Cartas de Jeneiro (12)

 

“Nosso bem mais precioso é a paz de consciência”

  Foi como tirar uma venda dos meus olhos. Todas as percepções muito diferentes. A forma de enxergar a vida e a maneira de observar as pessoas, suas atitudes e devaneios.

Há tantos como eu... Pessoas que se perdem em conjecturas desconexas, paradigmas, complexos. São labirintos onde todos se perdem, sem jamais ter acesso a verdade. Não podem compreender-se e conviver adequadamente com os semelhantes porque estão absorvidos num universo íntimo de medo, caos, invencionices.

Onde está a lucidez? A maior parte das pessoas está perdida num passado sombrio, cheio de arrependimento e culpa ou num futuro de ilusões. Tudo o que traz psicoses, fobias e ansiedades. É o mundo dos doentes mentais. Pessoas que se vestem de seriedade, colocam a máscara da coerência, mas na verdade, estão doentes.

Daí aparecem as privações de discernimento, consequentemente aparecem os desatinos, iras, crimes, injúrias, discriminações. As pessoas não conseguem ver o que está diante de seus olhos porque estão cegas. Olham para uns e outros projetando suas piores características e confrontando seu ego com aquilo que mais temem. Não é pessoal! Faz parte da doença da mente.

Nada é o que parece ser e as pessoas ainda atraem para junto de si outros transtornados do mundo espiritual. Como é bom estar curada!

Eu não tinha ideia... Nosso bem mais precioso é a paz de consciência. Mas, esta paz é proveniente da saúde da mente. Você só pode ter o conhecimento de si mesmo se sabe enxergar com clareza, sem comparações distorcidas, com raciocínio, lógica, usando a realidade.

Eu me vi, durante várias existências, da maneira como as pessoas pintaram. Eu acreditei que era boa porque utilizei várias formas de me fazer boa. Cheguei a ser caridosa diante de uma assembleia inteira, quando na verdade, usava esta forma de abordagem social para me beneficiar. Eu tive tudo o que quis, consegui recursos materiais e status social, mas eu tinha nojo das pessoas, nunca permiti que um serviçal passasse por nós. Mesmo assim, acreditei na imagem que as pessoas tinham de mim. Eu acreditei!

Eu estava doente! Foram muitas vidas, muitas oportunidades desperdiçadas, planejamentos excelentes que foram perdidos porque eu não enxergava o sentido da existência humana. Eu não me permiti crescer. Eu precisava ter consciência das minhas necessidades evolutivas, mas isso não podia acontecer, enquanto eu achava que estava certa. Quando alguém afirmou que eu era má, preconceituosa e ambiciosa, me senti contrariada e ri. Ofereci uma série de motivos para que a pessoa compreendesse o quanto eu tinha mais, sabia mais e não precisava confrontar com ela. Mas, daquela conversa nasceu em mim uma dúvida. Será que eu tinha convicção da pessoa que era?

Aquilo me abalou porque tinha sempre pessoas me rodeando e aplaudindo tudo o que eu fazia. Eu precisei ser confrontada. Mas, não mudei minha forma de ser e pensar. Desencarnei entorpecida e cheguei aqui sem o menor conhecimento sobre mim mesma. Eu estou em tratamento há seis anos.Confesso que me deparei com questões esquecidas, bloqueadas, neutralizadas. Eu não queria lembrar. Mas, é preciso reconhecer o monstro que temos em nós para destruí-lo irrevogavelmente. Agora eu entendo. Me sinto liberta.

Eu precisava ter a mente limpa, leve, como zerar para recomeçar uma nova etapa. Mas, agora com coerência.

Todos deviam fazer tratamentos psíquicos porque existem muitos insanos na Terra. Pessoas que parecem normais, mas explodem de repente, não se constrangem diante dos indefesos. São capazes de ferir até os seres mais amados por questões banais. Perdem o controle com o volante nas mãos. Agridem verbalmente nos locais mais santos. Passam de frágeis a temidos numa fração de segundos.

Quem pode declarar com toda segurança? “Sou mentalmente saudável, jamais perderia o controle dos meus pensamentos e atos!”  

 

Lorena

Psicografado  por Paula Alves

 






“Viver em paz para prosseguir de forma segura e aproveitar a oportunidade da existência para avançar no progresso pessoal”

 

Eu perdi o controle quando vi o quanto ele estava envolvido com ela. A fúria tomou conta de mim. Eu peguei o primeiro objeto que vi na frente e me coloquei diante dela para acabar com sua vida.

Após atirar o vaso em sua cabeça, ela caiu gemendo. Ele me olhou num tom ameaçador e gritou pedindo ajuda, ele tentou ajuda-la e se afastaram de mim. Todos no local me olharam admirados, criticando, fofocando, eles me apontavam, até que a polícia chegou e eu fui detida.

Quando me questionaram os motivos que levaram a agredi-la, eu disse que ela era a amante do meu marido, os policiais riram e fizeram gracejos. Eu tentei me controlar, mas após tantas piadinhas eu os ataquei e fui presa.

