassada. Eu não queria ser uma mulher divorciada numa sociedade tão preconceituosa. Eu preferia ficar casada com aquele homem machista e agressor.

Compreendi que eu era muito preconceituosa e precisei vivenciar tantas formas de maus tratos para olhar amorosamente para os meus semelhantes.

Tentei tantas vezes, após ser agredida, eu tentei. Quis acabar com a vida dele, quis ir embora, mas sempre tentei mais uma vez pelos nossos filhos e por mim. Eu dizia para mim mesma que ia mudar, mas os anos passaram e isso nunca aconteceu.

Deus, sabendo da minha covardia moral, achou mais conveniente colocar outra mulher no caminho dele, assim ele foi embora. Naquele Ano Novo, eu entendi que meu casamento estava no fim, era a ruptura completa de nossa união. Eu precisava aceitar que minha vida seria diferente e me acostumar com a situação de criar sozinha nossos filhos porque ele não ia voltar.

Eu escutei os fogos de artifício, olhei para os meus filhos, ainda pequeninos, observei aquela situação de pobreza e decidi mudar de vida. Eu orei e me lembrei de Jesus, eu pedi com toda força do meu coração para que eu tivesse perseverança e ânimo, para arregaçar as mangas e conseguir um trabalho decente para cuidar da minha família, agora eles tinham, apenas a mãe deles.

Eu sempre pensei que, por pior que fosse nossa relação, pelo menos, eles tinham o pai para contar, pra falar a verdade, eu não tinha muito dele. Dinheiro contado, grosserias, agressões, palavrões e humilhações. Era isso que sobrava para nós. Refleti que, sozinha, talvez, tivéssemos paz.

Me propus o esforço físico e mental para que meus filhos tivessem um local cheio de paz para repousarem depois do dia fatigante. Eu merecia e eles também, uma casa simples, mas cheia de paz.

Pedi muitas coisas naquele ano. Tive receio de tantas mudanças e fiquei insegurança se conseguiria cuidar bem daquelas crianças, mas confiei na Providência Divina que cuida bem das mães amorosas.

Foi assim que, no outro dia, apareceram em nossa porta trazendo uma cesta básica. Eu, apenas ergui meus olhos ao céu e agredeci a Deus e a todos que se lembraram de nós. Dias depois, procurei emprego e fui contratada numa fábrica. Eu agradeci novamente os cuidados que Deus estava tendo conosco.

Trabalhei muito, convivi com meus filhos com todo o meu amor. Foi uma vida rica de aprendizados onde a paz esteve no meu lar permitindo o aconchego e o descanso quando estávamos cansados das labutas diárias. Eles cresceram, estudaram, trabalharam como pessoas distintas e sempre permaneceram ligas a mim como se soubessem o quanto me dediquei por eles.

Nunca mais vimos o pai que nos abandonou. Acredito que nós não podemos ficar acomodados em situações terríveis, tentando justificar que, de alguma forma, isso é o melhor a ser feito. Por medo ou vergonha, nada justifica o sofrimento voluntário. Precisamos ter forças morais para modificar a vida que está ruim porque todos nós podemos ter grandes oportunidades de renovação e desenvolvimento.

Deus quer o melhor para Seus filhos, mas estes filhos devem se esforçar e buscar uma vida melhor. Nós fizemos tudo o que foi possível e tivemos uma vida feliz.

 

Graciete

12/01/25

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“TODOS PODEM FAZER UM POUCO 

ATRAVÉS DO AMOR E DA BOA VONTADE”

 

Para mim, era tudo igual. Só uma mudança de calendário. Não havia motivo para festejar, comemorar o quê?

Eu tinha uma família querida que estava festejando, tudo iluminado, muita festa e dança, uma ceia cheirosa e muitos fogos de artifício que aguardavam a contagem regressiva. Meus familiares sempre gostaram de comemorar o Ano Novo, tinham muitas expectativas de que seria um ano muito melhor cheio de possibilidades, trabalhos melhores, saúde, paz e amor.

Eu estava cansada de tudo aquilo, do agito, das festas. Minha vida não tinha nada de ruim, pelo contrário, eu tinha minha carreira, por sinal bem sucedida, tinha alguns amigos leais, tinha minhas posses e, ainda assim, sentia um vazio que acabava comigo.

Nada fazia sorrir verdadeiramente. Nada contagiava e mexia com as fibras mais íntimas. Eu estava vivendo por viver. Sem saber até quando ia aquele marasmo, desejei sumir dali. Sumir daquele local onde todos estavam tão esperançosos e felizes.

