“NÃO PENSE QUE ESTÁ TUDO ACABADO,
NOSSA TRAJETÓRIA É CRESCENTE E INFINITA”
As coisas iam tão mal em minha vida
que eu não tinha como almejar dias melhores. Quando o fim do ano chegou, eu
sentia pesar, como se algo muito ruim fosse me surpreender alegando que sempre
estive coberta de razão.
É que eu já estava acostumada a
sempre ver o lado ruim de tudo, pessimismo? Eu dizia ser realista. Achava
coerente não esperar pelo melhor, como se eu fosse me frustrar quando desse
errado. Afinal, eu já havia me iludido diversas vezes e não queria mais me
sentir tão derrotada.
Depois de inúmeros fins de
relacionamentos amorosos, fim de um casamento, perder o emprego, ter de
entregar minha casa e voltar a morar com meus pais, eu já me sentia muito perdida,
muito derrotada. Eu achei que era melhor não esperar por coisas boas. Eu
aprendi a não fazer planos, a não ter ambições. Achei que era perder tempo, mas
não consegui perceber o quanto meu rosto se modificou, o quanto minha linguagem
se modificou, eu era outra.
Entendo que as situações amargas da vida fazem com que as pessoas se tornem um pouco ásperas, talvez secas demais, mas isso não é motivo para se embrutecer, isso seria a derrocada da Humanidade que já viveu dias terríveis.
Precisei voltar a morar com meus pais
que foram as criaturas mais doces que já conheci, precisei ouvir de minha mãe,
tão adorável, que eu estava amarga:
- Por que tanto fel neste coração,
meu amor? – disse mamãe.
Nossa! Me caiu como uma luva.
Eu estava me transformando numa pedra,
alguém que não sente mais nada, que só espera o pior, não chora ou se emociona
de verdade. “A negativa”.
O cúmulo de uma pessoa assim é achar
que as pessoas devem ouvir, doa a quem doer. Perder a sensibilidade social é
ferir sem raciocinar, simplesmente uma sinceridade doentia que mata ou destrói
sem se impressionar. Eu não ligava em prejudicar verbalmente a quem quer que
fosse porque achava que eu aguentava o pior da vida e todos tinham que aguentar
tanto quanto eu.
Eu demorei para compreender que a vida
me fornecia as lições necessárias para meu enobrecimento.
Enfim, minha mãe precisou sentar
comigo e me ensinar uma preciosa lição:
NÓS ATRAÍMOS PARA NÓS, POR VIBRAÇÃO,
O QUE TEM EM NOSSO PENSAMENTO.
QUANDO VOCÊ SÓ ESPERA O MAL, VOCÊ ATRAI O MAL.
QUANDO VOCÊ SÓ PENSA EM DOENÇA, VOCÊ
ATRAI A DOENÇA.
VOCÊ TEM TANTO MEDO DA CRUELDADE,
VOCÊ SÓ SE CONCENTRA NISSO, ENTÃO, VAI ATRAIR A CRUELDADE...
Eu nunca tinha parado para pensar
nisso, mas me senti constrangida. Então, quer dizer que eu era responsável pelo
rumo da minha vida, pela forma como eu pensava?
Ela falou que sim, depois eu soube
aqui, que tudo isso é bem verdade.
Eu levei anos para modificar a forma
de pensar. Eu me condicionei a ser pessimista e isso estava acabando com todas
as minhas perspectivas de felicidade, então, com o incentivo da minha mãe,
comecei a me esforçar para controlar os pensamentos negativos e transformá-los
em bons pensamentos, com ânimo, esperança e otimismo.
Aos poucos, minha vida foi melhorando
mesmo. Eu tive uma longa jornada, precisei ir para o fundo do poço para me
encontrar com uma mulher linda que me ama demais e deu uma lição gloriosa.
Tudo parte dos seus pensamentos. Nós
construímos nossa vida, a partir dos pensamentos. Nós atraímos pessoas,
oportunidades e até coisas com os nossos pensamentos. Condicioná-los pode não
ser fácil, mas é possível com treino e dedicação.
Não pense que está tudo acabado, nossa trajetória é crescente e
infinita. Seu potencial de desenvolvimento depende exclusivamente de você, da
forma como você se trata e se coloca no mundo, então, levante a cabeça e tenha
certeza de que o futuro será muito melhor do que o presente, se você acreditar
de verdade e se esforçar para isso.
TELMA
27/12/20
-------------------------Paula Alves--------------
“NENHUM DE NÓS PODE CONDUZIR OS VIVOS, DETERMINAR SUAS ESCOLHAS OU DIZER OS NÚMEROS DA LOTERIA”
Como tantos outros, eles pediram notícias.
Eu via tudo, mesmo distante, recebi
informações deles, eu quis retornar. Por sorte, minha velha estava comigo e
disse que seria arriscado, daí continuei no tratamento.
Eu me perguntei o que queriam saber.
Eles nunca acreditaram em vida após a morte. Eles não pararam para pensar
nisso, nunca foram religiosos.
Mesmo se me vissem, como o pedido do
rico e o Lázaro, ainda assim, teriam dúvidas, então, por que o pedido? O que
querem saber?
Ora ninguém faz uma travessia destas,
após o socorro aguardado, para solucionar problemas materiais. Nenhum de nós
pode conduzir os vivos, determinar suas escolhas ou dizer os números da
loteria. Eu não podia decidir a vida deles, nunca permitiram que eu o fizesse
quando estava sentado naquele sofá.
Na verdade, eu estive lá por tantos
anos, eu estive à espera deles. Queria conversar, queria ouvir, mas eu sei que
eles tinham compromissos importantes, vidas repletas de possibilidade que não
nos incluía.
Minha velha partiu na minha frente, eu fiquei na solidão, esperando aos domingos, vendo fotos.
Quando eu morri na matéria, eu a reencontrei e eles se afligiram, eu
sei.
Daqui nós continuamos nutrindo amor,
continuo sendo pai, avô, o mesmo de sempre. Minhas lembranças continuam as
mesmas, só que mais vivas. Minhas emoções são as mesmas, porém com muito mais
informações. Eu sou o mesmo de posse de minha individualidade de milhares de
anos.
Hoje compreendo tudo o que ocorreu,
hoje tenho certeza de que precisamos melhorar em muitos aspectos, mas teremos
outras oportunidades.
Não sintam remorso, vocês fizeram o
que foi possível naquele momento. Não percam tempo, eu não sofri. Não
importunem ninguém e nem se entreguem a mistificações por minha causa, não
sejam fanáticos, apenas trilhem o caminho do bem e da paz de Espírito.
Os conselhos são os mesmos de sempre.
SEJAM BONS PAIS, BONS AMIGOS,
TRABALHADORES DIGNOS E DECENTES.
FIQUEM, APENAS COM O QUE FOR DE VOCÊS E SIRVAM A DEUS.