Eu sempre fui nervosa, nunca aceitei levar desaforos para casa, mas as coisas estavam passando dos limites. Nem tinha ninguém em minha defesa porque as pessoas ao meu redor estavam acostumadas a me ver brigando e discutindo. Eu perdia o controle e não tinha muita paciência. Foi fácil para o meu marido argumentar, dizendo que não aguentava mais aquela esposa descontrolada.

Até meus filhos disseram que tinham medo de passar vergonha por causa da reputação da mãe explosiva. Quem gostava de ficar ao meu lado, se a qualquer momento eu podia fazer um escândalo?

Começava com questões banais, num bate papo trivial, alguma coisa me irritava, ninguém estava esperando e eu gritava, comprava briga, me exaltava. Era constrangedor para todos os presentes. Então, não me convidavam mais. Meu esposo aproveitou para pedir a separação. Eu soube que ele se casou com a amante e viveu bem com ela, uma vida tranquila e equilibrada, muito diferente da que tínhamos juntos.

Eu estou racionando ultimamente no quanto era desgastante para todos eles, insistirem numa convivência pacífica comigo. Devia ser cansativo porque nunca sabiam se eu estava de bom humor e, mesmo se estivesse, podia passar da água para o vinho e encrencar com todo mundo.

Eu não queria ser assim... Dentro de mim, era muito pior. Eu sentia um fogo interno tomando conta de tudo, como uma chama que cresce desmedida e arruína tudo. Eu não conseguia me controlar e perdia a noção. Partia para cima de qualquer um, não me importava se estavam observando ou se eu estava sendo justa.

Eu observei tantas cenas. Tantas situações onde as pessoas foram constrangidas, humilhadas e feridas físicas ou moralmente. Eu nunca pensei neles quando estava encarnada. Consegui me colocar no lugar deles e fiquei envergonhada de tudo o que causei.

Eu falei mal de todos. Reclamei porque estava sozinha. Eu não sabia o motivo. Achei que foram ingratos e maus. Meus filhos se casaram, tiveram filhos e nunca quiseram estar comigo porque sentiam vergonha, medo. Eles foram oprimidos por mim, por minha forma de ser.

A mente completamente entorpecida por questões mal resolvidas do pretérito. Coisas relacionadas a guerra. Tantas décadas se passaram, tantas existências perdidas com violência. Eu não consegui compreender que ficou no passado e achava que ainda estava vivendo num tempo em que precisava matar ou morrer. Via em todos um inimigo em potencial. Não consegui seguir em paz. Paz de consciência.

Então, hoje quando vi tudo de forma mais clara, percebi que não estava bem há séculos. Apenas quando nos sentimos curados, temos a certeza de que estávamos doentes. Eu precisava de tratamento. Tratamento sério e controlado. Mas, como buscar este tipo de tratamento na Terra? Quando tantos são doentes, até mesmo os profissionais?

Eu me questiono porque fico preocupada com a situação geral. É ameaçador! Nos deparamos todos os dias com notícias que chegam de lá e eu me recordo a pessoa que fui na última existência: aparentemente normal, inconscientemente trajando lembranças da guerra, podendo ferir qualquer um, em nome da legítima defesa. Coisas que a mente doente te faz acreditar, sabe?

Eu ouvi falar de pessoas que tratam e estão ainda mais desequilibradas, então, precisamos pensar nisso tudo.

Procurar acolhimento nos locais adequados, se permitir tratar, desejar uma mente saudável para viver bem em sociedade e com você mesmo. Viver em paz para prosseguir de forma segura e aproveitar a oportunidade da existência para avançar no progresso pessoal.

Eu sei que o mundo precisa de pessoas conscientes de quem são e do quanto podem desempenhar para o bem de todos. Mentalmente saudáveis.

 

Cecília

Psicografado  por Paula Alves


 
“Tudo na vida tem um propósito e que o mal não é desmedido. Existe uma justiça que impera diante de nós”

 

Eu via coisas, ria sozinho. Minha infância foi uma viagem, eu falava para os meus pais, para os tios, mas eles riam, achavam que era brincadeira de criança. Não foi processo obsessivo. Era tudo criação da minha mente.

Depois crescendo, as coisas ficaram muito piores porque eu sabia que não podia falar. Fazia de conta que era tudo correto em mim. Argumentava, respondia como quem está coberto de razão, mas no fundo, eu era louco demais. Perigoso!

Imaginava e fazia planos terríveis de saciar meus desejos mais ardentes. Tinha livre acesso nos melhores lugares que o dinheiro pode pagar, meus pais tinham muita influência. Eu me formei médico e pude articular o quanto desejei. Não era crime, era função.

Cada louco com a sua neura! Tem muita gente doente por aí. Em todas as profissões, gente que aproveita o uniforme para fazer suas torturas com seus semelhantes. Danos mentais graves que passam despercebidos numa sociedade de loucos. Eles são comovidos pelo dinheiro, pelos títulos. São corrompidos e entregam os filhos.

Permitem que insanos governem o mundo e aceitam tantas contradições com ameaças.

