“Evangelho de Jesus que é o único capaz de Salvar o mundo de tantas torpezas morais”
As comemorações de Natal são indispensáveis porque existem pessoas que
só escutam falar no Mestre Jesus nesta época do ano.
Ainda insistem em utilizar a data para a comercialização de presentes e
comilanças, mas pelo menos, começam a refletir sobre fraternidade e
solidariedade, sentem o envolvimento com a espiritualidade de luz.
As famílias precisam de educação religiosa com base no Evangelho. Não
exalto nenhuma religião, mas o Evangelho de Jesus que é o único capaz de Salvar
o mundo de tantas torpezas morais.
Sem o Natal o planeta estaria muito pior. Nesta data, as pessoas pensam
nos menos favorecidos e se envolvem com gestos caritativos, se elevam e pensam
nas injustiças sociais, nos sofrimentos causados pela negligência, no quanto
poderiam fazer se todos se uniam em nome do amor e da esperança.
O símbolo de Jesus salva muitos corações arrependidos. Sua majestade
ilumina os ambientes familiares e promove a renovação.
A simples atitude de lembrar de sua imagem faz com que bondosos
instrutores do Alto possam realizar o trabalho de renovação nos ambientes
domésticos possibilitando que muitos sejam socorridos e encaminhados.
Deixando que Jesus sempre será o bondoso pastor a conduzir as ovelhas à
casa do Senhor. Ele sempre será a luz que nos ilumina, a verdade que precisamos
alcançar para termos dias melhores nesta Terra.
Sem o Natal permaneceríamos na materialidade que nos aniquila. Tudo
inicia com os bons pensamentos emanados na noite de Natal que opera as
transformações nas consciências que precisam ser despertas.
Que neste Natal, Jesus possa nascer em seus corações e operar as
renovações necessárias para uma fase marcante de esperança e fé que lhes
conduzirão a dias muito melhores.
Elias
01/12/2024
***
“Gestos simples em nome de outros irmãos nos despertam para a grandeza de nossas vidas”
Eles brigavam demais e me pediram ajuda, acreditei que fosse se separar,
mas no fundo, eles almejavam uma salvação familiar, algo que fosse suficiente
para salvar aquele casamento.
Eu estava precisando de ajuda com os presentes de Natal, muitas crianças
carentes se beneficiariam daquelas doações e eu estava bem atarefada, então,
disse que enquanto conversássemos eles poderiam me ajudar.
Era muito trabalho, cansativo e temendo não ter a quantidade que fosse
suficiente para todas as crianças. Começamos o trabalho com uma série de
queixas por parte do casal, eles se ofendiam e não sabiam dizer quem era o
responsável pela vida de desentendimento e dor, mas após algumas horas, eles
estavam envolvidos com a causa nobre de promover auxílio e alegria às crianças.
Quando dei por mim, eles estavam sorrindo, embalando brinquedos,
profundamente envolvidos com o trabalho edificante.
Eu cantei, cânticos lindos de Natal, exaltando o Mestre e sua equipe de
luz nos guiava para o trabalho de amor.
Gestos simples em nome de outros irmãos nos despertam para a grandeza de
nossas vidas e das oportunidades que temos de fazer o bem simplesmente para
agradecer por tudo o que recebemos de Deus.
Tudo ensinado por Jesus que nos revelou o Pai amado, que somos irmãos e
devemos nos amparar sem exigir nada em troca.
Naquela tarde, aquele casal chegou brigando e saíram cansados, de braços
entrelaçados, sorrindo.
Pensei no quanto as pessoas perdem tempo com questões corriqueiras,
desnecessárias, com disputas e rivalidades domésticas que apenas servem para o
afastamento dos entes queridos.
O trabalho de doação aproxima, nos faz sentir nas necessidades dos
nossos irmãos, as nossas próprias necessidades e que podemos ser melhores.
Sentimos o quanto recebemos em termos de bem-estar e equilíbrio emocional
quando doamos atenção, disposição, afeto e também os benefícios materiais.
Quando saindo um pouco do nosso mundinho para percebermos outras
pessoas, compreendemos que não devemos descuidar daqueles que estão ao nosso
lado.