ARRUMEM UM TEMPO PARA SERVIR A DEUS.
No mais: nós estamos muito bem, fiquem tranquilos. A morte é algo natural que não se deve temer, ainda mais quando fizemos um esforço para só produzir o bem. Eu sempre os amarei.
ANTÔNIO FONSECA
27/12/20
--------------------------Paula Alves------------------
“COMO É DESTE LADO E QUAL É O CAMINHO
MAIS FÁCIL PARA NOSSA ASCENSÃO”
Eu disse pra ela que todos deviam saber o quanto as informações são pertinentes à coletividade.
AS PESSOAS ESTÃO MAL ACOSTUMADAS.
QUANDO PERCEBEM QUE PODEM OBTER RESPOSTAS, QUEREM FACILITAÇÕES.
O objetivo nunca foi este. Cada trabalho
tem um objetivo, uma necessidade.
Cada médium teve seu lugar distinto.
Existiram os que desemprenharam um papel importantíssimo no contexto social e
foram reconhecidos com mérito e honra.
Tantos outros, apesar de seu trabalho
digno, modesto, determinante não foram conhecidos publicamente e, nem sequer,
conseguiram levar seu trabalho de modo a facilitar o bem social.
Cada comunicação ajuda um ou muitos
seres que têm acesso. Às vezes, como já sabemos, a carta serve para acalentar
os corações atormentados por perdas irreparáveis fornecendo consolação e
esperança, mas este trabalho não se presta a isso, por isso, nunca foi
permitido solicitar mensagens a qualquer Espírito.
Se eles compreendessem, se tivessem tempo...
Entenderiam que tudo o que os Espíritos sentem é o mesmo que eles. Quem
fica sente saudade, quem parte também. Quem fica ainda ama muito, quem parte
também. Quem fica sente frustração, quem parte também sente.
Nós, deste lado, muitas vezes,
ambicionamos que eles fiquem bem. Queria que soubessem que estamos vivos, nos
esforçando para melhorar, para continuar, para progredir.
Quando eu fui resgatado, foi tão difícil,
após uma vida comum, com erros morais, vícios físicos, quedas, desajustes e
atos levianos, eu desencarnei com um fardo enorme. Não conhecia o Mestre para
me amparar na salvação, então, peregrinei até que fui socorrido, cheguei aqui e
pude recomeçar.
Fui auxiliado, fiz tratamento por anos, sofri a abstinência alcóolica e do tabaco, mas me ajudaram e consegui.
Depois disso, eu planejei o trabalho
edificante, o estudo que moraliza e conduz no bom caminho, eu me reergui.
Eu nunca me esqueci dos meus afetos
que ainda estavam encarnados. Eu só não queria que eles perdessem tanto tempo
quanto eu na travessia até aqui. Eu não queria que eles sofressem o mesmo que
eu.
Eu desejei me expressar, noticiar o que
ocorre quando nós desistimos de agir no caminho estreito. Eu quis que, a partir
dos meus relatos, eles, seres do meu coração e todos os outros, pudessem
atravessar os planos em direção ao bom lugar sem estacionar no purgatório.
Eles precisavam saber que é possível
reduzir o sofrimento nos vales, no umbral, reduzir o trabalho dos enfermeiros
que precisam despertar os inconsequentes para nos dedicarmos a outros trabalhos
promissores na Terra.
Eu e tantos Espíritos compreendemos
que nossa família é a Humanidade e precisamos alertar com conhecimento, com
ensinamentos e com os exemplos do ser soberano que nos fornece tudo para sermos
melhores a cada dia.
O trabalho é de instrução. O trabalho é coletivo. Não importa o nome de quem escreve: João, Maria, Helena. Todos nós temos o mesmo propósito que é informar como é deste lado.
Desejamos dizer o que fizemos, o que
sentimos, o que atraímos e o que tivemos que reparar. Como é deste lado e qual
é o caminho mais fácil para nossa ascensão.
Não é possível permitir que continuem
errando tanto, obnubilados, confusos, distraídos. Como se a vida na Terra fosse
festa delirante que acaba, apenas com a morte. Não é sofrimento para os carentes
e arraial para os favorecidos.
Todos nós somos responsáveis: pais
omissos, presidentes descompromissados, professores levianos, tios insanos,
avós irresponsáveis, enfim, todos nós. Espíritos que se comprazem com o mal
também, mas estes despertarão no devido tempo, assim como todos os encarnados
que insistem em se satisfazer com os prazeres mundanos.
Que todos aqueles que trabalham a
serviço do Senhor sintam-se responsáveis em disseminar a fé e a esperança de
forma ativa e fidedigna ao que clama o Mestre:
AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E
AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO.
VITOR NUNES
27/12/20
----------------------------Paula Alves-----------------
“FÉ E LUZ NO MUNDO TODO. EM 2021
TRABALHO E CONFIANÇA”
Eu soube o que estava por vir.
Há um ano nos foi revelado o que
enfrentaríamos deste lado. Tudo o que a Humanidade enfrentaria nos meses
futuros e o quanto a destruição se faria presente nas vidas de milhares de
pessoas.
Eu temi. Temi por meus familiares,
temi por meus amigos e por tantos outros que não tinham condições de enfrentar
uma crise mundial.
Entramos em vibrações, nunca
questionar o cumprimento das ordens divinas. Deus permite tudo.
Eu, novo na incumbência que me competia, fiquei confuso, o que seria
deles, de nós?
COMO SERIA POSSÍVEL SOCORRER TANTOS AO MESMO TEMPO? COMO CONFORTÁ-LOS?
COMO SUSTENTAR A FÉ E A CORAGEM EM TEMPOS TEMIDOS?
Eu recebi apoio, informação, acalanto. Não foge dos números diários. Os socorros são os mesmos, o trabalho é similar deste lado, mas a coragem...
Eles precisavam de fé, de incentivo.
Eles precisavam saber que a vida de cada um está nas mãos de Deus. Não podemos
controlar o dia de cada um, ninguém pode controlar o fim.
A HUMANIDADE PRECISAVA PARAR E
CONCENTRAR AS ATENÇÕES NO INVISÍVEL E NO QUANTO A MORALIDADE E OS SENTIMENTOS
DEVEM SUPERAR A MATERIALIDADE.
Eu ainda não podia acreditar, eu
imaginava e foi muito menor do que tudo o que realmente aconteceu.
QUANDO EU ESTIVE DIANTE DO PÔR DO SOL HÁ UM ANO ATRÁS, PEDI QUE O ANO DE 2020 FOSSE DE PAZ, SAÚDE PARA A HUMANIDADE E QUE AS PESSOAS CONSEGUISSEM SE SUPERAR NA FÉ E NA FRATERNIDADE. QUE PUDESSEM SE AMPARAR MUTUAMENTE, SEREM SOLIDÁRIAS E QUE DISSO, VIESSE UMA NOVA FASE COM MAIS UNIÃO E EVOLUÇÃO.