Eu fui um destes. Naquela época eu ria à vontade. Sabia que nunca seria pego e permitia que minha mente flutuasse. Compreendi desde cedo que aqueles pensamentos podiam trazer danos, mas ninguém tentou impedir, ninguém pareceu se preocupar.

Os pais deviam saber, desde cedo, o que têm dentro dos lares, mas compreendo que, eles mesmos não sabem se analisar, então, seu julgamento é falho, prejudicial. Eles não tinham como me analisar. Eu notava em todos eles, falhas morais e desvios de personalidade. Cheguei a perceber em muitos, comportamentos semelhantes aos meus. Familiares loucos!

Eles estão aí, vagando pela sociedade e você não sabe quem são. Pode ser o professor da sua filha, o médico da sua esposa, seu chefe. Um garoto qualquer que entra no seu estabelecimento ou aquele avozinho com cara de doente. Qualquer um pode ter desequilíbrio mental e você não percebe, até porque também está vagando pelo mundo, envolvido com pensamentos que não sabe controlar.

Eu achava que o mundo estava perdido. Por causa disso tudo, achei que era um grande marasmo onde o mal não tem fim e nem justificativa. Mas, eu desencarnei e fui punido, sofri tanto que pedi pelo amor de Deus. Eu chorei e me arrependi porque padeci de todos os tormentos que entreguei aos meus semelhantes. Então, entendi que tudo na vida tem um propósito e que o mal não é desmedido. Existe uma justiça que impera diante de nós.

Eu pedi para me tratarem e estou me reajustando. Em processo de cura. Não é nada fácil controlar os pensamentos. Se alguém tem este problema, deve se tratar.

No plano físico ou espiritual, deve buscar ajuda e se esforçar para se tratar. É possível nos tornarmos pessoas melhores.

 

Ivanildo

Psicografado  por Paula Alves



 Se você não tem paz, mesmo quando tudo parece estar bem, é porque algo está em desajuste.

Eu controlei, mas só Deus para saber o quanto me esforcei para não castigá-los. Os flagelos me faziam ceder. Eu sentia a dor e me lembrava que não podia ferir meus filhos.

Eu sabia, no fundo do meu ser, que precisava ser mãe, mas eu sentia muito medo de não ser boa mãe. Nunca demonstrei comportamento agressivo, diante de qualquer pessoa, diriam que eu fui uma pessoa completamente normal, psiquicamente normal.

Mas, a verdade é que, quando descobri estar grávida, pensei muitas vezes em abortar. Meu esposo nunca soube disso, ele ficou radiante, empolgado, me tratou como princesa, fazendo todas as minhas vontades. Então, nasceu meu primogênito e eu nem queria me aproximar da criança, mas não deixei ninguém perceber. O choro dele me irritava, eu não suportava a ideia de mudar toda minha vida para cuidar daquele pequeno ser. Eu não tinha amor dentro de mim.

Muitos diriam se tratar de depressão pós-parto, mas eu digo, nunca me interessei por ele. Depois de três anos, eu engravidei novamente e chorei de tanta tristeza. Como foi acontecer? Eu tomava todas as precauções, mas ele veio. Tudo de novo. Eu olhava para aquelas crianças e tinha ímpetos nocivos. Mas, eu compreendia que não podia fazer nada contra eles, então, foi uma briga dentro de mim. Durante anos, eu me confrontava como se existissem duas pessoas discutindo o tempo todo. Não foi um processo obsessivo.

Eu não quis contar para ninguém porque eu sei que me internariam. Eu precisava controlar e foi o que fiz. Quando pude, me informei e coloquei os dois no colégio interno. Meu esposo e todos os familiares acharam que eu estava optando por um recurso que possibilitaria a melhor educação, permitindo que eles se preparassem para o desenvolvimento intelectual e profissional. Até mesmo eles, ficaram satisfeitos com minha escolha e nunca suspeitaram de nada.

Vivi melhor com a distância. Mesmo assim, os pensamentos me atormentavam. A vontade de ferir e espalhar o mal. Mas, eu me controlei. Eu me flagelava para evitar coisas piores àqueles que estavam ao meu redor. Sei que me superei porque, em outras vidas, eu não tive este controle e deixei meus pensamentos tomarem conta de tudo, destruindo muitas vidas.

Eu compreendo os impulsos destrutivos, tudo parte da mente em desajuste. Eu ficava atormentada e queria descontar nas crianças, mas não sabia até que ponto eles aguentariam tanta raiva e descontrole emocional. Ao mesmo tempo que eu os detestava, sentia pena deles. Eles mereciam uma mãe amorosa.

Eu entendo que, isso tudo é proveniente de traumas do passado, mas eu precisava cuidar melhor dos meus pensamentos para não agredir ninguém. Queria ter aproveitado melhor aquela vida porque eles me amaram e não exigiram nada. Eu podia ter vivido melhor aquela relação, mas só vivi o desespero de uma mente descontrolada.