Sermos mais atenciosos e delicados com todos que precisam de nós,
depende de nós vivermos em paz no círculo doméstico. Parte de nós a doação
integral de amor.
O Natal faz pensar nos outros, mesmo que instintivamente as pessoas
insistam no egoísmo, a época do Natal remete à caridade e este sentimento pode
salvar muitos homens de pouca fé.
Se envolvam com o Natal, não apenas na troca de presentes e casas
iluminadas, mas que a luz reine em vossos corações.
Lídia
01/12/2024
***
“Que possamos despertar para a necessidade de bem
feitorias sociais o ano todo”
Dava muito trabalho, exigia horas de trabalho daqueles que se
comprometiam, até porque não eram muitos que sacrificavam seus afazeres domésticos
e horas de tranquilidade para preparar a ceia no dia de Natal.
Durante muitos anos, meus familiares se queixaram da minha ausência e
precisei reforçar que eu estava ali, inicialmente, para pagar uma promessa que
fiz para a Virgem Maria.
Quando eu clamei por meu filho que estava se entregando para a morte, eu
disse incisiva que dedicaria todos os meus Natais para realizar o trabalho de
doação, eu ajudaria a preparar a ceia na igreja e ofertar no dia de Natal para
os carentes.
Ela me atendeu, ela que havia sofrido tanto pelos acontecimentos que
cercaram a vida de seu filho, ela me ajudou e eu tinha muita fé em Maria
Santíssima e no seu filho.
Eu não podia quebrar a promessa depois de ter sido atendida. Explicava
todos os anos e, ainda assim, eles zombavam da minha fé e depois discutiam que
não tinham a dona da casa presente para servir uma boa ceia.
Eu saia chorando, inconformada e ia trabalhar com o coração partido, mas
o tempo passou e eu gostei de servir.
Quando nos tornamos servos no trabalho edificante, uma energia envolve
nossa alma, a satisfação é muito grande e não podemos nos afastar, isso seria
terrível para nosso ser. Então, depois de alguns anos, eu não chorava mais,
deixava tudo pronto em casa e saia grata por ter como realizar uma boa ação, ao
menos no Natal.
Trabalhei durante anos e, um dia, meus familiares desejaram ver o que eu
fazia no Natal e almoçaram comigo na igreja. Eles entenderam por que era
importante o que eu fazia. Eles se prontificaram em ajudar e passaram a atuar
como servos de Jesus na sua comemoração.
Nós não podemos desistir do trabalho abençoada, mesmo que nossos
familiares fazem reivindicações porque os bons e propensos ao bem devem
espalhar seus bons frutos na sociedade para estimularem outras pessoas no
caminho da fé, otimismo e boa vontade.
Eu fiquei muito feliz que as coisas tenham dado certo para eles, que a
mudança de atitude tenha acontecido em nome de Jesus e que depois disso, a
renovação tenha acontecido de forma tranquila.
Que possamos despertar para a necessidade de bem feitorias sociais o ano
todo.
Zulmira
01/12/2024
***
“Isso é o Natal: Nascimento
da esperança, da paz, das oportunidades de edificação em nós”
Eles só queriam ver o Papai Noel.
Eu não concordava com aquilo porque não achava correto estimular a imaginação
de crianças tão sofridas. Eles já não tinham o direito de ter família, estudo
decente, casa e conforto. Por que deviam ser estimulados a sonharem com algo
tão fora da realidade?
Conversei com a diretora do orfanato e disse o meu ponto de vista, mas
ela me fez raciocinar...
Disse que muitas pessoas precisam sonhar para viver. É tudo o que lhes
resta para caminharem com perseverança e esperança.
Através dos presentes de Natal e do Papai Noel, sentem que não estão
completamente esquecidos. São como todas as outras crianças, alguém se preocupa
com eles no Natal.
Assim, eles se envolvem com os cânticos e com a lembrança de Jesus, eles
reconhecem o Senhor Jesus como uma criança que cresceu para salvar todas as
pessoas do mundo, sofreu e mesmo assim, nunca se distanciou do Pai Amado. Ele
confiou nos desígnios do Pai que nunca o abandonou.