Hoje, depois de tudo o que ocorreu
com a pandemia, compreendi o quanto precisávamos de tudo isso. Se você parar
para lembrar tendo em mente a vida imortal, a espiritualidade que socorre e a
necessidade de todas as pessoas a avançarem na evolução moral, Deus está certo
em tudo o que nos permite passar.
Eu estou mais confiante. Espero que
todas as pessoas finalizem este ano com anseios similares de paz e saúde
global. Espero que a esperança reine em todos os corações como que a
neutralizar este vírus que tomou conta do mundo.
Os bons pensamentos e sentimentos
podem destruir todo o mal.
“FÉ E LUZ NO MUNDO TODO. EM 2021
TRABALHO E CONFIANÇA”
AILTON
27/12/20
---------------Paula Alves--------------------
“EU
COMPREENDI QUE A MUDANÇA DEVERIA PARTIR DE MIM”
Eu
queria fazer parte da família, não sabia o que fazer para ser aceita. Sempre
soube que eles gostavam mais da outra namorada, mas ele me escolheu como esposa
e eu quis que fossemos próximos.
Naquela
noite, depois de tantos insultos velados, eu fiquei pensando por que eu deveria
ficar me precavendo o tempo todo para agradá-los, enquanto não faziam nada por
mim. Por que nós temos necessidade de sermos aceitos?
Eu
posso me lembrar de questões do passado, quando meu pai nos deixava para ficar
com suas amantes. Naquela época, nosso Natal era sempre tão triste, sem
propósito. Minha mãe se esforçava para colocar comida na mesa e todos ficavam
esperando até que ele chegasse em casa, mas éramos apenas nós dois e a mamãe.
Eu
levei anos para compreender o que significa ter família. Eu queria que na
família que formei todos fossem unidos e felizes, que as pessoas se apoiassem e
tivessem objetivos coletivos, mas não é nada fácil e eu não entendia o porquê.
Hoje
eu sei que numa família existem pessoas de todos os tipos, seres que se amam e
se reencontram, pessoas que se odiaram no passado e se reencontram nutrindo os
mesmos sentimentos perversos, pessoas que vem de outras famílias com suas histórias
marcantes e trágicas, enfim, são pessoas diferentes, de todos os tipos que
devem se envolver para aprender a amar.
Mas,
não foi fácil para mim entender como as pessoas poderiam conviver pacificamente
na mesma casa onde todos são tão diferentes e marcados por suas histórias nesta
vida e em outras. O fato é que se o Mestre Jesus não ensina sobre o amor e o
perdão, não é possível fazer nascer o amor, neste meio social importantíssimo,
que nos condiciona a viver na sociedade tão vasta e ampla.
Sem
os ensinamentos de Jesus nós não respeitamos a hierarquia, nós não somos
tolerantes com os erros alheios, nós não perdoamos as ofensas, nem as caras
feias, nem as ridicularizações ou os achincalhamentos. Sem os exemplos do
Mestre nós não colocamos o nosso Deus acima de todas as coisas e tentamos nos
exibir com os bens materiais, nós competimos, nós malbaratamos nossas emoções,
traímos amizades, vendemos até a mãe para lucrar de alguma forma.
Portanto,
eu levei anos para entender que eu deveria me esforçar para ser uma boa pessoa
no seio doméstico, mas não era necessário mudar quem eu realmente sou. As
pessoas devem gostar de você por quem você é. Não é necessário bajulação,
presentes caros que compram a atenção de alguém ou o fingimento em ser aquilo
que está bem distante do que você é.
Se
ainda assim, sendo uma boa pessoa, real no seu período de evolução e
amadurecimento, as pessoas ainda continuarem a te espezinhar, é melhor
continuar na sua trajetória, sem brigas ou derrotas, mas buscando a companhia
dos iguais, afinal todos nós somos irmãos na grande Humanidade do Senhor Deus.
Existem
amigos com semelhança de tendências e pensamentos que são mais do que irmãos
carnais e que adoram ter você por companhia. Nós devemos viver em paz, sem o
menor constrangimento, buscar a companhia das pessoas que nos são caras, que
nos amam e demonstram respeito por nossas atitudes cordiais.
Quando
eu mudei o meu modo de pensar, foi estranho ver, o quanto eles mudaram em
relação a mim. Depois de tudo, eu tentei mais uma vez e os convidei para o
Natal em nossa casa. Eu fiz tudo com imenso carinho e dedicação, mas me
comportei com sinceridade em meu lar e eles foram tão educados e atenciosos. Eu
compreendi que a mudança deveria partir de mim e tudo aconteceu.
Seja
você a primeira pessoa que se respeita e inicia uma mudança sincera para a
harmonia doméstica.
SABRINA
19/12/20
-----------------------Paula
Alves--------------------
“EU
ACREDITO QUE SÓ O MESTRE PODE NOS SALVAR”
Aquela
mulher me dava muito trabalho. Ela gastava demais e não adiantava dizer o
quanto estávamos endividados. Apesar de todo o meu esforço, de toda forma de
conter os nossos gastos, eu estava sempre devendo porque ela comprava tudo o
que via pela frente. Eu nem conseguia dormir de tanta preocupação e ela com
pijama de seda.
Naquele
ano, falei que a festa de Natal deveria ser em outro local porque eu não podia
arcar com todas as despesas. Minha mãe disse que poderíamos fazer uma festa
fraterna onde cada um leva um prato e divide o orçamento, mas minha mulher se
ofendeu dizendo que os anfitriões devem fazer a festa. Meu Deus! Será que ela
tinha algum problema?
Daí
eu preferi que a festa fosse em outro local, mas ela agiu pelas costas, fez
tudo, comprou o que tinha de melhor, desde bebidas até pratos sofisticados,
decoração, tudo. Ela convidou muita gente e quando cheguei à noite a casa
estava cheia, meu coração até doeu de tanta indignação.
Eu
comecei a suar tanto que tive uma síncope e cai no chão. Eu tive um infarto.
Eu
me senti enganado por ela.
O
dinheiro pode acabar com tudo, com os melhores anos de nossas vidas, com nosso
humor, com tudo o que há de bom. No caso, a falta de dinheiro, talvez se eu
fosse rico, não saísse tão errado.
O
caso é que eu me irritei tanto que fui para casa da minha mãe, eu não quis mais
aquela vida de ruina e falsidade, vida de ostentação.
Disse
a ela que aquilo não era Natal e ela me chamou de avarento. Falou que Natal era
comemoração, dia de comer bem, de dar presente em agradecimento a tudo o que
Deus nos deu. Eu perguntei a ela o que Deus nos deu e ela ficou pensando
respondeu que deu a nossa casa e o nosso carro.