Se você não tem paz, mesmo quando tudo parece estar bem, é porque algo está em desajuste. Pode ser uma questão hormonal, espiritual ou psíquica. Você pode ficar bem e ser melhor companhia para aqueles que te cercam. Você pode aproveitar a vida e ser feliz, se sentindo em paz e desenvolvendo importantes projetos de vida, mas precisa ser franca com você mesma e buscar ajuda.

 

Nicole 

Psicografado  por Paula Alves


“Eu criei meus próprios demônios”

 

Eu tentei organizar meus pensamentos para identificar o início dos meus delírios. Foi uma vida perturbadora, ambientes hostis, violentos, dramáticos. Por toda parte crime e desespero. Desde a infância, nunca um sono tranquilo ou um momento de paz. Minha mente vivia num pesadelo.

Uma tormenta que originou aqueles fantasmas. Em determinada ocasião, eles estavam comigo, sussurrando, gemendo, solicitando coisas.

Qualquer um diria se tratar de obsessão espiritual, mas não foi nada disso, era delírio mesmo, mente perturbada. Eu criei meus próprios demônios. Eram ilustrações de tudo o que vivenciei nas mais diversas épocas da vida infeliz. Tudo podia ter sido bem diferente se meus pais fossem pessoas coerentes, mas eu tinha que estar naquela família e provar do meu próprio remédio.

Em outros tempos, eu fiz experiências com pacientes psiquiátricos. Ninguém deve, nem por uma fração de segundos, mexer com a estabilidade mental de um ser humano. Saúde mental é tudo! Eu fiz coisas terríveis para investigar até onde uma pessoa podia ter controle mental.

Renasci e precisei suportar as tolices que meus pais faziam como se fosse banalidade. Morar naquele bairro já seria um grande desafio, mas eu suportei todas as violações de equilíbrio e dignidade. Foram momentos delicados que não superei. Nenhum maltrato físico, tudo mental.

Imagino que muitas crianças e jovens devem passar por isso, no ambiente doméstico, escolar e até nos locais religiosos. É muito abuso mental! As pessoas são levadas a crer, conduzem os pensamentos e distorcem os fatos até que a pessoa imagine coisas absurdas, fica tudo de ponta cabeça, inversão de valores e crenças, mente em desatino.

Sociedade arruinada porque alguns doentes não foram tratados. Quem é normal? Eu me pergunto se é possível solucionar toda doença mental que se encontra por aí.

O fato é que eu via coisas e me desesperava. As ilustrações que construí me matavam de medo, eu não estaria segura em parte alguma. Confessei para minha mãe e ela achou que fosse um fantasma de verdade, então, me conduziu para um local onde fizeram diversos trabalhos para retirar o ser que me perturbava, mas não obtive sucesso, simplesmente porque o problema estava em mim, minha mente estava desequilibrada.

Eu precisava ser ouvida e conduzida para tratamento específico de reequilíbrio psíquico, mas como? Depois que desencarnei, após me entregar ao delito covarde, fiquei vagando em piores condições, mas Deus teve piedade de mim e pude ser resgatada.

Agradeço deveras por todos os cuidados que estou recebendo aqui. Já me sinto melhor. A mente já está mais controlada e começo a ter bons pensamentos, cheios de esperança num futuro melhor. Iniciaram a minha programação futura, vou ser acolhida numa boa família que vai favorecer o meu tratamento psicológico, eles são muito amorosos e ligados ao Evangelho. Pessoas interessadas no ser integral, ricos de possibilidades enobrecedoras, devem ter muito para me ensinar.

As pessoas deviam se esforçar para se posicionar bem na sociedade, beneficiar a si mesmos e aos outros com realidade e paz. Enxergar a vida sem deslumbres ou dramatizações para que possa evoluir com consciência plena.

 Elisângela,

Psicografado  por Paula Alves


 
“As fases são muito passageiras, não há dia ruim que não termine e nem dia bom que dure para sempre”

 

A preocupação com o dia de amanhã. Eu me programava e fazia listas. Tentei antecipar tudo o que podia ser empecilho para que o dia fosse promissor, mas quando sabia que teria um desafio, algo forçoso ou desagradável, aquilo me desesperava e eu até perdia o sono.

Minha mãe sempre foi uma mulher bastante sábia e dizia que eu não devia sofrer por antecipação, devia deixar no futuro o dia de amanhã e me envolver com o hoje para não perder as oportunidades e os bons momentos, mas eu não conseguia fazer as coisas do jeito que minha mãe incentivava.

Então, passei a ter sensações ruins, euforia, suava frio só de imaginar o que poderia me acontecer no dia seguinte. Conforme as horas passavam e se aproximavam de um compromisso, por exemplo, eu ficava cada vez pior, até tomar uma proporção gigantesca de sufocamento, me faltava o ar, parecia que eu ia morrer.

Como dizer para as pessoas que eu estava sofrendo de medo do futuro? Hoje isso é tratado como crise de ansiedade, mas naquela época alguns falavam que era pura frescura. Riam de mim. Meus irmãos diziam que eu era perfeccionista e devia fazer uma coisa por vez, sem medo de fracassar, assim, eu não sofreria mais. No fundo, acho que todos estavam certos, eu era tudo isso e muito mais.