Eles que são órfãos e não têm pais biológicos a interceder por eles,
passam a confiar em Deus Pai a semelhança de Jesus, ser de luz.
Tudo começa com o Natal, com o Noel, com os presentinhos.
Parece bobagem, mas reflexões infantis do Natal que transforma as
criaturas sofredoras em Filhos de Deus como Jesus ensinou.
Faz ter a percepção de que ninguém estará abandonado ou desprovido de
socorro, apesar de todas as dificuldades que enfrentamos neste mundo.
O mestre enfatizou que todos os sofredores receberiam as bem-aventuranças,
então, devemos segui-lo, seguir suas orientações para sentirmos a satisfação
que beneficia os justos e os misericordiosos.
Isso é o Natal: o nascimento. Nascimento da esperança, da paz, das
oportunidades de edificação em nós.
Manuela
01/12/2024
***
“Será que as pessoas que permitem o nascimento de
Jesus dentro delas vivem diferente?”
Nós estávamos esperando por eles. Já fazia cinco anos que eu estava na
rua. Depois do desencarne de minha esposa, eu perdi a alegria de viver. Estava
todo endividado, minha casa foi a leilão. Eu não tinha condições financeiras e
nem forças psicológicas para enfrentar a justiça, eu preferi entregar os
pontos, achando que não tinha muitos anos de vida.
Achei mesmo que não devia ser muito difícil morar na rua, parecia que a
morte estava tão perto de mim, mas não era a morte não, era a falta de
esperança, a falta de perspectiva, o desânimo que matava a vontade de viver.
Fui parar na rua e muitas pessoas perguntavam se eu não tinha ninguém,
um parente qualquer, um amigo que pudesse se compadecer de minha situação
deprimente, mas a verdade é que todos nós conhecemos muita gente e ficamos
cercados de pessoas interessantes quando temos algo a oferecer, mas quando as
pessoas percebem que fracassamos ou podem se envergonhar de nós, todos viram as
costas, eles se esquecem do quanto gostavam do nosso jeito de ser e desaparecem
sem deixar vestígio.
Eu até tentei me aproximar de alguns deles, mas quando percebi o
constrangimento, quando notei que eles fingiam não me conhecer, não insisti
não, eu fui embora sem olhar para trás.
Vivi na rua e conheci tantas outros como eu, pessoas que eram
fracassados moralmente, não eram perigosos, não ofereciam riscos, mas eram
desprovidos de tudo, principalmente de dignidade.
O fato é que todos nós, em situação de rua, aguardávamos aquela data
porque sabíamos que comeríamos bem.
Nós sabíamos que as pessoas ficam mais dispostas ao bem, à caridade.
Eles olham para nós com compaixão e não sentem tanto medo. É como se soubessem
que Deus pode fazer mais por eles, se olharem para todos os desfavorecidos.
Eu queria que eles pudessem nos tratar daquela maneira durante o ano
todo, mas no Natal isso acontecia como por milagre.
“É a influência do Cristo” – disse um colega sorrindo.
Nós aguardamos por eles e fomos bem tratamos quando trouxeram as
marmitas. Era uma comida bem preparada, comida de Natal. Eles chegavam em
grupos e forneciam os alimentos e um pouco de atenção, então, pensei que o
Cristo deve ter sido boa gente mesmo para ensinar uma obra tão bela de
solidariedade.
Eu queria tê-lo conhecido. Queria que seus ensinamentos fizessem parte
da minha vida. Enquanto eu saboreava o jantar de Natal proporcionado por sua
doutrina fraterna, imaginava como teria sido minha vida se eu tivesse vivido
com a sua presença em mim. Será que as pessoas que permitem o nascimento de
Jesus dentro delas vivem diferente?
Será que elas conseguem se reerguer diante de um fracasso? Conseguem
superar frustrações e dificuldades com tudo o que aprenderam com Jesus? Será
que os cristãos conscientes podem ultrapassar todos os obstáculos?