Eu
ri. Falei que era o culpado porque como chefe da família devia ter ensinado que
Deus deu um ser amoroso que foi Jesus para ensinar que os bens materiais não
concedem a felicidade e nós nem sabíamos ver quem é Jesus. Ela nem sabia quem
era Jesus e eu nunca argumentei, nunca fiz meus filhos entenderem isso.
Eu
não quis mais aquela vida de mentira. Depois de alguns anos, separado e
sozinho, eu a reencontrei, nós conversamos e ela disse que precisou passar por
momentos penosos para procurar Jesus.
Marieta
falou que separação é escassez de recursos, dividir não é prosperidade para
ninguém, ela teve que trabalhar e passou por muito aprendizado, cansaço, dor, exaustão
e preocupação com dinheiro que a fizeram se colocar no meu lugar. Ela me pediu
perdão.
Eu
a amava do fundo da minha alma. Eu não queria ser só. Nós tentamos, nos
reconciliamos e fizemos um lar com base sólida, com ensinos morais para os
nossos filhos que se tornaram pessoas de bem. Eu acredito que só o Mestre pode
nos salvar. CLEITON
19/12/20
-----------------------------Paula
Alves--------------------
“JUSTIÇA
ESTÁ PARA TODOS’
Aquela
vida foi uma dureza. Eu nunca quis viver num local onde não tinha recursos
básicos para criar meus filhos. Eu não quis ficar sem emprego e também não quis
que eles sentissem vontade de comer as coisas.
Vida
de miséria. Quando você abre o armário e falta de tudo. Quando a sua mulher te
olha e você não tem dinheiro para ir ao mercado. De repente, sua criança adoece
e você nem sabe o que fazer porque não tem dinheiro nem para pegar um ônibus.
Eu
era o pai. Eu tinha que dar um jeito, mas não queria cair na criminalidade, eu
não queria roubar, acabar preso como o meu pai.
Então,
fui vivendo, passando humilhação de pedir, muitas vezes, precisei pedir e o
pior em ter de pedir é ver o olhar daqueles que não dão podendo dar, daqueles
que dão e reclamam falando que você podia trabalhar que é vagabundo, pilantra.
Eu
passei por tudo isso, sei que foi o melhor para mim, mas o sofrimento de passar
fome e frio não foram nada perto de vê-los padecer a miséria e a humilhação
moral.
Andar
pelas ruas com aqueles que você ama e perceber que as pessoas estão apontando,
falando das roupas curtas, dos cabelos bagunçados ou dos chinelos. As crianças
tinham vontade de sorvete e bala, ainda tinha gente que dava e criticava a
nossa situação.
POR
QUE NÃO AJUDA COM DELICADEZA?
POR
QUE NÃO AJUDA E PRONTO, TEM QUE FALAR MAL DA GENTE?
QUE
DIREITO A PESSOA TEM DE CRITICAR?
SÓ
PORQUE DEU A ESMOLA ACHA QUE PODE APONTAR O DEDO?
Esta
é a parte boa da reencarnação, eu também passei por isso, filho de rico,
hipócrita que esbanja, joga comida boa no lixo e depois tem que passar privação
para aprender a ser mais humilde e mais humano com os demais. Justiça está para todos. RODOLFO
19/12/20
---------------------Paula
Alves--------------------
“ONDE
O AMOR REINA E A UNIÃO TRAZ O AVANÇO DOS HOMENS”
A
impunidade está por toda parte. Claro que está! Minha revolta era ver o quanto
eles abusavam da gente. Chegavam na comunidade com o estoque de drogas,
colocavam nossas crianças para vender, aliciando menores, corrompendo, tirando
a oportunidade de virar gente através do esforço, do trabalho. Daí mexiam com
as mulheres, estupravam, deixavam grávidas, perturbando a paz das famílias.
Se
você fosse pensar que era um bando de marginais estaria enganado. Era gente
fina, ricos de todas as partes, gente que tem muito dinheiro e vai mexer com
gente simples para adoecer a Humanidade. Quem fala morre ou fica desgraçado.
A
impunidade sempre mexeu com a minha cabeça. Daí me falaram que a gente tinha
que deixar um gerente organizar a comunidade, era mais viável porque não era
direito arrumar encrenca com peixe grande. Eu não estava de acordo com isso,
mas a mãe falava que não queria um herói morto.
Eu
pensei que era melhor sair dali, fechar os olhos para as tramóias do mundo
porque em toda parte teria impunidade, coisa errada, corrupção.
É
mesmo, eu fui embora, levei minha mãe, mas no cortiço a gente também via coisa
errada, gente roubando, batendo em mulher, abandonando mocinhas grávidas. Eu
via mãe espancando filho, mãe batendo em mãe doente e filho que expulsou pai
velho de casa. Eu vi de tudo e me perguntei:
“SERÁ
QUE SÓ EU VEJO ESTAS COISAS?”
Eu
sofria. Será que não podia ter a força do Super Man e corrigir tudo isso?
Eu
saí de lá também. Foi legal ver que eu me esforcei e progredi, encontrei um bom
emprego, fui estudar. Sempre fui apontado e diminuído, o preto que quer dar uma
de bonzinho. Negro, com a maior dignidade!
Eu
sempre quis mudar o mundo, mas não quis deixar minha mãe sozinha, como um herói
morto. Daí busquei fazer a diferença por meus princípios. Eu lia o Evangelho,
segui um homem simples, tão simples como eu, nascido em um local humilde e foi
a luz do mundo. Eu podia segui-lo para alcançar a paz. O mundo estava errado
sim, não eram os meus olhos que estavam distorcidos.
Eu
encontrei uma mulher e desejei ter um mundo só nosso, mundo de paz e felicidade
e me casei com ela. Minha mãe esteve muitos anos conosco, ela viu meus filhos e
meus netos. Minha casa foi um mundo a parte. Apesar da nossa cor, da nossa
origem, nós construímos uma célula de um mundo em progresso onde o amor reina e
a união traz o avanço dos homens.
NÃO
IMPORTA O MUNDO DE FORA, FAÇA DO SEU LAR UM LUGAR PERFEITO, CHEIO DE AMOR E PAZ
PARA QUE OS SEUS FAMILIARES TAMBÉM POSSAM SER NOVAS CRIATURAS NESTE MUNDO, PARA
QUE UM DIA, SEJAM MUITAS CRIATURAS ILUMINADAS E NÃO EXISTA MAIS A IMPUNIDADE, O
TERROR, A AMBIÇÃO E A VIOLÊNCIA, APENAS PESSOAS QUE SE RESPEITAM E SE AMAM EM
NOME DE JESUS – O SALVADOR.
ROBERTO
19/12/20
----------------------------------------------------Paula Alves--------------------------------------
“A UNIÃO FAZ FARTURA, SOLIDARIEDADE, DÁ O LIVRAMENTO”
Aquele ano havia sido muito cruel.
Perdemos toda a nossa colheita e a oportunidade de uma vida melhor, juntamente
com nossos sonhos e esperanças. Eu olhei para minha esposa e me senti muito
mal, como se eu não fosse homem o bastante para dar uma vida digna para minha
família.