Só que a coisa foi ficando pior porque eu não podia fazer planos de viagens ou festas, a minha ansiedade era muito pior. Levei a sério o que minha mãe disse. Parei para refletir. Eu não fui sempre desta forma, precisava mudar, voltar para os eixos, me controlar, mas como?

Então, eu fui para o parque sem ter hora para voltar. Eu me sentei e me esforcei para reparar nas árvores e nas flores, eu respirei fundo e olhei para o céu. Tentando controlar meus pensamentos, eu vi coisas lindas e me impressionei com a natureza de Deus. Eu me senti bem e comovida. Senti vergonha das minhas questões pessoais e sofrimentos que eram tão fáceis de solucionar.

Daí pra frente percebi como devia disciplinar meus pensamentos. Fazer coisas que me deixavam feliz, me sentir livre das amarras da matéria, das obrigações diárias, não me esforçar para ser perfeita porque eu não conseguiria atingir a perfeição mesmo, ser a pessoa simples que eu era com necessidades e potenciais, apenas eu.

Eu saia mais para caminhar e conversava com as crianças no parque, eu ria com elas, eu ficava feliz por mais tempo, deixei o passado no passado e o futuro no futuro. Aprendi a gostar da minha vida da forma que era. Viver o presente com satisfação e nunca mais tive crises.

Nos momentos de estresse e desânimo, eu procurava me convencer de que tudo na vida são fases. As fases são muito passageiras, não há dia ruim que não termine e nem dia bom que dure para sempre. Eu precisava aproveitar intensamente o dia bom e ter paciência com o dia ruim.

Viver um dia por vez, aproveitando todos os ensinamentos que as diversas horas do dia podem te fornecer, isso é fundamental para ter bem-estar na vida.

 Bárbara

Psicografado  por Paula Alves

 






“O grande desafio do ser humano, em razão das suas diversas jornadas, é ter controle dos pensamentos”

 

Porque só de olhar para o mar parecia que eu voltava no tempo e ia me afogar. Mas, eu nunca tinha tido contato com o mar. Naquela existência, meu medo de água era tamanho que eu nunca me aventurei a correr este risco.

Coisas de outras vidas que ficaram plantadas na minha mente, assunto mal resolvido com o subconsciente. Isso me fez sofrer bastante. Nunca um banho de piscina ou um divertido passeio na praia, jamais.

Trauma do passado! Eu não consigo entender porque nós não conseguimos neutralizar estas coisas. Acho que a situação é tão delicada que fica gravado na mente para não esquecer mais. Eu implicava até com meus filhos quando queriam brincar no mar. Ficava apavorada e começava a imaginar que iam morrer afogados, muito inquietador e aflitivo.

Meu esposo dizia que eu era exagerada e não podia proibir as crianças de se refrescarem, isso era irracional porque nunca aconteceu nada.

Na época, eu não conseguia entender. Eu perdi um filho vítima de afogamento num rio, na existência anterior e morria de medo de água por causa disso.

Questões delicadas da mente. Eu sonhava e acordava desesperada. Mas, me conduzi na vida fazendo de conta que não era nada e que não tinha problema algum. Eu não pensei que teria de fazer tratamento para me livrar deste momento ruim de outras vidas.

Então, se é desta forma, tem muita gente que devia fazer tratamento psicológico porque todo mundo deve ter bloqueio com coisas que vivenciou no passado. Coisa que a gente não sabe por que diz, coisa que a gente não sabe por que tem medo ou não quer enfrentar, pessoas que não toleramos ou situações que tentamos desviar do caminho por pequenos sinais do passado, as intuições. Na verdade, é a consciência fazendo alertar que não resolveu.

Acredito que o grande desafio do ser humano, em razão das suas diversas jornadas, é ter controle dos pensamentos. É fazer escolhas racionais baseadas na necessidade evolutiva. Não julgar com base no que viveu e ficou interditado pela mente. Se libertar destes bloqueios e adquirir desenvolvimento não é nada fácil porque todos nós tivemos erros e pesares em outras existências.

Mas, é possível através da lucidez mental. Só de ter posse destes conhecimentos e das necessidades comuns, já é um começo. Hoje em dia, as pessoas são livres para acessarem todo tipo de descobertas e informações, podem buscar elucidação e trabalhar os desbloqueios mentais para avançar de mente limpa.

Acho que eu vou melhorar aqui e vou avançar muito na próxima oportunidade porque eu decido me equilibrar e ser uma pessoa melhor a cada dia.

 Emanuela

Psicografado  por Paula Alves



“Quando você não faz o bem, já está fazendo o mal”

 Foram pessoas muito distintas, acima de qualquer suspeita. Eles trabalhavam na igreja e aconselhavam os casais porque eram modelo de lealdade e amor familiar. Não tinha quem não gostava deles.