Eu comi aquela refeição e refleti muito sobre minha vida. Pensei que eu
não precisava passar o resto da minha vida, jogado no viaduto. Eu não sabia
quanto tempo Deus podia me conceder, mas eu fiquei indignado com minha situação
deplorável e chorei. Naquele momento, meu cheiro me incomodou. Foi como se eu
tivesse despertado para a minha realidade, eu tive olhos para ver.
Acho que foi porque me envolvi muito com o Natal de Jesus, fui tocado
por ele com aquele gesto de caridade.
Eu comi e no outro dia fui buscar ajuda na casa de acolhimento, falei
com a assistente social, eu precisava buscar outro modo de vida. Não foi fácil,
mas o que é fácil na vida de encarnado? Fala pra mim.
Consegui, me reergui, consegui através do emprego ganhar forças e
dignidade para sair da rua para sempre. Nunca vou me esquecer do que vivi nas
ruas. Experiência enriquecedora através do sofrimento. Sei que foi um belo
resgate.
Todos podem conseguir, não precisam de pena, mas de compaixão. Precisam
de prece, de caridade.
No Natal, a energia é favorável à renovação.
Tião
15/12/2024
***
“Rogo a Deus que ilumine as pessoas que têm
condições de distribuir bondade no Natal”
Fui parar nas ruas por causa das drogas. Meus pais não aguentavam mais.
Depois que eu comecei a roubar os eletrodomésticos e vender para conseguir
dinheiro, meus irmãos decidiram me colocar para fora de casa.
Mamãe chorou, meu pai disse que eu era um filho problemático e ele não
tinha cumprido o plano de Deus em me conduzir adequadamente. Sei que meu pai
morreu de desgosto, anos depois, porque ele sentiu que errou comigo, mas eu não
conseguia me libertar do vício.
Fui retirado da casa dos meus pais e parei na rua onde conheci muitos
casos de vida, tão lamentáveis como o meu. Eu roubei, me uni com pessoas piores
do que eu, capazes de matar para conseguirem drogas.
Não existe escrúpulo nas ruas!
Eu fiz coisas das quais me envergonho muito e me arrependi de ter
começado minha vida de vício porque eu não conseguia para de ficar chapado.
Vagamente me lembrava do cara que fui um dia, quando eu ainda estava com
a cabeça zerada. Lembrava do meu antigo lar e do contato que eu tinha com meus
familiares, ninguém queria saber de mim, mas eu sabia que minha mãe ainda devia
chorar a minha ausência, mas ela não merecia um filho problemático como eu.
Naquela noite, eu vi quando o carro parou perto de nós. Ouvi,
claramente, quando um malandro falou:
— Eles não têm medo de nós? Não pensam que podemos roubá-los?
— Por isso, eles vêm em bando – disse outro.
Eles tinham medo sim, mas precisavam doar os alimentos, água e roupas.
Eles ainda falavam do Evangelho. Era engraçado como as pessoas da rua se
aproximavam como moscas varejeiras. Eles queriam tudo e ficavam implorando por
mais um prato. Fome que não acaba mais e medo de passar fome no outro dia porque,
afinal, as pessoas normais comem todos os dias, não apenas no Natal.
Mas, era o melhor que podiam fazer por uns indigentes que estão pagando
os pecados nas ruas.
Eu entendia que todos ali faziam o seu melhor. O problema do ser humano
é analisar, apenas a sua história e acreditar que a vida do semelhante é muito
fácil. Mas, eu pensei no que eles deviam fazer para doar todos aqueles
alimentos e garrafas de água.
Qual era a intenção deles com tudo aquilo? Correndo riscos, se nem os
próprios familiares nos queriam por perto...
Refleti enquanto comia e me lembrei muito da comida da minha mãe, chorei
quieto e vi que muitos ali estavam chorando, outros rezavam e agradeciam a
Jesus na noite de Natal.
Sei lá, comecei a perceber o quanto o Natal é importante para unir as
pessoas. Como é importante que o Natal ocorra todos os anos.
Eu não consegui me modificar naquela vida, desencarnei pouco tempo
depois, mas sei que aqueles pensamentos, de alguma forma, facilitaram a minha
entrada neste local onde estou fazendo o tratamento de desintoxicação.