Camélia era uma mulher incrível, das
poucas que eu pude ver por aí. Ela não se abalava e estava sempre feliz,
cantarolando, agradecendo a Deus por tudo o que tínhamos e também pelo que não
tínhamos. Ela me olhou nos olhos e disse que tudo se resolveria, mas eu fiquei
nervoso com a atitude dela porque eu não tinha como resolver aquilo.
O Natal se aproximava e eu queria
fazer uma grande festa, convidar todos do vilarejo e nossos familiares para
afirmar nossas conquistas e o quanto éramos merecedores das graças de Deus, mas
estava tudo perdido. Eu pensei que Deus estava me castigando porque eu tinha o
intuito de ostentar, de mostrar para todos o quanto eu era bem sucedido com
minha família, nos nossos negócios. Sim, podia ser castigo do Criador que sabia
dos meus mais secretos desejos, mas Camélia segurou minhas mãos e disse que nós
tínhamos tudo o que importava bem diante de nós.
Eu não entendi. Olhei por toda a
parte e vi, apenas o que não tínhamos, mas ela falou de riqueza e eu fiquei muito
irritado com aquilo tudo. Fui dormir pensando no que aquela mulher sábia queria
dizer e levantei para tomar um pouco de água. O calor era infernal. Enquanto
caminhava pela casa fui aos quartos e vi meus filhos dormindo em paz, cinco
crianças lindas e cheias de saúde, depois vi o cachorro com as pernas para
cima, dormindo em paz e quando retornei para o meu quarto, minha esposa me
abraçou com carinho. Daí eu entendi o que ela queria dizer. Eu tinha o maior
tesouro que Deus poderia me dar: família, saúde e paz. Eu tinha uma casa cheia
de amor.
No outro dia, acordei animado, eu a
abracei, agradeci aquelas palavras sábias e peguei minha enxada, saí
cantarolando.
O Natal chegou, não teria festa em
minha casa, mal teria um feijão para comer, mas quando a noite chegou, as
crianças felizes pegaram o livro de Deus e lembraram do nascimento do homem
Santo. Depois que agradecemos, muita gente foi chegando. Todos muito simples,
cada família com um prato na mão, falaram que era para se unir com a ceia e a
graça do Senhor.
Amigos e parentes ensinavam que a
união faz fartura, solidariedade, dá o livramento. Eu nem acreditei nas lições
que Deus apresentava para mim. Não precisei convidar ninguém, eles apareceram e
me mostraram que todos nós somos iguais. Eu fui muito feliz. QUERIA QUE
TODOS SOUBESSEM O QUANTO É FELIZ QUEM TEM FAMÍLIA E AMIGOS LEAIS. Graças a
Deus e ao Mestre de luz.
VIRGULINO
12/12/20
-----------------------------------Paula
Alves-------------------------------
“EU NÃO GOSTEI NENHUM POUCO DE FICAR ABANDONADO NO NATAL”
Eu lembrei da minha família e de
todos os Natais que eu tratei como dias comuns. Eu tinha tudo e poderia ter
comemorado de forma diferente, nem percebi que a qualquer momento nós podemos
perder o que realmente importa na vida.
Quando se é jovem vive cada dia como
se a vida fosse bem longa. Quando se é jovem vive cada dia como se fosse aparecer
outro bem melhor. A gente menospreza os bons momentos e vive com indiferença,
com certo desprezo.
AH! SE EU PUDESSE VOLTAR ATRÁS E
REVIVER AQUELES NATAIS...
Eu vivi tão bem, enquanto minha
esposa estava viva e se esforçava para fazer a alegria de todos no Natal. Ela
adorava o Natal e dizia que era a data mais importante do ano todo porque era o
dia que simbolizava o nascimento de Jesus. Eu confesso que nunca liguei para
Jesus, nem acreditava em Jesus ou em Deus, não parava para pensar nisso dizendo
que eu tinha que sustentar a casa e pensar nas coisas práticas da vida, mas ela
considerava muito Jesus e fazia tudo com esmero, com respeito e gratidão.
Preparava a comida, arrumava a casa e fazia uma oração tão sentida, ensinando
para os filhos quem foi o Salvador do mundo. Ela dizia que os filhos não podiam
esquecer e, um dia, deveriam ensinar para os filhos deles. Eu, muitas vezes a
interrompi, acreditando que aquilo tudo era bem cafona e cansativo, estávamos
morrendo de fome e ela tagarelando de religião, tenha dó.
AH! COMO FUI RIDÍCULO E CRUEL...
Daí os anos se passaram, ela nunca se
cansou, falou e falou, todos os anos era a mesma festa que eu achava bem sem
graça e fora de propósito. Me arrependo de passar para os meus filhos esta
sensação de descaso, acho que eles aprenderam comigo a desdenhar da espiritualidade.
Quando estavam adultos e podiam escolher para onde ir, logo deixaram o lar e
passavam os Natais nas festas suntuosas dos vizinhos, cheias de música, dança e
bebida.
Ela se entristeceu tanto, não tinha
mais quem a ouvisse no Natal. Ela comia sozinha e ia dormir.
Até que um dia, nós envelhecemos, ela
morreu e eu fui colocado num asilo onde não tinha Natal. Parece que meu pedido
foi atendido. Deus ouviu a voz do meu coração. Durante tantos anos, eu pedi
para não ouvir falar de Jesus e não queria aquele Natal com preces e
agradecimentos, até que acabou.
Eu chorei em muitos Natais, senti a falta de Madalena, minha esposa
querida. Eu passei anos me lembrando da história que ela contava, do nascimento
de Jesus, eu lembrei e senti falta de todos e das noites de Natal com eles. Eu
não gostei nenhum pouco de ficar abandonado no Natal.
AVELANO
12/12/20
----------------------Paula Alves----------------
“TODOS NÓS PODEMOS RECONSTRUIR NOSSAS VIDAS A PARTIR DOS ENSINAMENTOS DO
MESTRE”
Achei que o melhor a fazer seria
convidar todos para nossa casa porque eu tinha terminado uma reforma que deu
muito trabalho e queria que todos vissem o quanto tínhamos melhorado nossa
condição, por isso, falei ao Jorge que seria uma ótima ocasião para celebrarmos
e ter conosco nossos amigos e parentes.
Depois de tudo o que enfrentamos,
todas as provações que passamos e ninguém ao nosso lado, seria a ocasião perfeita
para que visem o nosso progresso financeiro.
O Natal! Arrumei tudo pensando em
cada detalhe, convidei minha mãe. Ela era a pior hóspede que eu poderia ter
porque reparava em tudo, criticava todos os meus afazeres, sempre teve um olhar
bem severo comigo, mas eu queria que ela visse o que eu conquistei, apesar das
discussões que tivemos, apesar de estar sempre desejando que eu me desse mal.