Foi um daqueles momentos onde a alegria alheia te dá raiva. Eu não tinha aquilo dentro de mim. Vasculhei nas lembranças um momento onde a vida foi melhor para os meus sentimentos, mas eu não encontrei. Podia ser depressão, mas de uma vida inteira?

Parecia que eu estava inserida num lugar que não me pertencia com pessoas que eram completamente diferentes de mim, da minha necessidade de viver, então, cansada daquelas convenções, eu sai sem ser notada.

Caminhei pelas ruas buscando alguma coisa que me preenchesse. Eu andei a toa e vi quando um grupo de pessoas estavam entregando refeições para moradores de rua. Eu observei à distância e me senti comovida. Foi a primeira vez que me senti tocada por alguma coisa. Eu me aproximei deles e perguntei se podia ajudar, uma moça me olhou curiosa, mas informou que toda ajuda era bem vinda.

Foi aí que comecei a me sentir útil. Eu senti motivação, impulsionamento como se aquilo fizesse todo sentido. Depois disso, conversei com aquele grupo de pessoas do bem e perguntei quem eles eram e me disseram: servos de Cristo.

Eu quis ser serva também e me tornei. Eu ingressei naquele centro espírita e dediquei grande parte da minha vida a assistência dos irmãos necessitados. Eu nunca me senti tão feliz e com tanta confiança.

Hoje sei que foi a inércia que fez de mim uma pessoa entristecida. Minha felicidade estava ligada a oportunidade de fazer algo de útil por nossos irmãos.

Eu sentia, no fundo do meu ser que estava deixando minha vida passar de forma inerte, egoísta, individualista e eu sentia que não podia ser só isso. Através do Evangelho, através da caridade, eu consegui encontrar o motivo de viver. Eu encontrei alegria para os meus dias quando me senti útil numa sociedade onde são tantos carentes.

Existe muito a ser feito, em todos os lugares que você observar, vai perceber o quanto tem gente que precisa de ajuda. Todos podem fazer um pouco através do amor e da boa vontade. Quando você produz, sente milagres na alma. É só ainda que nós sentimos mais perto de Deus, não existe outra maneira.

Desejo que no Ano Novo, você descubra uma maneira de se tornar útil e sinta a fantástica modificação no íntimo do ser.

 

Verônica

12/01/25

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“Precisam se conscientizar de que não estão 

encarnados para passar o tempo”


Anno Domini é o ano inicial da era cristã.

O marco é o nascimento de Cristo. Quando a Terra recebeu a vinda de Jesus com sua mensagem de amor, fraternidade e paz.

Quando um novo ano se aproxima, as pessoas deviam refletir sobre a sua condição moral e espiritual, o que o ano passado trouxe de bom, todas as possibilidades de desenvolvimento que foram aproveitadas e tudo o que foi perdido, as inúmeras possibilidades de progresso que foram desprezadas.

Precisam fazer conjecturas de estruturação psíquica para planejar um novo ano, para que nada se perca novamente e todas as oportunidades sejam aproveitadas.

Importante saber se está alinhado com o planejamento reencarnatório. Será que está correspondente as expectativas do plano que foi traçado antes de reencarnar? Sem isso, toda esta vida pode estar sendo perdida. Perdida por interesses materiais ilusórios que não servirão para o seu aprimoramento.

Questionar-se diante das suas limitações e esforço que está fazendo para se aperfeiçoar, disso se trata o Ano Novo. Mais um ano, mais uma oportunidade de acertos, de aprimoramento espiritual. Devem estar despertos diante de tudo o que é produtivo, eficaz para a purificação.

A maioria das pessoas não se interessam por estas questões e vivem obcecadas pela satisfação de seus prazeres materiais. Vivem todas as datas comemorativas sem se questionar do significado que elas trazem, apenas fadadas as erros e viciações. Vivem por viver, sem saber por que estão na Terra, mas precisam se conscientizar de que não estão encarnados para passar o tempo. Existe uma causa, um motivo para estarem nesta Terra, vivendo de determinada maneira. Precisam despertar.

Deus é tão justo e misericordioso! Todos despertam, num momento ou em outro, decorrente de dores, tribulações, enfermidades e perdas, todos despertam, na Terra ou no céu, encarnados ou desencarnados, para isso, contamos com a eternidade. Mas, todos despertam e poderão produzir ativamente em prol do seu adiantamento e dos demais.

Desejo que você entenda que não está aqui por acaso e, nem mesmo, para permanecer no sofrimento e na dor, mas para evoluir, para avançar. Esforce-se, dedique-se, pense, como a relacionar causas e efeitos, identifique-se com tudo o que for racional e motivacional. Faça parte da espiritualidade de luz!

 

Marcel

12/01/25




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