Estou bem melhor, sei que, em breve poderei reencarnar. Por isso, rogo a
Deus que ilumine as pessoas que têm condições de distribuir bondade no Natal.
Isso ajuda muita gente.
Reginaldo
15/12/2024
****
“A espiritualidade amiga utiliza todos os recursos
para nos trazer para a realidade”
Eu tinha muito preconceito. Sempre que eles chegavam com suas roupas
brancas e aquela doação, eu me sentia humilhada. Era como se esfregassem na
nossa casa o quanto precisávamos deles. Todos corriam para entrar na fila e
receber aquela comida, mas eu não. Ficava de longe só olhando e um dia ouvi uma
desgraçada dizer:
— Não liga não moça, ela está na rua como nós, mas é esnobe. Miserável
metida a besta. Acha que tem motivos para ter orgulho. Ainda não soube como
colocar o rabo entre as pernas.
Ela riu de mim e eu jurei que ia meter a mão na cara dela, mas não parou
por aí. Aquela moça, insolente, veio falar comigo. Quem disse que eu queria a
doação deles?
Mas, quando ela chegou perto de mim, falou coisas que eu não esperava
ouvir. Parecia que ela conhecia minha vida e minha história de agonia. Olhou
nos meus olhos e me fez lembrar a avó amada, tantos anos afastada de mim por
causa da enfermidade e da morte. Eu não sabia como aquilo era possível, mas eu
chorei muito e não consegui manter minha pose arrogante, ela acabou comigo.
Hoje sei que minha avó, realmente falou comigo por intermédio daquela
mulher. A espiritualidade amiga utiliza todos os recursos para nos trazer para
a realidade.
Eu pensei que não tinha mais solução para mim, depois que perdi as
condições financeiras de me manter. Perdi emprego, moradia e não tinha mais
nenhum parente em São Paulo, me tornei prostituta em situação de rua.
Eu parecia um lixo ambulante, nem mesmo eu, podia me respeitar, me
sentia humilhada e sem condições de erguer a cabeça, saia para todo lado
comprando briga, mas eu não aguentei ouvir as palavras da minha avó afirmando
que eu não tinha sido criada para ficar naquela situação. Ela não tinha me
amado tanto para me ver derrubada e acabada na rua da amargura. Eu já tinha
ouvido minha avó falando da força feminina e do empenho que condiciona as
pessoas ao sucesso e dignidade.
Eu criei forças naquele dia. Precisei de ajuda e parecia que todas as
portas se abriam para mim, era a oportunidade vinda dos céus.
Eu consegui sair das ruas, não tinha como apagar meu passado, então me
mudei para uma cidadezinha e reconstruí minha vida. Achei tão oportuno o
trabalho de voluntariado que pode mudar a vida das pessoas que me associei a um
lugar religioso e passei minha vida ajudando da mesma maneira.
Não era apenas no Natal. O grupo fornecia alimentos durante todos os
meses do ano e muito amparo para que as pessoas pudessem mudar sua situação de
vulnerabilidade.
Acho que o Natal permite que todos se modifiquem. Quando as
pessoas sentem a presença de Jesus nascendo em si e se envolvem com seus
propósitos fraternais, tudo conspira para que todos evoluam.
A energia do Natal é coisa linda e pura. Magia que contagia.
Natália
15/12/2024
***
“A gente tomava banho e colocava a melhor roupa
para esperar a chegada do Papai Noel”
Imagina que nossos pais tinham condições de comprar roupa nova para
todos nós no Natal...
Imagina se eles podiam comprar brinquedos para todos nós no Natal...
Isso era coisa para criança com vida boa e não para nós que morávamos na
comunidade com a estrutura familiar tão precária. Meus amigos tinham muitos
problemas familiares, era pai preso, mãe solteira que não tinha emprego e
buscava trabalho em toda parte. Tinha muitos criados pelos avós, vida difícil.
Quando a gente ganhava alguma coisa era porque recebia da igreja.
A gente adorava as festas da igreja, o padre achava bonito dar presente
para gente, dar bolo e doce, então a gente sempre participava. Claro que tinha
gente que não gostava quando a gente chegava, torcia o nariz e criticava, mas
não na frente do padre, ele era bonzinho, nunca discriminou a gente.