Só eu sei o que acontecia em nosso lar. Verdadeiros charlatães. Meus pais não sabiam o que fazer para envolver as pessoas e ganharem dinheiro fácil. Boa posição social, status, pose, eles eram incríveis juntos. Sabiam de todas as coisas e conheciam a mente humana porque eles sabiam persuadir, dizer o que as pessoas desejavam ouvir em momentos cruciais, eles ganhavam a confiança e assumiam o controle das vidas porque estavam por trás de tudo. Eles orientavam e controlavam as vidas daqueles ricos. Podiam lucrar o quanto quisessem.

Eu fui o único filho, claro que fui ensinado a manipular. Desde de jovem, eles me diziam o que eu precisava fazer para ser aceito e respeitado nos núcleos sociais e, assim, eu sabia de tudo o que acontecia nas casas dos meus amigos, contava para os meus pais e o jogo corria solto.

Naquela época, eu não achava que aquilo tudo era ruim porque do jeito que faziam, parecia até que beneficiava as pessoas, levando esperança, fé, otimismo, mas eles conduziam para beneficiar a si próprios financeira e socialmente. Eles exploravam a fé e a credibilidade daqueles sofredores morais.

Mas, eu não via mal algum, até que uma pessoa se matou por causa disso. Um homem percebeu o que estavam fazendo. Não havia quem pudesse desconfiar que eram lobos em pele de cordeiro a mexer com a mente daqueles crentes. Quando o homem foi tentar argumentar, simplesmente armaram para destruí-lo publicamente, divulgando algo que mexia com sua reputação, ele não aguentou os gracejos e olhares acusadores e se destruiu.

Nós nunca sabemos até que ponto a mente suportará as investidas do mal. Não podemos imaginar o quanto as pessoas podem triunfar diante dos tormentos mentais.

Nós nunca fomos pegos, ninguém imaginaria que fazíamos tudo com intenções de nos beneficiarmos materialmente. Uma família que se aproveitava da ingenuidade, da confiança e da amizade para se beneficiar, mesmo que para isso, tivéssemos que tirar as pessoas do nosso caminho.

Só existe o caminho do bem e o caminho do mal. Quando você não faz o bem, já está fazendo o mal. Dependendo das suas intenções, o mal já está sendo realizado.

Nós plantamos e colhemos. Retornaremos com problemas mentais, cada um numa cidade. Separados e tolhidos em nosso discernimento para valorizarmos a liberdade de pensamento e o livre arbítrio. Sei que será uma experiência dolorosa, estou temeroso, mas é assim que tem de ser. Eu preciso quitar minhas dívidas, sou culpado e preciso estar limpo para seguir em frente. Rezem por mim.

 Maurício

Psicografado  por Paula Alves


Você consegue visualizar com clareza?

 

Eu me deixei iludir e criei um mundo de fantasias. As pessoas fazem de nós o que permitimos que façam.

Ele sempre foi o mesmo, em nenhum momento se fez além do que poderia ser, eu que fiz distinção da sua personalidade doentia e sonhei que estava num conto de fadas. Disfarcei tanto a realidade que vivi com aquele homem durante vinte anos como se fosse normal ser agredida e maltratada.

O impressionante é que eu mesma justificava as maldades que suportava dele como se aquele agressor fosse a própria vítima. Como pode a mulher inverter a situação na mente invadida? Ele nunca foi sutil, sempre deixou bem claro que eu era como sua propriedade e eu consentia.

Na verdade, todas as vezes que ele me insultava ou depois de grandes surras, a minha mente me fazia crer num homem que me amava de todo o coração e que era capaz de fazer grandes sacrifícios por mim. Eu me lembrava de cenas românticas de filmes de época e me deixava envolver num universo místico, alienável.

Não conseguia enxergar o que realmente acontecia. Minha mãe pedia pelo amor de Deus que eu me separasse dele e eu dizia que ele não podia viver sem mim. Ela chegou a mencionar que eu estava doente e que ela temia por mim. Ela tinha medo que ele pudesse me prejudicar gravemente.

Foi quando eu reencontrei um amigo e pude conversar com ele abertamente, disse as coisas que envolviam minha vida, dos meus fracassos pessoais e necessidades afetivas. Eu me surpreendi do quanto estava sendo franca com ele, como a conversa fluía serena e eu me tornava uma pessoa lúcida e sincera. Foi como se eu encontrasse os porquês que buscava há tempos. As palavras saiam da minha boca permitindo que eu mesma ouvisse, refletindo nos anseios da minha vida.

Então, pude perceber que aquele relacionamento nunca foi saudável. Eu estava sendo explorada emocionalmente. Com ilusões e sentimentos depreciados, nunca poderia ser eu mesma a evoluir no mundo, utilizando todos os recursos da vida para me desenvolver.

Voltei para casa e fiquei observando. Deixei que ele me agredisse verbalmente, depois ele tentou me bater e eu analisando, como alguém que não faz parte do contexto. Eu consegui olhar sem o véu que cobria a minha compreensão. Naquela noite, eu não me deixei sofrer, arrumei as minhas coisas e voltei para a casa dos meus pais. Eu me separei e iniciei um longo processo de análise da minha consciência.