Fiz o Natal e recebi quase todos
aqueles que eu havia convidado, menos os meus pais e a minha irmã. Aquilo
acabou comigo.
Daí eu tive uma noite genial, quase
perfeita onde as pessoas puderam apreciar nossa casa, nossa decoração e tudo o
que nós tínhamos. Deu para ver na cara deles o espanto e um pouco de indignação
por nosso sucesso, eu me senti gloriosa, mas no outro dia fiquei bastante
descontente por ter sido ignorada por minha família, então fui até eles.
Cheguei sem avisar no almoço de
Natal. Fiz questão de levar um assado maravilhoso e me surpreendi com a situação
de pobreza em que viviam.
Fazia muitos anos que eu não os via. Eu casei com um homem de importante
posição social que se separou da esposa para ficar comigo e meus pais me
criticaram muito dizendo que eu destruí um lar, afetando o relacionamento do
casal e dos filhos, eles nunca me perdoaram por isso e eu os evitei.
Quando cheguei naquela casa onde
morei por tantos anos me espantei. Era muito pobre, feia, faltava tudo. Eu
observei a mesa com as refeições e senti pena da precariedade deles. Me senti
constrangida com o prato que levei, entreguei a minha irmã que tinha três
filhos pequenos, ela agradeceu.
Meus pais me abraçaram, acolheram meu
esposo e disseram que fariam a prece antes de se servirem. Minha mãe falou
sobre o perdão de Jesus e muitos outros feitos do Salvador do mundo, eu chorei.
Ela beijou meu pai no rosto,
acariciou o neto que corria feliz, sem nenhum brinquedo e eu saboreei aquele
arroz branco como se fosse o manjar dos deuses. Como era boa a comida da minha
mãe.
Foi estranho como eu pude ver coisas
que estavam ocultas durante tantos anos. Eu vi amor, carinho, união e paz.
Minha mãe apertou minha mão e disse que era o melhor Natal de todos porque eu
estava presente. Daí ela falou da ovelha desgarrada e do filho pródigo. Eu nem
sabia que ela conhecia tanto de Jesus. Eu não sabia nada.
Comecei a me moralizar naquele dia.
Repensei minha vida de ociosidade, mediocridade e ostentação. À medida que fui
retornando ao convívio doméstico, fui perdendo a graça das coisas que tinha, da
materialidade, da vida à toa, das bobagens que eu fiz para ter e ser.
Quando percebi que fiz uma grande
tolice de desejar a vida da próxima e me tornei amante do esposo dela, fiz com
que ele abandonasse a família, se casasse comigo e interrompi o laço de
afinidade que ele tinha com os filhos.
Eu precisava desfazer aquele erro,
conversei com meu esposo, pedi perdão e mostrei a ele que seria possível voltar
atrás, ter tudo de volta e foi assim, ele voltou para a família e eu voltei
para casa. Não quis nada porque nada daquilo me pertencia. Eu abri mão de tudo
para ter paz na consciência e me entendi com minha mãe.
Deus me perdoou e me restituiu tudo
em dobro. Não em termos materiais, dinheiro e posses, nada disso. Eu consegui
um bom emprego, trabalhei tanto, tanto, consegui meu apartamento. Tive bons
amigos e fui apresentada para um homem lindo que se casou comigo e me deu
lindas crianças para amar.
Depois de longos anos, após arrumar
minha vida naquela vida, num Natal onde estávamos todos reunidos, oramos,
agradecemos e minha mãe disse que estava orgulhosa de mim e da família linda
que eu lhe dei. Eu sou muito feliz.
Todos nós podemos reconstruir nossas
vidas a partir dos ensinamentos do Mestre. Seguindo suas instruções, tendo a
certeza de que Deus está a nossa espera todos os dias e fornece as
possibilidades de seguirmos por caminhos melhores. Não pode ter medo do
recomeço, não pode fraquejar. Se você sabe que errou, se arrependa e recomece
certo de que conseguirá ser uma pessoa diferente, muito melhor para todos que
estão a sua volta, mas principalmente para a sua própria
consciência.
PRISCILA
12/12/20
--------------------------Paula Alves--------------------
“PENSAR NO FUTURO É DAR CHANCE DE
CORRIGIR O PRESENTE E TER OPORTUNIDADES DE RENOVAÇÃO E DE FELICIDADE”
Eu não tinha mais condições de
trabalhar pegando no pesado. Quando não se tem profissão tudo o que se encontra
são dificuldades.
Mas, eu já estava velho, cansado e
precisava me preocupar com a medicação da minha velha. Ela tinha diabetes,
estava indo de mal a pior. O que eu poderia fazer?
Quando éramos jovens e travessos, nós
não pensamos no amanhã. Por que será que a gente acha que não vai envelhecer?
Se eu soubesse que dá tanto trabalho...
A gente não quis ter filhos porque
dizia que criança ia tirar nossa privacidade, tirar o sossego, dava tanto
trabalho, custava caro. Imagina, a gente gostava de viajar, estava sempre
passeando, a gente gostava de curtir, a gente se amava muito e não precisava
aumentar a família para ver graça nas coisas.
Mas, o tempo passou e a gente não
morreu, ficou velho demais para curtir e também para se cuidar sozinho. O
dinheiro não dava para nada porque remédio custa caro demais e tinha tanta
coisa, comida, imposto, um monte de coisa de velho que dá trabalho.
Enfim, eu tinha que dar um jeito de
aumentar a nossa renda, mas como?
Daí eu me olhei no espelho e vi
aquela barba, que horror!
Perguntei para a Neli onde tinha
gilete pra eu tirar aquela barba e ela riu:
- Igualzinho ao Papai Noel.
“Papai Noel” – pensei.
Falei pra Neli da minha ideia e ela
achou graça. Disse que seria um castigo porque eu nunca gostei de criança, é
mesmo, mas eu precisava tentar e fui até o shopping. Consegui o emprego, estava
a cara do velhote.
Como é difícil, pensei que seria uma
barbada, que nada. Fiquei tantas horas lá pegando criança, beijando criança,
até me deu dores nas costas. Vou falar: as boazinhas até que vai, mas as
choronas, não dá para aguentar.
Por que é que tem pai e mãe que faz a
criança chegar perto na marra hein?!
Pra quê meu Deus? Tá vendo que a
coitada da criança morre de medo do gorducho e ainda faz sentar no colo,
coitadas!
Voltei pra casa pensando em tanta
coisa. Eu vi muitas famílias passeando. Tinha gente de todo tipo. É estranho
quando a gente repara na vida dos outros porque se não for com olhar de maldade
pode até aprender alguma coisa de útil. Eu aprendi.
Vi que, se eu tivesse tido um filho
teria muito trabalho mesmo, mas também receberia carinho e teria tantas
lembranças pra contar, pra sonhar.