A questão é que a gente já ficava esperando animado pelo dia de Natal.
Era uma festa bonita na igreja. A gente era convidado para o almoço, até nossos
familiares iam felizes. Todos arrumados, a gente tomava banho e colocava a
melhor roupa para esperar a chegada do Papai Noel.
Quando ele chegava era uma festa danada porque a criançada sabia que ia
ganhar presente.
Mas, naquele Natal aconteceu uma coisa diferente. Uma freira falou com o
padre, disse que o Papai Noel não podia entregar presente antes que todos
pudessem conhecer a verdadeira história do Natal, o real motivo de comemorarmos
aquela data.
O padre ficou um pouco constrangido porque todos os anos eram iguais e
agora aquela freira queria fazer diferente.
Então, o padre concordou, atrasaram o almoço só por causa dela e ele se
sentou para contar a história de uma certa Maria que ia ganhar um bebê, o
menino Jesus. Ele era o Salvador do mundo, o Filho de Deus.
Eu já tinha ouvido falar dele, claro, mas ainda não tinha entendido como
ele podia salvar o mundo.
Só que naquele dia, aconteceu uma coisa estranha em mim, eu esqueci do
Papai Noel e fiquei muito curioso, eu ouvi prestando atenção e chorei no final.
Eu entendi o real significado do Natal e fiquei constrangido por
esperar, apenas o brinquedo.
Desejei conhece-lo, eu precisava saber o final da história e pedi ao
padre para aprender.
Foi assim que eu me tornei padre e trabalhei na comunidade durante
cinquenta e cinco anos.
Foi uma bela jornada de trabalho consagrado ao Evangelho e à obra de Jesus.
Eu creio que o Natal salva as criaturas humanas. Aos poucos, as pessoas
se conscientizam da importância de estarem envolvidas com a fraternidade. A
cada ano são mais e mais convictos de que o amor cobre uma multidão de pecados.
Cristãos em toda parte se mobilizam para fortalecer tarefa de disseminar
a paz e a solidariedade.
Daqui, temos percebido o quanto as pessoas se empenham e como o Natal
mobiliza as energias mais delicadas do ser, fazendo com que as pessoas possam
se desenvolver e trilhar um caminho melhor rumo ao progresso e esperança.
Desejamos que todos possam se envolver com o Natal fazendo o Cristo
reinar em vossos corações. Realizando o que Jesus nos solicitou: “Amai-vos!”
Estefano
15/12/2024
***
Naquela
semana, eu fiquei mais vulnerável às boas energias. Me lembrei de todos os
acontecimentos, décadas de sofrimento familiar onde convivemos com um pai
repressor. Eu tive ímpetos de esganá-lo e, para não cometer um delito, preferi
sair e casa.
Foi como
virar as costas para tudo o que me fez ser quem eu era. Eu renunciei a família
que me criou porque me revoltei com os hábitos do meu pai.
Depois
disso, foi como e tivesse esquecido de todos, não queria falar deles e nem
comentar sobre os fatos. Me casei, tive filhos e nunca mencionei o fato de não
possuir família, mas eles estavam por ali, na minha memória.
Naquele
Natal, algo diferente nasceu em mim. Resolvi ir à igreja com minha esposa, ela
estranhou. Ouvi palavras do Evangelho e compreendi os ensinamentos. Eu me senti
tocado naquele Natal e me lembrei de tantas coisas que nos envolveram. Aquela
parentela que eu desprezava tinha feito muito por mim.
Não
havia, apenas uma história desprezível, houve um tempo de afeto e proteção,
houve amor. Eu me lembrei de mamãe e do meu pai me amparando na infância.
Lembrei de meus irmãos mais velhos sorrindo e brincando. Eu fui ingrato.
Acreditei
que poderia me esquecer deles, mas eu precisava de uma fase responsável e
terna, fraterna, cheia de perdão. Então, conversei com minha esposa, pedi
desculpas por esconder quem eu sou e fui procura-los.
Eu
precisava perdoar e ser perdoado naquele Natal. Foi como saber que não teria
paz de consciência se eu não estivesse com eles e não dissesse o que se passava
em mim. A gente que está tudo bem, mas precisa de reconciliação, por isso, deve
fazer tudo o que for possível para estar em paz com todas as pessoas.