Foram anos até que eu pudesse me reconhecer e estabelecer um relacionamento realmente saudável com alguém. Mas, quando isso aconteceu, pude ser feliz. Aconselho que você analise sua vida íntima, amorosa, laborativa, religiosa e faça um justo balaço do que você está realizando e ofertando nestes diversos setores da vida. Você consegue visualizar com clareza? Tudo isso é produtivo para você e para todos que te cercam?

Nós precisamos ajustar os padrões vivenciados na Terra. Saber observar as situações em que estamos engajados e não formar ilusões mentais onde as pessoas se tornam marionetes das próprias mentes em desequilíbrio. Isso não permite que você alcance o progresso.

 

Joaquina

Psicografado  por Paula Alves

 


“Eu não me incomodava com a dor alheia ou com as questões sociais, parecia uma doença”

 

Era como se eu não levasse a vida a sério. Minha mãe dizia que tudo era brincadeira para mim. Eu não estava pronta para assumir responsabilidades. Qualquer conversa sempre era levada para um tom de comédia, eu gracejava e ria à vontade.

Comecei a ter este comportamento quando o médico falou do problema da tireoide e que seria muito difícil assumir o peso ideal. “As gordinhas sempre são as mais divertidas”... Eu ouvia sempre este sarcasmo e acabei aceitando este padrão. Quando eu soube que ela precisaria de cirurgia para retirar o tumor, eu ri tanto que até perdi o fôlego. Minha mãe chorou e disse que eu precisava me controlar melhor porque ela era a mãe, mas as outras pessoas podiam perder a paciência comigo. O pior é que, meus irmãos, falavam que eu ria de nervoso, mas eu ria porque achava tudo muito engraçado mesmo. Parecia que eu não tinha como medir a gravidade da situação.

Para mim, tudo era engraçado, como um humor negro, contagiante. Eu não me incomodava com a dor alheia ou com as questões sociais, parecia uma doença onde eu não podia conjecturar das sequências dos fatos e da gravidade das situações. Por isso, as pessoas não contavam tudo para mim, por isso, eu não soube que a cirurgia não tinha conseguido curar minha mãe.

Quando ela morreu, eu percebi o quanto estava doente. Eu não conseguia sentir pesar. Eu já estava sentindo a falta dela e compreendia o que implicava a morte, mas não sentia dor, só vontade de rir. Meu pai me proibiu de ir ao enterro, ele disse que seria desconfortável, ele estava triste demais para me ver sorrindo.

Eu procurei terapeutas que não conseguiram me tratar. Isso foi um grande empecilho para que eu tivesse relacionamentos duradouros. O meu riso afastou muita gente. São ilusões, fantasias que me fazem dar risada. Eu imagino situações muito cômicas e acaba sendo incontrolável. Mesmo se alguém surgisse contando um caso desastroso ou trágico, eu achava graça do rosto da pessoa ou do jeito que ela falava, eu nem ouvia o que ela estava dizendo e começava a rir.

É a mente que está desgovernada e não permite que se concentre num fato dando a devida atenção. Eu precisava me concentrar e disciplinar a minha mente, mas só consegui fazer isso aqui. Hoje estou bem melhor. Já consigo manter uma conversação sadia e séria, centrada e compenetrada. Conversa madura de adulto.

Em outra existência, desencarnei muito jovem. Eu mantive aquela ilusão de criança, lembranças de palhaços e personagens de quadrinhos, de que as coisas complicadas serão resolvidas pelos tutores, pelos adultos e sempre acabará bem. Não tinha uma mente que se desenvolveu com o passar dos anos e se tornou madura.

Mas, eu quero me preparar bem, retornar para ser adulta, resolver questões importantes com inteligência e sensatez. Quero ter maturidade psíquica para ajudar meus familiares.

 

Mirela

Psicografado  por Paula Alves

 

“Que a inteligência seja usada para o progresso proveitoso na fraternidade e concórdia”

 

Ele teve toda paciência comigo. Meus pais achavam que eu não podia formar família porque tinha a inocência de uma criança, mas eu me apaixonei por aquele homem e suspirei em cada momento.

Foi uma bela vida, apesar das minhas privações intelectuais. Foi um tipo de autismo, bem suave diante de todos que podem haver. Meus pais não tinham muita informação naquele tempo, mas eram tão amorosos e delicados que me tratavam com toda consideração. Eles tinham intuição de como deviam agir para facilitar o meu desenvolvimento e eu fui me virando, me adaptando e aprendendo muitas coisas, apesar dos meus limites. Eu me lembro que tomar banho e me vestir sozinha foi uma grande superação. Eu via no rosto deles, a felicidade surgir quando eu superava um obstáculo.

Eu me sentia feliz e fazia de tudo para conquistar o que eles pretendiam para mim, mesmo sem me dar conta da importância de tudo aquilo. Consegui me desenvolver em muitos aspectos e, ainda assim, era bem limitada se comparada com as meninas da minha idade que estudavam e faziam planos de carreira.