Talvez, eu até teria recebido
cuidados, apoio, esperança. Nós não seríamos, apenas dois na noite de Natal,
seríamos uma família inteira.
Eu vi gente muito simples dividindo
comida e cantando feliz. Eu vi criança que tinha encanto no olhar. Falavam
comigo como se eu fosse alguém tão importante, não apenas um velho cheio de
problemas e pobreza. Eu fui importante para elas.
Eu sabia que o Natal não era só isso,
mas entendi que minha vida era feita de ilusão. Nós nunca nos comprometemos com
nada, vivemos cada momento da curtição e quando a festa da juventude acabou,
nós ficamos velhos, cansados e sozinhos.
Eu acho que as pessoas tinham que
pensar mais no futuro porque ele chega logo.
COMO SERÁ QUE VOCÊ VAI DESEJAR ESTAR
DAQUI HÁ VINTE ANOS, DAQUI HÁ QUARENTA ANOS SE VOCÊ TIVER SAÚDE E SORTE?
COMO VOCÊ DESEJA SER, DESEJA ESTAR
COM QUEM?
OU VOCÊ PREFERE MESMO A SOLIDÃO?
Prefere apenas estar numa casa grande
demais, com móveis caros e carro do ano, sozinho porque ninguém te suporta?
Pensar no futuro é dar chance de
corrigir o presente e ter oportunidades de renovação e de felicidade.
Eu gostei tanto de ser Papai Noel
naquele ano que fui o velhinho em vários outros anos com um espírito diferente.
Passei a ser mais amistoso com todos, agradecido, mais simples e satisfeito com
minha amada esposa que durante todos aqueles anos me aceitou da forma que eu
era, cheio de defeitos e chatices.
SAMUCA
12/12/20
---------------------------------------Paula Alves-----------------------------------------
“TODOS ENXERGARÃO E TERÃO ACESSO ÀS
VERDADES DA VIDA. CADA UM NO SEU TEMPO”
Queria que fosse possível
protegê-lo...
Quando amamos alguém, existem muitas
circunstâncias onde este amor nos fere. Quando você percebe que esta pessoa
comete erros, quando ela sofre, você também sofre.
Seria mais fácil se a doença fosse em
mim, se a dor, o tratamento fosse em mim, mas vê-lo sofrer...
Eu chorei, pedi forças para Deus.
Toda vez que ele caia em ruína, eu desmoronava.
Compreendi porque muitas pessoas, não
querem se relacionar, porque elas preferem o isolamento. Ele protege e não faz
sofrer.
Eu conseguia ver de forma tão clara.
Eu percebia nos desvios de conduta, nos vícios que ele estava acabando com
tudo, acabando com a vida e foi terrível porque eu estava de mãos atadas.
O que fazer quando, a pessoa que você
ama, não quer ajuda?
O que fazer quando, a pessoa não quer
mudar por teimosia ou comodismo?
Eu não queria pensar no fim, mas eu
sofri o fim muito tempo antes de ocorrer e quando aconteceu, como algo
irremediável, eu me senti péssima, inútil, frustrada.
Primeiro, tive raiva porque ele foi
um ser egoísta, não pensou em mim, em nós, na família toda que chorou por ele.
Depois, eu vi que cada um de nós têm suas limitações, são como correntes que
não permitem que o livre pensamento se expande, isso castra,
aprisiona.
No mundo, existem muitos no cárcere
mental. Pessoas que não se permitem viver mais e melhor porque vive uma
decepção ou se frustrarão. Pessoas que sempre tiveram alguém para lhe
menosprezar ou frear seus potenciais de desenvolvimento.
Elas passaram parte da vida ouvindo
tanto que não podiam fazer isto ou aquilo que se anularam completamente e vivem
de forma mecânica, automática e dissimulada, apenas aguardam o fim, pois não há
nada do que possam esperar, um recomeço, uma alegria, não existe nada para eles.
Eu quis que meu pai enxergasse o
quanto a vida é bela e maravilhosa. Eu era grata por tê-lo comigo, mas isso não
bastou.
Essa impotência ficou comigo por anos
até que eu compreendesse que as pessoas têm um tempo de percepção. Todas
enxergarão e terão acesso às verdades da vida. Cada um no seu tempo.
A obrigação de quem está consciente,
não está entorpecido ou entregue as lamentações, é apoiar, ouvir, acolher. É
amar!
Eu creio que o amor pode libertar,
mesmo que seja em outra vida.
RAQUEL
05/12/20
-------------------Paula Alves-------------------
‘NÃO EXISTEM VÍTIMAS, EXISTEM ESCOLHAS ERRADAS IMPRUDÊNCIA, PREGUIÇA OU
REVOLTA”
Existem muitas manifestações.
É mais fácil ter receitas, rótulos,
patuás, talismãs do que enfrentar o caminho da reforma moral.
Admitir que tudo que ocorre na vida
só ocorre por causa da minha postura, da minha formulação de ideias e pela maneira
como eu me comporto na sociedade é muita responsabilidade.
Quando você admite que sua vida é
exatamente aquilo que se esforçou para ter é assumir para o mundo o quanto você
foi prudente, sensato, caridoso, honesto, cauteloso, educado, amoroso ou o
contrário de tudo isso, ou seja, o quanto você é uma pessoa cheia de virtudes
ou totalmente leviana.
Claro que é mais fácil culpar todos
pelos seus fracassos. Se colocar numa posição de vítima e dizer que a culpa é
do obsessor, da amante, do patrão, do pai ou da vizinha. Quando fazemos isso
estamos dizendo para o mundo que estou numa vida ruim porque me fizeram sofrer,
mas eu não tive culpa, eu sou vítima.
Me desculpem, mas não existem
vítimas, existem escolhas erradas imprudência, preguiça ou revolta.
O que existe é muita gente que se
acostumou com coisas ruins como impunidade, racismo, pobreza, traição, serviço
mal feito, existe necessidade de facilitações em demasia.
Se você busca facilitações porque
você vai na mãe de santo pedir alguma coisa ou não se responsabiliza quando
alguma coisa sai errada, a vida bem perfeita, vai insistir com dificuldades até
você entender que existem compromissos que assumimos e devemos executar de
forma satisfatória.
Você precisa limpar a mente, o
coração. Você precisa estar disposto a se ligar inteiramente unicamente ao bem
e aos bons. Tudo o que ocorrer a partir daí, em relação a saúde e bem estar são
questões pertinentes ao próprio organismo que deve depurar de tempos em tempos,
mas ervas, banhos limpam o corpo?
NÃO A ALMA.
A alma deve ser purificada com
sentimentos nobres e atos edificantes todos os dias.
Dá trabalho desapegar dos vícios
morais e físicos. Para quem gosta, é um sacrifício surreal, por isso, é mais fácil
correr às simpatias e solicitações de quem ainda não compreendeu o que faz os
seres espirituais sérios e compenetrados. Quem trabalha no bem não cobra, não
viola a LEI DE DIVINA, não se envolve no LIVRE ARBÍTRIO de
ninguém. Quem se compromete com a caridade desenvolve mediunicamente sem cobrar
um tostão porque mediunidade não é profissão.