Sei que a
espiritualidade de luz nos abençoa e permite que façamos tudo certo nesta época
do ano. As energias estão propícias para a pacificação.
Nos
envolvemos em família. Eu perdi muita coisa com a minha ausência. Meus pais
estavam velhos, modificados pela enfermidade. Meus irmãos tinham família como
eu e estavam cercados por pessoas especiais. Todos me acolheram e abriram os
braços para nós. Deixando claro que nossos olhos podem ser luz ou sombras. Tudo
depende da maneira que observamos as situações.
Não
permita que a mágoa e o ressentimento te afastem dos seus familiares. Aproveite
a magia do Natal para viver em paz com as pessoas que Deus colocou no seu
caminho.
Edivaldo
22/12/2024
***
“Que você possa viver a energia do Natal todos os dias”
Durante
muito tempo, acreditei que eles deviam viver da forma que eu ordenava.
Tratei
aquela mulher como um farrapo, humilhada e ofendida, ela me abandonou e eu fui
atrás dela, agredi e fiz com que ficasse desmoralizada.
Parecia
que eu não tinha o menor arrependimento, não sentia culpa, mas a consciência
humana é divina. Sempre existe o tempo da cobrança.
Eu não
conseguia dormir em paz. Me lembrei de tudo o que fiz e que, doído de amargura,
louco pela vingança, neguei a ajuda para cuidar dos nossos filhos.
Soube
pelos familiares que eles passaram necessidades. Ela trabalhou de sol a sol e,
mesmo assim, era difícil dar conta de todas as despesas do lar com as quatro
crianças. Eu me preocupei e sofri o peso da culpa. Eram meus filhos e eu deixei
que passassem fome para me vingar daquela mulher que foi maltratada por mim.
Então,
decidi que eu precisava ressarcir todo mal que ocasionei a eles. Era dia de Natal,
fui até a casa da minha ex sogra, eles deviam estar lá. Quando eu cheguei,
causei desconforto porque queriam proibir minha entrada na casa.
Ela ouviu
a confusão e saiu, estava bonita e bem arrumada. Logo, meus filhos também
saíram, já estavam crescidos, meninos e meninas na fase adulta jovial. Me
olharam com certo desprezo, nem me reconheciam, mas souberam quem eu era.
Se
colocaram na frente da mãe como que a defende-la. Eu me ajoelhei e pedi perdão,
informei que não conseguia seguir em frente, lembrando do mal que fiz a eles.
Pedi perdão afirmando que podia fazer o que fosse necessário para que tivessem
uma vida melhor, mas o mais velho disse que eu não devia ter, nem mesmo, para
mim e que, se passaram fome um dia, nesta fase, estavam muito bem. Eles eram
adultos e responsáveis, pois aprenderam com a mãe a ser pessoas trabalhadoras e
dignas, não precisavam de mim.
Eu chorei
muito, então, minha ex esposa disse que eu podia ficar tranquilo que estava
perdoado por eles. Se isso bastava para que eu ficasse com a minha consciência
tranquila, então, eu estava perdoado.
Mas, eu
entendi que aquilo nunca seria o suficiente porque o tempo havia passado e eu
neguei qualquer tipo de assistência para aquelas pessoas que eram frágeis e
precisavam de mim. Eles foram bons, muito melhores do que eu. Ainda me
perdoaram e se mostraram firmes e decentes, mas não foi suficiente para me
libertar daquela consciência acusadora.
Que você
possa viver a energia do Natal todos os dias. Lembrando dos pedidos de Jesus
para semear a paz e o amor em todos os lugares, começando pelo ambiente
doméstico para que o Reino dos Céus esteja vivo em vós.
Diocleciano
22/12/2024
***
“O bem nasce de pequenas obras”
Eu queria
que as pessoas se lembrassem da caridade todos os dias. Que pudessem se encaminhar
no rumo de Jesus em todas as escolhas.
Eu queria
que as pessoas fossem sempre amistosas e condescendentes. Queria que elas
compreendessem que todos têm problemas e pudessem ser mais francas e educadas.