Eu o conheci num posto de saúde quando éramos jovens. As enfermeiras já me conheciam bem e brincaram comigo, eu não sorria, então, ele deve ter ficado curioso. Se aproximou de mim, conseguiu compreender as breves palavras que eu reproduzi com timidez, ele sentiu simpatia por mim e ficou meu amigo.

Ia sempre em minha casa e meus pais gostaram de saber que eu tinha um amigo. Nossa amizade foi linda e eu senti muito ciúmes quando ele sumiu de casa porque estava namorando. Eu nem sabia direito o que era namorar, mas fiquei com raiva porque ele estava com outra mocinha e eu ficava sozinha o tempo todo.

Mas, depois de um tempo, ele voltou e contou o que aconteceu. Ele disse que gostava de mim. Meus pais ficaram tensos com a situação, mas eu disse que também queria namorar. Com tanta delicadeza, num amor tão sublime, ele teve todos os cuidados para não me decepcionar. Nós namoramos e nos casamos, eu tive dois filhos com ele e fui muito feliz.

Cheia de limitações, me esforçando para superar e viver bem com aquelas pessoas maravilhosas que me ensinavam tanto. Sei que para eles, nunca foi fácil, eles se dedicaram para me auxiliar e fornecer uma vida produtiva e rica de possibilidades. Devem ter tido uma série de entraves por minha causa e, por isso, sempre serei grata. Todos que fizeram parte daquela família estiveram ligados a mim em outros tempos. Muitos deles, sofreram com meus desmandos numa época em que minha inteligência brilhante fazia com que eu os explorasse e fizesse imposições humilhantes, mesmo assim, eles compreenderam minhas necessidades e dedicaram suas vidas para que eu vivesse bem e feliz.

O mais importante é desenvolver nossos nobres sentimentos e controlar os pensamentos para que sejamos doadores do mais puro amor. Que a inteligência seja usada para o progresso proveitoso na fraternidade e concórdia.

 Lídia

Psicografado  por Paula Alves

 

“Há tempo para tudo, desde que haja disciplina”

 

Eu passava horas estudando e fazendo anotações, investigando, esclarecendo minhas diversas dúvidas, fazendo esboços e análises das inumeráveis condições da vida e da morte. Eu me deixava envolver com as muitas descobertas e não podia perder tempo com coisas banais do cotidiano, então, perdi as contas das vezes em que virei a noite estudando, fiquei sem tomar banho ou perdi as refeições.

Meus pais estavam deveras preocupados porque notaram meu emagrecimento, eu não tinha tempo nem para comer, mas eu não sentia fome ou cansaço, precisava responder minhas próprias indagações.

Ouvi quando ela disse ao meu pai que eu devia estar enlouquecendo, não era normal para um jovem da minha idade. Eles estavam prestes a me mandar para um hospício, então, resolvi mudar minha conduta. Eu lia nos parques, nas bibliotecas, nos teatros, em toda parte e tentava desviar a atenção dos meus pais.

O fato é que eu me perdi naquelas indagações. A vida é um misto de coisas importantes que temos a concluir e não podemos nos fixar numa coisa apenas. Fixar... Foi uma fixação! Eu abstraí da minha mente tudo mais. Não dei importância para os outros setores da minha vida. Não me desenvolvi e fiquei fanático com minhas pesquisas, com minhas descobertas que não me levavam a lugar nenhum.

Você tem que fazer uma análise do quanto isso está te conduzindo num caminho bom e produtivo para você e para outras pessoas. Isso te leva ao progresso e aos bons relacionamentos? Nenhum de nós foi colocado na Terra para viver sozinho ou enclausurado, mas para se desenvolver no contato com os outros. Os meios sociais são apropriados para a reparação das faltas e melhoramento de si mesmo. Não podemos abrir mão destas possibilidades de purificação.

Eu não progredi. Pensei tanto, tanto, tanto que minhas células nervosas parecem ter entrado em colapso. Foi como se estivessem estafadas e, de repente, eu me senti entorpecido, desestruturado, sem forças para nada, sem condições de pensar, eu só queria dormir. Parecia que estava com estresse mental. Desgaste orgânico em decorrência do tempo de uso.

Tudo que utilizamos em demasia, se desgasta e pode sofrer danos como uma máquina que começa a precisar de reparos. Meu cérebro ficou danificado e eu já não tinha condições de ler meus livros amados. Como um bobalhão. Um velho atordoado que não se desenvolveu por falta de esforço. Eu não tinha família ou amigos. Eu não tinha perspectiva.

Faça da sua vida uma razão para que você possa ser seu maior admirador em decorrência dos avanços que você fez. Avanços morais, espirituais e intelectuais. Saiba reconhecer que as pessoas são mais felizes se estão acompanhadas e não se esqueça de que tudo o que é demais pode levar ao desgaste físico e emocional, então, saiba dividir seu tempo entre o trabalho, o estudo, o lazer e o descanso. Há tempo para tudo, desde que haja disciplina.

 Denis

 Psicografado  por Paula Alves

  



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