Abrir os olhos facilita produzir na
evolução.
Fiquem atentos!
SILVIO GONÇALVES
05/12/20
----------------------Paula Alves-----------------
“EU PAGUEI O QUE DEVIA COM AMOR E BOA
VONTADE”
É por isso que cada um tem que ficar
na sua casa.
Eu tinha a minha vida e minha
família. Fazia o possível para ser boa mãe e esposa, mas eles conseguiam ver
defeito. Eu procurava ser gentil e cordial, mas quando apareciam em minha casa
não disfarçavam a insatisfação em me ver. Pediam isto ou aquilo para me
irritar, mas eu fazia o possível para superar as expectativas e eles iam
embora.
Durante aquela fase, eu percebi o
quanto tentavam nos colocar um contra o outro, meu marido e eu. Não entendia
por que me tratavam assim, afinal eu nunca os ofendi e cumpria bem com os meus
deveres no lar.
Apesar de tudo, tentei ter
paciência porque amava o meu marido, ele ficava um pouco estranho quando sua
família estava conosco, mas depois passava, porém, com o tempo percebi uma
mudança, ele começou a chegar tarde, indignado, me cobrava mais e mais, por
tarefas domésticas e também que eu dava prejuízo, não trabalhava, me chamou de
inútil.
Será que ele daria conta de todas as minhas tarefas do lar?
Eu arrumei emprego, me
sobrecarreguei, nada adiantou. Ele estava transtornado. A família passou a
debochar, faziam insinuações, ele ria, gracejava e eu fiquei cismada.
Descobri que arrumaram uma amante
para o meu marido, insistiram para ele se separar de mim. Fiquei muito surpresa
em constatar como ele permitiu que as pessoas manipulassem nossa vida e trocou
nossa família, nossa vida de casal por tudo o que tinha com ela.
Após meu desespero passar, eu precisava
me colocar distante da situação, enxergar como telespectadora para entender o
que eu estava perdendo e por que.
Na verdade, eu não perdi, ganhei
minha liberdade e o direito de ser feliz de verdade porque aquela vida era
farsa e traição. Ele perdeu a família, m lar com filhos maravilhosos e uma
esposa leal, com amor e carinho.
Tudo ocorreu porque venceu meu
contrato. Venceu o tempo em que eu precisava quitar meu débito com ele, eu não
precisava sofrer sendo humilhada e ridicularizada. Em outras existências,
comprometi o relacionamento que tínhamos com traição, arruinei tudo, mas me dei
conta do erro e pedi para reparar, eu cumpri com honra tudo o que era
necessário, mas ele revidou.
Não foi castigo, foi lei de ação e
reação, foi ajuste de contas. Eu paguei o que devia com amor e boa vontade, não
estava previsto outra traição, mas ele tinha o livre arbítrio e escolheu pagar
com a lei de Talião.
Eu compreendo e não me sinto mais
em débito, por isso escolhi um novo caminho. Caminho de luz e felicidade.
Nos separamos e eu vivi para os
meus filhos, íntegra e plena dos meus sentimentos e deveres. Existem muitas
coisas que trazem felicidade, ninguém precisa ser infeliz com alguém.
PAOLA
05/12/20
-------------------------------------Paula
Alves-------------------------------
“NÃO IMPORTA O CANSAÇO E NEM O QUE OS OUTROS VÃO DIZER PORQUE SEMPRE TEM
ALGUÉM QUE VÊ”
Quão complicado uma vida pode ser?
E o que pode ocorrer quando você
complicou tudo em muitas existências?
Tudo o que recebemos das pessoas
pode nos preencher e nos tornar aquilo que somos.
De vida em vida, eu aceitei
sentimentos e ensinamentos de todos aqueles que cruzaram meu
caminho.
Com alguns aprendi vícios morais,
físicos, aprendi com outros a vingança e ao crime, aprendi o erro e o quanto o
dinheiro poderia comprara minha pseudo felicidade.
Mas, foram raríssimas as
experiências em que ouvi falar de Deus com o poder absoluto, de Jesus como
Mestre que guia e dos seres espirituais como amigos invisíveis que podem nos
encaminhar no bem.
Em cada vida, como criança eu só quis
carinho e atenção, mas eu recebi surras, abandono, ausência, falta de atenção.
Houve ocasião em que os tutores tinham ímpetos para o bem e compravam brinquedos
para agradar, roupas caras, educação intelectual, mas não souberam orientar,
exemplificar, apoiar, falar não.
Eu fiquei sem chão, precisava de
referências, de um seguidor. Eu não queria mais reencarnar. Por um tempo, achei
que aquela vida de vai e vem, reencarnar e desencarnar sem nada aprender, era
arbitrária, desnecessária, não tinha nada a ver. Eu cansei. Foi estranho fugir
sem saber do quê. Eu não queria reencarnar.
Eu até pensei que tinha conseguido
me esconder, pensei que aqueles que controlam quem nasce, tinha se esquecido de
mim, hoje sei que era ele me educando. Eu fui parar na casa dela. Eu vi tanta
coisa. Vi choro e desespero quando cheguei, ela me sentiu, eu percebi e também
chorei.
Ela rezou e eu vi luz, eu vi amor à
Deus, eu vi uma fé que nem entendi. Que mulher estranha! Pensei.
Daí eu fiquei curioso e quis
entender, passei a acompanhar, mas ela me ouvia, me sentia e me mandava umas
luzes de conforto e bem estar. Eu vi o trabalho, vi as senhoras, vi como ela cuida
de gente que parece esquecida e melhora com amor e com atenção, com um papo
engraçado, apesar do cansaço e da dor. Ela chora, ela sente tanto.
Daí eu vi os livros, o estudo sem
fim e pensei: “Por que ela faz isso? Pra quê? Eu também pensei que ninguém quer
nada disso. Ninguém quer ouvir, ninguém quer saber de Jesus. Tudo canseira para
ninguém ouvir”.
Mas, ela me ouviu, sorriu e
continuou a estudar, fez aula, falou e falou para ninguém escutar.
Só que eu ouvi, e meu coração foi
ficando diferente com aquele Jesus que salva e me elevou.
Eu não conseguia entender para que
esse trabalho que ninguém vê, mas eu vi e hoje estou aqui com vocês. Hoje eu
entendi o que é perdão, fé, indulgência e eu senti o amor de alguém que nem me
conhece.
Eu só tenho a agradecer e quero
dizer para ela que este trabalho é lindo e necessário. Não importa o cansaço e
nem o que os outros vão dizer porque sempre tem alguém que vê.
Eu só tenho a agradecer. Agora eu
também quero renascer.
EMÍLIO
05/12/20
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