Mas, eu
não podia fazer o mundo entender que nossas atitudes podem motivar, incentivar
e fornecer esperança para todos que cruzam o nosso caminho.
O que eu
podia fazer era ter esta atitude todos os dias. Eu pude fazer da minha vida o
incentivo para as outras pessoas. Eu me esforcei para ser a mais amistosa,
educada e caridosa que pudesse. Desejei ser bondosa e transformar a visão a
partir dos meus atos.
Eu não
tinha muito financeiramente falando, acho até que fui muito sonhadora, mas eu
quis seguir Jesus dentro de minhas possibilidades.
No
ambiente de trabalho, no núcleo familiar e religioso, eu quis ser serva de
Jesus e demonstrar todo amor pela Humanidade. Eu precisava acreditar que isso
tocaria algumas pessoas e sei que foi bom para muitos.
Eu ainda
sinto as boas vibrações de todos eles. Eu ouvi palavras de carinho, após a
minha partida. Existia muita gente que achava que precisava ter muito dinheiro
para ajudar ou que precisava ser uma pessoa dotada de grandes potenciais para
fazer o bem, mas entendeu que o bem nasce de pequenas obras. Gentilezas e
delicadezas, carinhos e honestidade, gratidão e generosidade. Tudo é ensejo
para o bem.
Eles
entenderam, então, é uma grande tolice acreditar que a gente não pode mudar o
mundo. Todos nós podemos fazer o Natal todo dia com as orientações de Jesus
podemos mudar este mundo.
Se todos
acreditarem que podem fazer a diferença e se tornarem simples e humildes,
pensando no bem-estar das outras pessoas. O ano todo será cheio de paz e
alegria.
Que você
possa compreender o que nos move e o que pode nos salvar.
Rânia
22/12/2024
***
“Se concentre no presente e faça o seu melhor para ser uma boa pessoa
que mereça tudo o que tem”
Todos ali
eram rejeitados. As famílias preferiam que não estivéssemos presentes. Como
pessoas que podem constranger ou envergonhar, era melhor estarmos naquele
local.
Eu não
queria estar ali, ninguém queria. Todo mundo preferia estar em casa, imaginava
ser desejado e bem tratado na família.
A gente
comentava de como seria viver o Natal numa casa onde as pessoas gostassem de
nós. Festa com troca de presentes, união e paz, comida fresca e saborosa,
oração, tudo simples, mas feito com carinho.
Tinha
gente que chorava lembrando da infância, quando vivia com os pais e avós,
outros se revoltavam da situação atual. Eles queriam receber alguém, saber que
não se esqueceram deles, mas não tinha ninguém.
Só tinha
os funcionários do asilo. Uns, extremamente profissionais, mal diziam o “Bom
dia”, cumpriam com as obrigações sem raciocinar se estávamos felizes ou não.
Outros, eram delicados e atenciosos, se preocupavam com os nossos sentimentos e
faziam de tudo para tornar o ambiente acolhedor e confortável. Assim, era a diretora
que todos os anos se esforçava para fazer o melhor Natal com direto a coral,
Evangelho e até Papai Noel. Até presentes nós ganhamos.
Eu não
posso reclamar, sempre falei para os meus colegas do asilo que Deus fornecia
muito mais do que nós merecemos. Minha família não me desejava, mas eu estava
naquele lugar sendo bem tratado. Aquele pessoal cuidava da gente com carinho e
dedicação, nossos familiares pagavam para sermos cuidados ali, estava bom.
A gente
não pode ficar o tempo todo só reclamando da vida e pensando em tudo o que
perdeu. Tem que abrir a mente para todos os benefícios que recebe diariamente.
Aproveite
o dia de hoje. Aproveite este Natal com tudo o que ele pode te oferecer. Não
fique parado no passado, iludido com tudo o que perdeu, também não fique
deslumbrado com o futuro que você não sabe se vai alcançar.
Se
concentre no presente e faça o seu melhor para ser uma boa pessoa que mereça
tudo o que tem. Deus cuida bem de todos os seus filhos.
Norton
22/12/2024
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